Sophia e Valentina se conhecem desde que nasceram, suas famílias são amigos de longa data e isso ajudou na aproximação e convivência das duas. Sophia é bem resolvida com sua orientação sexual, mas o que ela esconde é um grande amor, um sentimento ve...
O dia foi cansativo, fui para casa antes do meu pai fechar o estúdio pois ele ainda tinha uma última sessão de fotos e disse que não seria necessário minha ajuda. Comprei uma Coca-Cola e um halls de cereja em uma lanchonete e acendi um cigarro, não estava com a mínima pressa para chegar em casa, coloquei uma bala na boca e sai andando. A brisa que batia em meu rosto conforme eu ia andando estava me deixando com mais frio, pelo menos não estava chovendo, sequer havia anoitecido ainda. Resolvi sentar na praça para terminar de fumar meu cigarro, não havia muitas pessoas presentes e eu sentei em frente ao lago que tinha próximo dali, coloquei meus fones de ouvido e fiquei viajando em pensamentos, a cada tragada que eu dava no cigarro era como se ficasse cada vez mais leve, isso me relaxava de uma tal maneira, que depois disso só precisava de um banho e minha cama para finalizar o dia.
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- Oi! - Uma voz baixa se pronunciou em meu ouvido ao tirarem um dos meus fones.
- Valen? - Pensei alto ao vê-la ficar na minha frente.
- Posso? - Ela apontou para o banco na intenção de saber se podia sentar-se ao meu lado.
- Senta ai. - Respondi colocando minha bolsa de equipamentos pro outro lado, já sabia que ela iria querer conversar, então pausei a música e tirei o outro fone.
- Você está bem? - Iniciou ela.
- Acho que sim e você? - Estava fitando o lago para não olhá-la nos olhos e demonstrar que na verdade eu estava tensa com tudo isso.
- Fico bem quando você está bem. - Respondeu tranqüilamente.
- Não faz isso comigo Valen. - Pensei, mas no fim respondi. - Nesse caso pra você ficar bem, eu estou bem. - Sorri.
- Olha quanto ao que houve...
- Relaxa, como me encontrou? - A interrompi para não ter que ouví-la falar do Kenai.
- Esqueceu que sempre sei onde você está? - Ela me mostrou o celular para que eu pudesse ver o aplicativo que foi usado para me encontrarem quando fui sequestrada.
- Sinceramente, tinha esquecido disso. - Traguei o cigarro novamente e desviei o olhar.
- Por que não está olhando pra mim?
- Eu olhei pra você. - Menti em partes.
- Sim, por um segundo apenas.
- Desculpa. - Disse me dando por vencida.
- Tudo bem, quero te perguntar uma coisa...
- Diga.
- Olha pra mim. - Ela agora segurava o meu queixo me fazendo olhá-la, quando nossos olhos se encontraram borboletas se manifestaram em meu estômago.
- Estou olhando. - Levemente virei para o lado e soltei a fumaça que havia segurado. Voltando a olhá-la em seguida.
- Você ficou brava por eu apenas não ter contado a respeito do namoro ou tem algo mais? - Essa pergunta me fez entrar em choque.