Narrador pov.
Camila acordou duas ou talvez três horas depois que Lauren havia deixado seu apartamento, despertou sentindo um cheiro doce de flores e morango nos lençóis do lado direito da cama, cheiro que não era dela mas era bom; a garota espreguiçou-se sentando em sua cama, olhou ao redor apenas para constatar o que já sabia: ela já havia ido embora.
Não foi nenhuma surpresa para a nossa artista na verdade, sempre fora assim com seus sexos casuais, ou a pessoa ia embora antes dela acordar ou ela era quem ia embora antes da pessoa acordar. Mas por mais que aquilo parecesse a coisa mais normal do mundo ainda sim tinha um sentimento novo e não identificado na boca do estômago de Camila, como se algo estivesse fora de lugar; mais tarde descontaria esse sentimento em alguma tela mas por hora a garota apenas deu de ombros, vestiu seu melhor pijama, mandou mensagem para sua melhor amiga e saiu para tomar café da manhã.
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Um tempo depois...
Outono sempre foi a estação favorita de Camila, ela não entendia muito bem os motivos porém sempre amara a nostalgia que sentia ao ver uma folha caindo e o fato dela conseguir usar regata e casaco, separadamente, em um mesmo dia.
Porém as duas primeiras semanas de outono apenas trouxeram preocupação para a cabeça da nossa pequena artista em questão, três coisas vinham lhe incomodando profundamente. A primeira se chamava Austin mas também podia ser chamado de cachorro do inferno; Camila não aguentava mais esbarrar com ele nos corredores e só Deus sabe a vontade que ela sentia de soca-lo toda vez que o via cochichando algo com algum amigo e olhando em sua direção. Depois de duas semanas ela meio já sabia que ele não estava ali para tê-la de volta ou qualquer coisa do tipo, o que ele realmente queria era a mais amarga e pura vingança coisa que já era de se esperar considerando a pessoa desprezível que ele é.
Mas não era só isso que pipocava na mente criativa de nossa artista, ela estava realmente incomodada com o quão boa aquela garota era para se esquivar. A verdade é que Camila não conseguia deixar de pensar na garota com quem passara a noite semanas atrás. O diabo de olhos verdes, como ela acostumou-se a chama-la; Camila não havia propriamente tentado falar com ela porém ambas haviam trocados muitos olhares só que durante essa semana a ordem dos fatores foi outra e como não estamos falando de matemática, os resultados foram alterados. Diferente de antes de transarem, Camila era quem encarava agora, ela era quem buscava ser olhada de volta mas isso quase nunca acontecia. Toda vez que havia um encontro do seu castanho com aquela imensidão oceânica de verde durava menos de dois segundos pois a garota sempre desviava o olhar. No começo Camila achou ser por vergonha porque ela sabia que nem todo mundo era descarada assim como ela, mas logo percebeu que não era isso. Era quase como se para a garota olhar para Camila doesse.
Mal sabia a nossa artista que de fato doía, Lauren não estava evitando a artista por mal ela apenas não sabia como agir a seguir. Ela sabia como relacionamentos acabaram mal para Camila e que para ela mesma as coisas não haviam sido muito diferente. Lauren não queria ser mais um relacionamento fracassado na lista da artista, ela preferia ser uma boa memória então se retirou da equação achando que assim estaria por ajudar as duas a ter, quem sabe um dia, um futuro com alguém.
O que nos leva a terceira coisa que estava a incomodar Camila e atendia pelo nome de Lauren, que também podia ser chamada de a-que-sumiu-mais-uma-vez. Para a nossa protagonista em questão, por algum motivo desconhecido Lauren havia simplesmente parado de responder suas mensagens. Nas primeiras dez horas Camila apenas entendeu e pensou consigo mesma que a garota devia estar ocupada como sempre, mas quando a espera passou de um dia a artista passou a se desesperar.
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A Garota Errada.
Fanfiction'Acho que você enviou para a garota errada.' E foram com essas palavras e uma mensagem que o relacionamento de Camila e Lauren teve inicio, duas garotas diferentes que tinham suas vidas mais interligados do que imaginavam; porque às vezes, alguém ve...