O juntar.

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[a/n:dica: eu escrevi esse cap ouvindo say you won't let go do james arthur.]

Narrador pov.

Dor emocional é algo que jamais será igual, cada pessoa irá sentir de uma maneira diferente, em e durante um período de tempo diferente. E não importa o quanto você explique, ninguém jamais entenderá por completo a sua dor pois, só você pode sentir o que sente. E isso só torna as coisas mais difíceis porque não importa quantas pessoas você tenha ao seu redor no fundo, você acabará por sentir que não existe nada mais que você e sua dor. Você está sozinho.

Camila sempre gostou de sentir. E é só isso mesmo, não precisa de complemento. Ela sempre gostou de sentir, no geral. Qualquer sentimento sempre lhe fora bem vindo, porém ela jamais havia sentido algo como o que estava sentindo sentada no meio da sala de estar vazia de sua antiga casa. No momento e pela primeira vez em sua vida, ela preferia não sentir nada.

Deixe-me coloca-los em contesto aqui, já se passara duas semanas desde o falecimento da mãe de Camila e durante todo esse tempo, ambas as nossas protagonistas permaneceram em Miami. A artista tirou esse tempo para organizar o que havia sobrado do resto da vida de sua mãe, e Lauren não pensou duas vezes antes de ficar ao lado da namorada, mesmo que isso significasse perder duas semanas de sua vida em Nova York.

Hoje era o último dia delas em Miami já que seu voo de volta para casa era no fim da tarde. Camila doou a maioria das coisas de sua mãe, o que não podia ser doado ela não teve sentimentalismo em jogar fora. A única grande coisa grande que sua mãe havia deixado era a única coisa que lhe podia trazer sentimentalismo: a casa.


- Pode nos dar um minuto? - Diz Lauren para a funcionaria da imobiliária que aguardava com papeis para serem assinados por Camila. A mulher deixa a casa e então Lauren caminha até a artista. - Tem certeza que vai mesmo vender? - Pergunta enquanto ajeita-se antes de sentar-se ao lado de namorada, no chão.

- Tenho. - Diz após um longo suspiro e ter a mão de Lauren na sua. - Não tem porque nem como eu manter essa casa aqui, parada por nada... É, vender é a melhor escolha. - Fala por ultimo como se estivesse confirmando consigo mesma. - Vou guardar o dinheiro numa poupança ou coisa do tipo pra se a Sofia quiser usar um dia, eu não tenho com o que gastar mesmo, se precisar uso a minha metade e está tudo resolvido.

- Okay, parece que você tem tudo sobre controle.

- Nada está sobre controle aqui dentro. - Aponta para a sua cabeça. - Mas acho que eu podia tentar carreira de atriz, se nada der certo. - Brinca sem muito animo e cruza olhar com o de Lauren.

- Quem vai precisar de nova carreira sou eu depois dessas duas semanas, ou pelo menos um novo trabalho. - Se levanta esticando a mão para ajudar Camila a levantar. - Já sei no que pode gastar seu dinheiro, pode me ajudar a pagar minha comida já que eu provavelmente vou ser demitida. - Brinca também.

- O que será de Lauren sem comida hein?  - Dá um breve selinho na namorada assim que está em pé, fazendo Lauren sorrir.

- Pronta para assinar os papeis? - Pergunta e a artista assente.


Camila assinou os papeis da venda da casa e não existia mais nada no mundo que fosse de Sinu, simples assim a mulher deixou de ser.

Nossas protagonistas rumaram então para a casa da avó da artista, onde não ficaram muito pois tinham um vôo para pegar. Houve um café da tarde para dizerem adeus, uma despedida longa entre Camila e avó, outra mais longa ainda entre ela e sua irmã e uma não tão longa assim com seu pai. E após todos os se despedirem, elas foram pegar seu vôo.

Lauren dormiu praticamente todo do vôo, já Camila permaneceu mais acordada do que nunca. Bem,  verdade seja dita, ela não havia dormido muito durante essas ultimas duas semanas e não seria em um avião que ela finalmente conseguiria tal fato.

A Garota Errada.Onde histórias criam vida. Descubra agora