Narrador pov.
Lauren não tinha certeza que horas eram quando o sol que passava pelas grandes janelas atingiu seus olhos. Não demorou muito pra que ela descobrisse que bebeu demais na noite anterior, levou menos de dois segundos para uma dor de cabeça infernal lhe atingir e ela sentir a garganta tão seca quanto o Saara. Mas definitivamente levou alguns bons minutos até que seus olhos claros se acostumassem com a luminosidade sem lacrimejar para que ela pudesse finalmente olhar ao seu redor. Opa, esse não é meu apartamento.
A garota cheia de ressaca sentou-se na cama rápido demais para a sua enxaqueca e então deu uma boa olhada em volta. Ela estava na casa de outra pessoa e após esforçar-se muito, a noite anterior voltou em sua mente em flashs perdidos de memória. Boate com os amigos. Louis se agarrando com um garoto cabeludo. Vercy se engolindo. Dinah estava lá. Cinco tequilas. Dança, muita dança. Taxi. Roupas. Sem roupas. Ela.
E foi então que a garota deu por si de onde possivelmente estava, olhou para o lado e lá estava ela, nua como deve ter vindo ao mundo; Não precisou de muito para que entendesse o que havia acontecido na noite anterior, foi só Lauren constatar a falta de roupa em seu próprio corpo também.
- Puta que pariu Lauren, o que você fez? - Pergunta para si mesmo baixinho em tom de indignação.
Lauren levantou-se da cama na maior lentidão possível, provavelmente nem respirou para não fazer barulho. Sentiu-se totalmente estranha por estar nua por completo em pé no meio do quarto de uma outra pessoa, pessoa essa que ela nem recordava se sabia o nome ou não, então ela logo tratou de querer suas roupas mas a grande pergunta era: onde estavam elas?
A arquiteta saiu pelo apartamento procurando por suas coisas, obvio que ela não pode deixar de notar que o lugar aparentava ser bem maior que o seu já que tinha um projeto aberto. Enquanto ela catava suas roupas pelo chão espraguejava sua melhor amiga, pois toda vez que tinha de se abaixar para pegar algo parecia que um elefante estava sentado em sua cabeça. Lauren achou todas suas roupas e as vestiu, ou pelo menos achou ser todas, a maioria delas estava na sala. Também encontrou sua bolsa porém sua carteira e celular não estavam dentro.
- Fui roubada? - Franze as sobrancelhas falando baixo e ainda consigo mesma.
Então Lauren voltou a procurar sem mexer muito nas coisas pois não queria parecer uma bisbilhoteira, mas pela bagunça que algumas coisas estavam chegou até a duvidar que a garota notaria se algo sumisse ou estivesse fora do lugar quando acordasse. Mas bem, enquanto ela procurava não pode deixar de notar as pinturas que estavam em alguns cavaletes longe das janelas. Eram lindas pinturas em aquarela, cada uma de um tom diferente mas todas tinham o rosto da mesma garota. Mesmo que estivessem em ângulos diferentes Lauren pode ver que era a mesma garota e sentiu-se estranha por achar aqueles rostos familiares ao seu, mas logo espantou a ideia. Deixa de ser ridícula Lauren, não tem como ser você.
Lauren até achou sua carteira mas seu celular parecia estar a se esconder então ela avistou o celular que devia ser da garota que dormia e teve a brilhante ideia de usar para ligar para o seu. Alguns diriam que foi uma péssima ideia e outros diriam que foi uma ótima, já eu diria que foi a certeira.
A garota pode facilmente desbloquear o celular já que não tinha senha porém o que ela viu a fez ficar de boca aberta. O aparelho abriu diretamente numa conversa por mensagens onde o contato tinha o nome de Lolo. Lauren já respirava agitada e nervosamente mas resolveu acalmar-se. Pode ser só coincidência. A garota saiu rapidamente das mensagens sem ler uma palavra sequer e foi discar seu número para poder achar seu próprio celular, mas como um tapa bem dado do destino seu número já estava salvo e foi ai que Lauren percebeu que havia feito algo que achou uma merda, uma bem grande.
- Puta que pariu Lauren, o que você fez? - Pergunta para si mesma baixinho sem acreditar.
O olhar de Lauren intercalou-se do aparelho em sua mão para a garota que dormia no quarto a poucos passos dela, algumas milhares de vezes sem entender como aquilo havia acontecido. Como com oito milhões habitantes em Nova York ela tinha conseguido fazer a burrada de ir para cama com ela?
Lauren andou até a beirada da cama e abaixou-se silenciosamente até seu olhar estar no nível do rosto da garota que dormia tranquilamente. A garota teimosa era ainda mais linda de perto e ela era ainda mais linda do que Lauren pode imaginar, e olha que em sua imaginação a garota sempre havia sido a mais bela.
- Como?
Lauren sussurrou baixo para si mesma antes de tirar do rosto da garota uma mexa castanha e comprida de cabelo, com todo o carinho que possam imaginar caber nessa simples ação. Então nossa garota, que nunca soube muito bem como lidar com sentimentos apenas cruzou as pernas em lótus e sentou-se no tapete, e assim ficou por um grande espaço de tempo. Ela apenas a observou dormir. Observou como ela inspirava pelo nariz e o ar saia levemente por entre seus lábios. Como seu peito crescia devagar e como ela era linda. Lauren queria fotografar mentalmente aquele momento pois sabia que o que viria a seguir não seria fácil.
- Como isso foi acontecer?
Respirou fundo, levantou-se.
Lauren ligou para seu celular, acabou por acha-lo em baixo de uma das poltronas brancas e certificou-se de apagar a ligação feita antes de bloquear o aparelho que não era seu e deixa-lo no lugar que estava. Antes de cruzar a porta do apartamento para ir embora Lauren olhou para a garota que dormia tranquilamente em seu quarto pela última vez. Respirou fundo. Tchau Camila.
"A história do amor é olá e adeus, até nos encontrarmos outra vez - Jimi Hendrix"
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Bem, pelo menos a Lauren sabe agora kkkkk Quando acham que a Camila vai descobrir???
twitter.com/linhocas pra falarem comigo, se falaram da fic usem #agefic porque fica masi fácil de eu achar vocês.
Beijos, Lina
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A Garota Errada.
أدب الهواة'Acho que você enviou para a garota errada.' E foram com essas palavras e uma mensagem que o relacionamento de Camila e Lauren teve inicio, duas garotas diferentes que tinham suas vidas mais interligados do que imaginavam; porque às vezes, alguém ve...