Três semanas depois...
Seattle... Acho que não ficaria nem um segundo a mais longe de Seattle, longe de Valentina. A medida que o táxi ia aproximando-se do prédio meu coração acelerava, me fez lembrar de quando morei com vovó, a minha volta surpresa, quando me deparei com aqueles olhos dourados novamente. Estava com muitas saudades, junto comigo trazia inúmeras novidades de como tudo havia corrido bem a viagem inteira.
Aqui estava eu passando a chave na porta do nosso apartamento, ao entrar havia um total silêncio, havia trago um presente para Valentina o qual estava ansiosa para entregá-lo, o deixei na sala principal e subi para o nosso quarto ao seu encontro. Eu abri a porta bem devagar, ela parecia um anjo enquanto dormia, a princípio pensei em acordá-la com beijos e carinhos, mas imaginei que estivesse cansada por sua rotina semanal de trabalho. Então tirei o casaco, tirei a roupa sem fazer barulho, deixando tudo pelo chão, fiquei apenas de roupas íntimas, deitei ao seu lado na cama com cuidado e tentei descansar enquanto me embriagava com o cheiro suave e gostoso que vinha de seus cabelos.
Horas depois...
- Eu não acredito! - Pude ouví-la exclamar ao despertar.
- Bom dia meu amor! - Sorri ainda sonolenta.
- Por que não me avisou que chegaria hoje? - Valentina subiu em mim me enchendo de beijos.
- Estava com saudades de ser acordada dessa forma. - Indaguei retribuindo todos os beijos.
- Nossa estava tão cansada que nem ouvi você chegando, nem senti deitar ao meu lado. - Ela mantinha um sorriso largo no rosto, já havia ganhado o dia vê-la sorrir dessa forma.
- Não queria te acordar, estava muito cedo e imaginei que estivesse cansada.
- Chegou que horas? - Ela acariciava meu rosto enquanto me olhava boba.
- Às cinco horas da manhã. - Respondi selando os lábios dela em seguida.
- Por que tão cedo? - Perguntou sem entender.
- Foi o único vôo que achei para chegar mais rápido, caso contrário só chegaria á noite e não podia ficar nem mais um segundo longe de você. - Expliquei.
- Por que você é tão fofa? - Disse entre os dentes enquanto apertava as minhas bochechas. - Vou te deixar descansar mais um pouco.
- Nem pensar, vai ficar aqui comigo. - Cruzei meus braços em sua cintura para que não saísse de cima de mim.
- Que barulho é esse? - Perguntou ao ouvirmos o que parecia o barulho de algo caindo no chão da sala.
- Por uns instantes esqueci, acho que seu presente está destruindo a sala. - Comecei a rir.
- Meu presente? O que aprontou dessa vez? - Ela me olhava séria.
- Veja você mesma. - Disse descruzando os braços para que ela levantasse.
Logo Valentina levantou-se e saiu rapidamente do quarto, Eu continuei deitada, mas com os ouvidos atentos a sua reação ao chegar na sala principal.
- Cinco... Quatro... Três... Dois... Um... - Contei comigo mesma.
- Meu Deus quanta fofura!! - Pude ouvir seu grito ao terminar a contagem.
Trouxe um cachorrinho para lhe fazer companhia quando eu não estivesse, levantei e fiz minha higiene matinal, em seguida desci para ver como os dois estavam lidando um com o outro. Ao chegar na sala principal ele estava deitado no sofa e ela o enchendo de carinhos enquanto ele esbanjava tanta fofura.
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A Carne é Fraca (Romance Lésbico)
RomanceSophia e Valentina se conhecem desde que nasceram, suas famílias são amigos de longa data e isso ajudou na aproximação e convivência das duas. Sophia é bem resolvida com sua orientação sexual, mas o que ela esconde é um grande amor, um sentimento ve...