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CONTO COM VOCÊS!!
Por Mariana
Falei calma e baixo, mas tremia que nem vara verde e senti um pequeno derrame se apossando de mim. Inês virou para Regina, com os olhos arregalados, parecendo notar o estrago que a sua crueldade fazia a outra pessoa apenas agora. E vi vergonha, muita vergonha no semblante. Isso aí, Vovó, está muito longe de ser bonito isso que você vem fazendo.
_ Vovó gostou de você. _ Thomaz trancava a porta de casa e eu tirava os sapatos, deixando perto da escada. Depois do almoço não ficamos por muito tempo, o clima estava delicado e nublado entre aquelas paredes. Regina me abraçou e segurou meu rosto, como minha mãe fazia comigo e antes de sair, vi Inês se aproximando dela e dizendo que gostaria de trocar duas palavrinhas na varanda. Fico pensando se agora tudo vai melhorar ou piorar, depois d'eu não ter conseguido segurar minha língua.
_ Claro, deve tá me adorando que nem se adora uma enxaqueca ao sol de meio dia... _ falei por cima do ombro, indo para a cozinha.
_ Nós acabamos nos acostumando com o que a Vovó fazia. Acho que por diferentes motivos minha mãe suporta isso tudo. Antes porque ela era casada com meu pai e engolia a sogra por ele. Depois acho que isso foi, de fato, se tornando um comportamento acomodado.
_ Mas dói, Thomaz. O que sua avó faz, machuca.
_ Eu sei. _ ficamos nos olhando, ele esperando enquanto eu virava todo o copo d'água de uma vez, pesando se deveria falar o que se passava na minha cabeça. Coloquei o copo em cima do balcão e inspirei. _ Fala.
_ Por que vocês não defendem sua mãe? Por que assistem aquilo e... e... Ah, eu sei lá! _ Thomaz sentou no banco perto da janela e me puxou para o seu colo. Não o abracei, mas ele me abraçou.
_ Eu já me meti. Meu pai, também. Mas parece que nunca surtiu efeito. Com você foi diferente, hoje.
_ Porque eu sou mulher. _ me dei conta, falando alto e para mim mesma. Talvez, precisasse ser dito de igual para igual e Thomaz ou Otávio estavam longe de entender como uma mulher pode destruir a outra através das fraquezas que detectam, através da falta de solidariedade.
_ Porque você é mulher. E porque eu nunca prestei e tive moral para falar qualquer coisa. Eu não sou machista, mas também não sou um exemplo de cavalheirismo. Eu nunca menti pra ninguém, mas também nunca me importei em magoar. _seu tom era evergonhado e de lamentação, mas ao mesmo tempo parecia se surpreender com o que dizia. Thomaz vinha se reveleando e se reconhecendo. Ele sempre insistia em dizer que era parecido com o pai, mas hoje eu vi o quanto não tinha nada de Otávio. A única certeza que eu tenho é da supreproteção de Thomaz. À ponto de, muitas vezes, me deixar sufocada. O dia que alguem tentar fazer comigo o que Inês faz com Regina, acho que ele resolve antes que eu me dê conta.
Perceber isso me faz lembrar do que ele disse, do que ele declarou. Eu também amo Thomaz, embora não tenha colocado em palavras. Só quero ir com calma e aproveitar tudo pouco a pouco. Da última vez, minhas paixões vieram tão violentas quanto se foram e eu não achei que fosse me curar. As vezes me pergunto se tudo que vivi não cresceu mais na minha mente do que realmente aconteceu. Toco o rosto dele sentindo o quanto é real, está quente e com a barba por fazer. Sinto a aspereza nas pontas dos meus dedos e ele fecha os olhos. Beijo seu queixo e cheiro sua pele. Thomaz sempre tem um cheiro fresco e forte que me deixa com vontade de afundar o rosto nele.
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Doce Surpresa, livro 02
RomanceDEGUSTAÇÃO DO LIVRO. DISPONÍVEL PARA COMPRA NO LINK: https://www.amazon.com.br/dp/B0BXMN9M28?ref_=cm_sw_r_mwn_dp_64F8C5D3S733P22TCK6J Ele era egoísta. Ela era generosa. Ele queria tudo para si. Ela dava tudo de si. Mas ela queria gozar. Ele queria...