A Garota Errada.

O ano novo.

Narrador pov.

Ao redor do mundo existem milhares de tradições para se fazer em uma noite de ano novo, são tantas que algumas delas até acabaram se misturando pelos lugares.

Na Argentina, dizem que a cor da sua calcinha pode atrair diferentes tipos de energias para o seu novo ano. No Brasil é tradicional entrar o ano utilizando branco ou pular sete ondas no mar. Em Columbia é normal caminhar um quarteirão com uma mala vazia para atrair ótimas viagens e aventuras ao novo ano. Já na Escócia assim que soa meia noite, começa o "first-footing", ou como é chamado quando imediatamente depois da meia noite, amigos, vizinhos e família saem de casa para cumprimentar uns aos outros, não que isso também não aconteça em outros lugares mas o engraçado da tradição é que também há whisky, uma espécie de panetone, uma moeda, sal e um pedaço de carvão envolvidos que representam, saúde, dinheiro, prosperidade e etc.

Na Nova Zelândia bate meia noite e o povo começa a bater panelas. Se estiver na Rússia na meia noite de um ano novo corra, pegue um pedacinho de papel, escreva um desejo, queime, coloque em um copo de champanhe e beba, mas tudo isso antes de dar 12:01. O esquema na Áustria tem a ver com metal, por isso, várias pessoas derretem chumbo e jogam em um recipiente com água e a forma assumida pelo chumbo pode ter diferentes significados, como a bola que representa sorte, ou âncora que significa que a pessoa vai precisar de ajuda, e tem até algumas bem macabras, como a cruz que pode significar que é o último ano novo dessa pessoa. Já se você sempre quis uma boa desculpa para quebrar um prato, vá à Dinamarca no ano novo porque lá à meia noite quebram-se alguns pedaços de louça para atrair boa sorte.

Em Cuba, ou na maioria dos lugares de tradições latinas é comum comer doze uvas a meia noite. Nos Estados Unidos temos o famoso beijo de ano novo, mas tem mais ainda, se estiver em Nova York em tal data é quase que necessário que esse beijo aconteça na Time Square.

Claro que todas essas tradições são super importantes em seus países e para a cultura mundial porém, forem essas três últimas que levaram o nosso casal de protagonistas a se espremer entre várias pessoas na Time Square enquanto uma delas carregava uma sacolinha com cachos de uva no dia trinta e e um de dezembro. Claro que seus amigos estavam com elas.

- Cuidado com as uvas Lauren. - Diz Camila que caminhava a frente da namorada guiando-a pela multidão, elas estavam de mãos dadas.

- Calma, estou cuidando. - Responde pela milésima vez.

- Melhor estar mesmo. - Diz Camila.

- Estou começando a achar que ama mais essas frutas do que a mim. - Ironiza Lauren.

- Depois do tempo que passamos na fila para conseguir compra-la, eu as amo mais do que amo a mim mesma. - Brinca Camila.

- Porque das uvas mesmo? - Pergunta Lucy que, junto de sua namorada, seguia as protagonistas entre a multidão.

- Tradição cubana, doze uvas a meia noite. - Explica Lauren. - Nenhuma tradução britânica para a meia noite? - Pergunta para a amiga que dá de ombros.

- Não. - Diz Lucy. - Ah, na verdade sempre rola uma cantoria de auld lang syne.

- E que droga seria isso? - Pergunta Dinah que vinha logo atrás com Normani.

- É tipo um "adeus ano velho, feliz ano novo". - Todos assente entendendo.

- Acho que aqui é um bom lugar. - Diz Camila parando e logo todos se ajeitam lado a lado.

- Nossa, a subida da bola vai ser linda essa ano. - Diz Normani. - Consegue ver quem está no palco? - Pergunta para a Dinah.

- Olha, tudo bem que eu sou alta mas também não sou um dinossauro. - Eram tantas músicas tocando em volta que elas mal podiam ouvir quem estava realmente cantando no palco.