Universo MdM

Montesquiel: Capítulo 1 parte 4

Minha situação na guerra:
Braço decepado e sorte negada.

Estou lutando com um ser que tem uma solução para cada problema que eu queira causar. E o pior parece que está apenas brincando comigo.

Nesse momento esta gargalhando novamente. Por causa do meu braço. É o cara mais louco que conheci... ou talvez todos sejam loucos e eu não tenha conhecido ninguém.

Foi nesse momento que fiquei com vontade de correr para casa... Mas lembrei que não tinha uma. Se eu corresse seria para prisão. Se eu ficasse seria para morte.

Haveria uma chance de tudo dar certo? Se eu jogar a primeira peça de dominó... até o momento que a última caisse? O grande dominó cairia em mim ou em Acameleon? Dizem que quem faz coisa errada nunca se dá mal... seria porque quem o fez derrubou o primeiro dominó? Não resta outra alternativa se não derrubar essa primeira peça.

Eu parei de prestar atenção no tempo e então o tempo começou a correr mais rapidamente. Mas minha mente analisava tudo lentamente... nada passava despercebido... dizem que isso acontece quando estamos prestes a morrer.

Quando eu descubro uma nova habilidade... ele me mostra outra. Agora ele faz espelhos que copiam nossa realidade. Eu soltei um raio e o ser da realidade do espelho me enviou outro logo depois que o raio entrou no vidro.

Só vi uma vez mas acho que já descobri como funciona.

Não consigo nem ao menos emanar energia do braço decepado.

Eu olhei para Fabius montado a seu Dragão e Avenoar emanando energia. Porém não vejo Faegon... na verdade não o vejo desde que alterei toda realidade.

Acameleon tinha espelhos ao seu lado e costas, a maioria rachados.

Isso poderia ser por razão da batalha?
Resolvi perguntar isso a Acameleon:

- Seus espelhos estão rachados porque motivo? - O Anão respondeu em seguida:
- Por conta da batalha meu caro. No entanto não estou sendo vencido ou estou cansando. Isso é apenas digamos a " fase 2" de minha habilidade. Quanto mais atacar, mais meus poderes são revelados. O porquê disso? Eu respondo para você... minhas habilidades e magias são seladas nesses quinze espelhos. Quanto mais você atacar mais espelhos serão destruídos e suas chances de vencer menores! - gargalhou.

Calafrios na espinha Montesquiel começou a sentir. Haveria maneiras de vence-lo?

Fabius gritou:
- Não desista garoto! Eu te ajudarei com ataques à distância com as Chamas Negras de Abiegon. Nem mesmo nosso inimigo suportaria essas chamas!

Acameleon estava com seu súbito sorriso como sempre. Parecia sempre ter o controle da situação em suas mãos. Nada poderia escapar de seus olhos... cada situação... cada passo era importante para sua Vitória. Não poderia errar se não seria o fim.

Monte criou coragem e voou até Aca.
Quando estavam a poucos metros de distância... correntes foram em direção ao Peleriel e prendeu seu braço à pernas. E no abdômen do Anão um espelho surgiu.

Abiegon soltou chamas em direção a correntes. Elas foram destruídas no mesmo instante.

As Chamas Negras pareciam vivas e foram em direção à Acameleon.

Pela primeira vez Aca pareceu assustado e entrou dentro de um espelho.

Ele apareceu em outro e tornou:
- Nessa dimensão eu não volto mais. - e deu risada.

Na cabeça de Acameleon várias imagens apareceram. Parou na imagem de uma Azakina ( Seres de pele azul, sem orelhas e que nunca abrem os olhos). De sua boca saiu o nome:
- Saaina. - e o Anão se lembrou de todas as palavras da Oráculo. E gritou para Montesquiel:
- Não abandone Zona Prata.

Monte ficou atordoado mas não respondeu.

Acameleon começou a pegar rochas de outras dimensões e jogar em Monte. Energizava e jogava. Elas explodiam muitas vezes antes de chegar no Sábio.

Um dos espelhos quebrou e ele disse:
- Eu não vou usar esse poder. - E saiu destruindo todos os outros... e tornou à dizer:
- Não tem nada que de para.... - Não terminou.

Avenoar gritou:
- Está pronto! - Montesquiel saiu da frente de Acameleon. Uma linha com uma lâmina na frente perfurou Acameleon que não reagiu. E outra perfurou Avenoar. O Gigante gritou:
- Habilidade Proibida: Divisão do Tempo e Espaço. Selo Fim dos Tempos.

Avenoar disse aos dois:
- Não morram antes do fim! Eu estarei lá esperando por vocês. Os danos dessa habilidade são inimagináveis tentem corrigir se possível. Agradeço por tudo.

Assentimos com a cabeça.

Acameleon gritou:
- Tome esse colar garoto. - Apareceu no pescoço de Monte. E voltou a dizer:
- Esse círculo vazio entre essas seis gotas... por favor coloque uma parte de Zona ai. Me desculpe pelo seu braço. E não morra antes do fim! Talvez em outras circunstâncias... - Não terminou, mas eu entendi. E voltou à dizer:
- Assim que você colocar uma parte de Zona Prata no colar... você poderá sela-lo em você e seu braço poderá ser colocado de volta sempre. - E gargalhou.

Pela primeira vez não fiquei irritado com uma de suas gargalhadas. Eu respondi apenas "ok".

O Selo começou a brilhar e os olhos de Acameleon também.

Em um instante sumiram.

Tudo começou a aumentar... a diminuir e principalmente a explodir.

Pequenas explosões... agora grandes.

Agora a maior delas... eu e Fabius fomos voando até a Grande Máquina.

Uma explosão maior e uma luz tão forte que tampou a visão de todos os mundos.

***

Finalmente a luz sumiu.

E a imagem era aterradora.

Sete omniversos conectados por pontes a outros sete omniversos. E atrás disso outra Máquina que parecia uma armadura Anã gigante.
Assim como nossa Máquina que parece uma armadura Gigante.

Eu já ia voando até ela quando Fabius me parou e disse:
- Aqueles omniversos e a Máquina são de AntiMatéria. Esse é um problema que temos que resolver antes do fim.

***
Continua.