Nobody's Perfect - Dramione

17 - Grenade

Pele contra pele, nada seria melhor que isso, união de corpos, de alma e magia. Draco sabia bem lá no fundo que o que estava fazendo estava errado.... Muito errado, estava forçando ela a lhe entregar algo sem seu consentimento, mas sua necessidade falou mais alto, se tivesse que ser pela dor, assim seria.
Sua cabeça entrava em conflito, sua razão gritava e lhe fazia lembrar quem era ela, e a outra parte de seu ser a desejava tão fortemente que o enlouquecia, sua cabeça girava em proporções abismáveis, mesmo que aceitasse a ideia de que era uma "impura", não podia esquecer que foram inimigos pela maior parte de suas vidas e mesmo com o tempo não conseguia não ter rancor por todas as vezes que ela o deixou em ridículo na frente de seus pais e na época do colégio, sim ....era uma grandíssima idiotice, mas seu orgulho não lhe dava trégua, e o fato de a achar uma das únicas oponentes a sua altura, a considerava sua mais feroz contra atacante. Talvez por isso o feitiço tinha sido tão forte.

- Chega ... já chega , eu não quero....já unimos as marcas, já conseguiu o que queria agora vai embora ! - disse com frustração enquanto tentava conter suas mãos que passeavam com vontade própria pelas costas fortes do loiro, grossas lágrimas de impotência inundavam seu rosto, tinha necessidade de toca-lo, mas o odiava e se odiava por isso.

- Não...eu preciso de mais...preciso mais de você , e essa é a única maneira....vai acontecer você querendo ou não ...você gostando ou não - respondeu ele com a voz rouca e baixa - Porra, mais que demônio ! Era exatamente por isso que eu não queria ver a sua cara, eu devia ...tinha que ter ficado longe de você , mas essa vontade ....essa vontade e a dor ....estavam insuportáveis....estava me matando.

- Eu aguentei a dor ...eu suportei, porque você não !? - exigiu ela irritada.

- Porque fui eu que lancei o maldito feitiço, e sou eu o que sente mais necessidade, e Granger ....eu sempre consigo o que eu quero ! - disse ele.

A horrível verdade, certamente ele precisava dela, e lutou contra essa compulsão por anos, tomava poções vitaminicas, se tornou adicto da morfina para controlar a dor , e isso causava uma grande queda em sua força mágica e drásticas mudanças de humor. Sobretudo, uma vez por mês quando parece que fica cego pelo feitiço, como aconteceu aquela vez a muitos anos, por isso todo mês com a ajuda de seu amigo, toma medidas drásticas para não atravessar o mundo e unir-se a ela de todas as formas possíveis.Tentou buscar uma saída, uma forma de não enlouquecer, como não conseguia fazer nada a respeito a essa maldição que nesse exato momento tomava conta de seus atos, essa obsessão incontrolável que não o deixava respirar quando a tinha perto....aceitou que a melhor opção realmente tinha sido o exílio.
Ela se sentou em um degrau da escada tentando afastar-se um pouco dele em um momento de lucidez, mas Draco a agarrou de novo enquanto tocava seu pescoço com a ponta do nariz.

Seus olhares se chocaram de novo, ela pensou em dizer algo mas se conteve, tudo o que Malfoy disse era verdade...talvez se...se deixassem levar, poderiam suportar melhor, e não aconteceria assim tão forte, não seriam arrebatados tão descontroladamente, uma crise de abstinência causada por todos esses anos. Talvez se tivessem entrado em um acordo... a situação não fosse tão violenta. Mas não... Não poderia entrar em nenhum acordo com esse animal, era inadmissível para ela ser o brinquedinho desse homem, era uma situação bizarra e teria que pará-la de qualquer maneira.

Hermione o empurrou novamente e lhe desferiu um chute em suas partes íntimas, Draco segurou um grito de dor, enquanto ela o empurrava bruscamente fazendo-o rolar os poucos degraus que se encontravam abaixo dele na escada. Hermione correu para a sala e quando tentava pegar sua varinha, Draco a agarrou por trás e a jogou no chão da sala em cima de um grande tapete felpudo e se posicionou novamente sobre ela.

As lágrimas escapavam dos olhos da morena, percorrendo seu rosto, ele se deu conta e aproximou seus lábios lambendo uma lágrima que se encontrava no canto da boca dela, degustando-a, Hermione tremeu com impotência, e Draco desfrutou disso, de alguma maneira perversa e sádica, ele gostava de ver seu sofrimento, assim como gostava de vê-la submissa a ele, e como gostava de sentir o pequeno e esguio corpo dela encaixado perfeitamente em baixo de si.