Capítulo 11 (parte 01)

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*O EPÍLOGO FICARÁ POSTADO POR UMA SEMANA, SENDO RETIRADO E FICANDO A HISTÓRIA NA ÍNTEGRA ATÉ A VENDA DO LIVRO, DA MESMA. ENTÃO, APROVEITEM!*

*O primeiro livro da série segue sendo vendido na Amazon e pode ser adquirido gratuitamente no plano unlimited*


*Oi, Doces! Não vamos esquecer as estrelinhas e comentários para me situar no andamento da obra! NÃO DEIXEM DE COMENTAR!

*Acima, a música do "The Temptations", na versão de Tiago Iorc do jeitinho que Thomaz canta para Mariana. Dá uma escutada que é linda!

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Por Thomaz

    Foi difícil ver Mariana se coçando e engasgando durante todo o caminho até o hospital. Sua pele estava completamente empolada, a língua inchada entre os dentes e os olhos começando a diminuir. Não parava de tossir e eu enfiei o pé no acelerador. Nunca ia imaginar que ela seria alérgica a abacaxi, caramba!

    Parei o carro e ela já estava abrindo a porta, do outro lado. Dei a volta e a peguei no colo correndo e passando pela recepção, sob os gritos de protesto de uma mulher. Entrei na primeira enfermaria que vi alguém de branco, fazendo barulho e a colocando sentada em cima da maca.

    _ É uma reação alérgica! Ela é alérgica a abacaxi e comeu, agora! Faz alguma coisa! _ eu estava gritando quase sacudindo o enfermeiro, mas sem querer soltá-la. Rapidamente o cara abriu o armário e pegou uma seringa, retirando a tampa. Mariana caiu deitada na maca antes que eu pudesse segurá-la.

    _ Você precisa se afastar. _ disse me empurrando e dei a volta por trás dele, vigiando o que estava prestes a fazer. Ele subiu seu vestido, puxando a perna de Mariana para cima e aplicando a dose numa nádega. Ela ainda respirava com dificuldade e eu olhava aflito, quase pedindo que ele fizesse alguma coisa porque aquilo não estava funcionando. Então, como por milagre, sua respiração foi ficando menos ruidosa, o peito subia e descia mais devagar. Segurei sua mão, enquanto o enfermeiro abria o armário e trazia uma bolsa de soro, picando uma veia. _ Vou dar um anti-histamínico junto com o soro, ela precisa ficar aqui por enquanto.

    _ Eu não vou sair daqui. _ respondi sabendo que ele me queria esperando no corredor. _ Traz a papelada que eu preencho aqui. Ela não sai das minhas vistas.

    Ele segurou o rosto de Mariana para ver o remédio fazendo efeito, suspirou e saiu. Afaguei seus cachos e ela, expirou cansada. Que susto tinha me dado. Achei que morreria sufocada na minha frente. O enfermeiro voltou com um médico e uma pracheta nas mãos. Ambos me olharam sério e eu continuei irredutível. Não sairia dali. Pararam de insistir e começaram a explicar que agora ela apagaria e quando acordasse, continuaria sonolenta devido aos antialérgicos. Preenchi ali mesmo os papéis de entrada de paciente, com a caretira do plano de saúde que tinha pego na sua bolsa. Quando sairam, ainda segurava seus dedos gelados e manchados. Passei a outra mão no rosto e puxei uma cadeira, sentando ao lado da maca e me estiquei para tirar seus saltos.

    Como um jantar romântico se transformou em um quase óbito? Deus, eu precisava listar as coisas que podiam colocá-la em perigo, começando pelos alimentos. Será que havia mais alguma coisa que não poderia comer? Ou usar? Ainda bem não comprei as maquiagens. Podia se expor demais ao sol? Ou será que sabia nadar? Droga, como é difícil se importar com alguém. Ela parece tão menor e frágil, ali. Envolvo sua mão com as minhas e me inclino para frente, até deitar minha cabeça no colchão.

    Quarenta minutos depois, ela começa a se mexer e eu levanto. Ainda não abriu os olhos, mas faz uma careta de mal estar. Acaricio seu rosto e ela se acalma, abrindo os olhos devagar e olhando para a parede. Então, entro no seu campo de visão e ela estranha, mas aos poucos parece se lembrar do que aconteceu. Seus olhos estão bem pequenininhos, quase fechados. A outra mão, que não está entrelaçada a minha, esfrega sua testa. Ela solta um pequeno gemido e se apoia nos cotovelos tentando se erguer, solta a minha mão e passa pelos braços sentindo a textura da pele alterada, está toda empolada. Passa a mão pelo colo e por suas pernas. Sim, Mariana, a alergia é no corpo todo. Dou um beijo na sua testa e o enfermeiro, entra.

Doce Surpresa, livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora