A Carne é Fraca (Romance Lésbico)

Capítulo 12

Alguns dias se passaram após o rolo todo que tive aquele dia com Valentina e meu pai, fiquei um bom tempo sem conversar com ele, mesmo ele tentando a todo custo falar comigo. Então um certo dia resolvi conversar com ele como profissional e não como filha, ele ficou surpreso quando fiz a proposta de me encarregar dos trabalhos por vários países. Ele não fazia isso desde que houve o ocorrido em Paris, que eu fui sequestrada, mas eu queria me aventurar, e mesmo ele se negando a deixar eu ir, disse que se ele não quisesse faria essa proposta ao Tio Raphael, já que os ensaios fora do país davam muito mais lucro à empresa, sabia que ele não hesitaria em aceitar. Então Papai se deu por vencido e concordou, a proposta dele foi que se eu me der bem nos primeiros ensaios que ele arrumar pra mim, eu posso até ser uma das sócias do estúdio mesmo que a parte dele também seja minha por herança familiar, já que meus lucros serão muito maiores, e eu aceitei sem pensar duas vezes.

Valentina estava fazendo cu doce comigo, não queria conversar e quando eu trombava com ela, ela dizia para eu procurar a "modelinho", me irritei e resolvi focar no trabalho que tenho a fazer daqui pra frente. Já que no amor não dou sorte, vou tentar na carreira profissional.

Faltavam poucas horas para eu ir ao aeroporto, minha primeira viagem seria ao Brasil, fiquei um pouco com medo de não conseguir me adaptar ao costume e língua deles, mas estou ansiosa para conhecer o país. Passei os dias que tinha disponíveis antes da viagem estudando um pouco do que precisava, que seria o português, até que acho que não vou me dar mal, foi o suficiente para pegar muita coisa. Junto comigo iria três pessoas da equipe e lá encontraria duas modelos brasileiras que trabalhariam para mim, a idéia era fazer um ensaio fotográfico bem sensual ao ar livre pela cidade do Rio de Janeiro.

No Aeroporto...

- Pegou seu passaporte? Não está esquecendo celular? Já sabe onde vai ficar hospedada né? - Meu pai estava bem nervoso com a idéia de me deixar sozinha com o pessoal da equipe.

- Relaxa cara, vamos cuidar dela. - Indagou Derick, um dos meus ajudantes.

- Eu sei, mas ainda assim não confio. - Debateu meu pai.

- Calma pai, confie em mim pelo menos e na minha capacidade, vai dar tudo certo. - O acalmei.

- Está bem, mas nos ligue todos os dias para dar notícias ou sua mãe me mata.

- Pai só vamos ficar duas semanas lá. - O lembrei.

- Pra mim parece dois anos.

O abracei forte ao ouvir o anúncio de que nosso avião estava pronto para decolar, Ele ainda disfarçou algumas lágrimas teimosas que queriam cair e sorriu me dando um beijo na testa e me desejando sorte. Minha mãe se despediu de mim em casa, pois disse que se viesse junto não me deixaria embarcar. Em poucos minutos estávamos dentro do avião com destino ao Brasil, Rio de Janeiro ai vamos nós.

Foram as 10hrs de vôo mais ansiosas da minha vida, papai reservou um quarto para mim em um Hotel num lugar chamado Barra da Tijuca, o resto da equipe reservaram quartos separados para eles. O prédio era muito bonito, havia uma porta envidraçada e no Hall de entrada tinha uns sofás e poltronas vermelhas com almofadas coloridas, com um pouco do português que havia estudado antes de viajar consegui me entender com a recepcionista que logo me deixou aliviada ao mostrar que sabia falar minha língua e pediu para um dos funcionários me ajudar com as malas e achar meu quarto. Ao entrar, era tudo muito aconchegante e bonito, bem arrumadinho, todos os móveis de madeira, tudo bem organizado, logo peguei minha câmera e tirei uma foto para guardar de recordação. Tratei de ligar para o meu pai pra avisar que já havíamos chegado, ao finalizar a ligação me joguei na cama enorme que havia e soltei um suspiro, tinha que descansar pois o dia seguinte seria para conhecer as modelos e visitar algumas áreas onde faríamos as fotos.