Doce Surpresa, livro 02

Capítulo 07 (parte 01)

*O EPÍLOGO FICARÁ POSTADO POR UMA SEMANA, SENDO RETIRADO E FICANDO A HISTÓRIA NA ÍNTEGRA ATÉ A VENDA DO LIVRO, DA MESMA. ENTÃO, APROVEITEM!*

*O primeiro livro da série segue sendo vendido na Amazon e pode ser adquirido gratuitamente no plano unlimited*

*Acima, apresento o André... Gato, né?

*Doces amores, perdoa a demora mas essa é uma série de três livros que já estão escritos e precisam ser editados. Os capítulos até agora (principalmente os que vem a seguir) aparecem no primeiro livro e preciso de uma releitura e cuidado maior na revisão pra que não haja falha nos acontecimentos.

*Quem leu o primeiro livro vai lembrar do capítulo de hoje!

* Sim, minha mocinha é negra, a do livro 01 é morena e a do livro 03 será loira. Tenho muitas leitoras que gostam de romances inter-raciais e aproveito para indicar maravilhosas autoras que acompanho: Amandapc20 MairaBarcellos e LauraFisher433 <3

Por Thomaz

    Aquilo doeu. Não nos víamos há dias e ela me evitava para almoçar com que amigo? Se não era eu, era quem? Mais que irritado, eu fiquei magoado. Nunca tive vontade de chorar, mas naquele momento eu parecia um bebê por dentro. Tive medo de perder Mariana, que ela me substituísse por outra pessoa e amaldiçoei a ideia imbecil de tentar manter distância para preservá-la.

    Usei a viagem para tentar dar um retrocedida diante de tudo que tinha acontecido entre nós, na última semana. Vê-la dormindo no meu peito foi o momento mais feliz e em paz da minha vida. Só olhar para ela respirando tranquilamente na segurança dos meus braços me dava a certeza de que eu faria tudo para tê-la sempre daquele jeito. Lembrei do seu olhar quando saiu do banheiro só de toalha. Ela tinha ficado abalada e quando voltou, pude ver seu corpo perfeito através do tecido fino da roupa de dormir. Foi um sacrifício deixá-la dormindo, mas eu não podia ficar ali ou ela acordaria comigo dentro dela. Eu estava a ponto de sacudi-la e confessar tudo, mas não tinha coragem de interromper seu sono.

    No carro, atravessando a cidade, analisei documentos com Graziela mas minha mente divagava e era difícil me concentrar em planilhas de gastos e prazos. Decidi usar aqueles dias longe para me afastar um pouco. Parei de telefonar e me envolvi no trabalho, nas visitas às obras. Mandei poucas mensagens. Mas do que adiantava fugir se tudo o que eu fazia me remetia a ela? As investidas de Graziela ficavam cada vez mais agressivas e na última noite daquela viagem, eu cedi e ela me chupou entre contratos espalhados na saleta da sua suíte. Gozei tão frustrado comigo mesmo, que levantei fechando as calças e saindo pelo corredor, batendo a porta.

    Me enganei pensando que Graziela havia ficado irritada pela minha negligência com a sua satisfação. Pelo contrário, eu parecia ter provocado ainda mais e quando eu percebi, a merda já estava feita: Mariana abrindo a porta do meu escritório e me flagrando entre as pernas da minha secretária.

    Vergonha era pouco para definir o que eu senti. Seus olhos arregalados e assustados, o constrangimento e a fuga. Ela fugiu de mim. E depois passara a me evitar. Não atendia minhas ligações e nem respondia minhas mensagens. Fui até seu prédio, mas não cheguei a interfonar porque as luzes do apartamento estavam apagadas. Onde será que ela estava? E por que o celular estava dando desligado? Descarregou ou ela desligou para não me atender? Eu me senti culpado e puto por ela ter visto a pior parte de mim. Aquela que ela sabia que existia, mas nunca tinha visto. Ela era meu pedaço perfeito e imaculado, porra!

    Agora eu tinha Lorena ali agarrada em mim como uma trepadeira, depois de ter sido jogado para escanteio pela pessoa que eu mais me importava. Fiquei alguns minutos tentando me recompor e, ao mesmo tempo, me afastar do grude que era Lorena.