Capítulo 12 (parte 02)

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CONTO COM VOCÊS!!

Por Mariana

Thomaz segurou meu braço antes que eu entrasse no box, me levantou e colocou sentada no balcão da pia. Estava encurralada por ele entre minhas pernas, sério e com os braços cruzados. O desconforto da situação era pior que o mármore gelado na minha bunda. Ficamos ali sustentando olhares, numa disputa para ver qual desistia primeiro. E ele, às vezes, podia ser mais teimoso que eu.

    _ O que foi, agora? _ não respondi o automático "nada" porque aí sim íamos começar uma briga, que eu tentava a todo custo evitar. Ele não era bobo e nunca me fez de boba quando eu perguntava sobre seu mal humor. Quando não queria falar, se calava para que eu desatasse a falar tudo o que pensava daquele comportamento fechado. Mas ele nunca disse que não era nada. Eu também não faria isso. Então continuei calada. Nus. Mas ele me olhava nos olhos, sem desviar para qualquer outra parte entre nós. _ Eu não tenho bola de cristal e nem sei ler o temperamento tão bem quanto você. Só sei que aconteceu alguma coisa e quero saber o que é.

    _ Eu tenho medo. _ o que eu podia dizer? Ele tinha que saber mais cedo ou mais tarde e eu também. Estreitou os olhos, tentando entender.

    _ De me amar? _ apertei os lábios porque era isso. Eu tinha muito medo de amá-lo, embora soubesse que era exatamente isso que vinha acontecendo. Vi o exato momento que aquela conclusão o feriu. Ele esfregou os lábios um no outro e olhou para os lados, se afastando. Senti o desespero me causar uma taquicardia. Pior que Thomaz me magoar, era a possibilidade d'eu magoar Thomaz. Virou e eu saltei para o chão, abraçando suas costas. Ele parou com os braços ao longo do corpo. Encostei meu rosto, minha boca sentindo sua pele naquele pedido tácito de desculpa. Por machucá-lo. Era uma sensação mais forte que eu, aquelas dúvidas. Todas as decepções estavam muito frescas, muito recentes. O passo dado com Gustavo, foi há tão pouco tempo e ele ainda fazia parte da minha vida, se encaixando agora em outro lugar. Mas sempre seria o meu primeiro, a lembrança sempre estaria lá como um machucado que Filippo pôs um curativo, mas que também tinha sido arrancado rápido demais. Era tão seguro ser sua amiga, por que estava sendo tão complicado aceitar o que acontecia entre nós? Cruzei minhas mãos a frente do seu corpo e fiquei beijando, sentindo que respirava profundamente e forte. Passei para frente e vi que estava de olhos fechados. Corri os dedos pelo seu rosto, ele inclinou a cabeça naquele carinho. Deu um beijo na palma da minha mão e abriu os olhos. _ Vou esperar você terminar seu banho e te levo.

    Saiu me deixando sozinha no banheiro, abraçando meu corpo. Olhei no espelho e expirei tentando compreender como ficamos daquele jeito depois da noite maravilhosa que tivemos. Tomei banho e saí enrolada na toalha. Thomaz ainda estava nu, mexendo no computador e passou por mim, mas segurei seu braço. Inclinei e puxei seu rosto, para me beijar. Tive medo dele se negar, mas não fez. Abriu a boca, cedeu sua língua e deixou que eu me desse ali, se dando também. Era isso, então? Quer dizer que ele nunca se negaria? Abracei seu pescoço, mas percebi que ele me tocava apenas com os lábios. O soltei e ele me encarou por alguns segundos, antes de ir para o banho.

    Sentei na beirada da cama, esperando. Olhei para os lençóis emaranhados e passei a mão por eles, tinham nosso cheiro. Afundei a cara no travesseiro e inspirei sentindo a mistura de nós dois. Thomaz saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e eu levantei, vendo que passava para ir ao closet.

    _ Você não vai se atrasar?

    _ Vem aqui. _ estendi o braço e ele segurou minha mão, sentando ao meu lado. Thomaz era transparente demais, sendo isso uma faca de dois gumes. Quando se alegrava era a coisa mais linda, mas quando ficava puto dava medo. Nos outros. Comigo ele não tira onda, não. _ Ficou chateado porque fui sincera?

Doce Surpresa, livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora