the dreams (pov Rose)

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- Você está melhor?

Minha vó me deu um baita susto aparecendo daquele jeito, sequei minhas lágrimas.

-Estou, o que vamos fazer hoje?

-Podemos falar sobre seus sonhos, a experiência dos medos não foi tão boa.

Assenti com a cabeça, talvez isso pudesse ser legal. meus sonhos ... será que eu lembro de todos eles?

- Hmm podemos tentar.

Vovó sentou se e puxou minha cabeça para seu colo, fazendo um cafuné ela esperou que eu começasse a falar.

- Tive vários sonhos quando pequena, sonhava que eu e minha irmã podíamos ser princesas e que teríamos um belo príncipe e tudo o que desejássemos, sonhava com o dia que ela tivesse um filho e eu pudesse cuidar e perceber os traços que ele tinha herdado de nossa família. - senti uma lágrima vir, é sempre difícil lembrar dela.

- Quando tudo aconteceu... ela passava noites chorando escondida de mim, desde pequena sempre que uma chorava a outra ficava do lado amparando até que ficava tudo bem. Até mesmo quando uma batia na outra sem querer, mas eu não conseguia entender o que estava acontecendo com ela, ela não buscou ajuda em mim, nos fechamos e eu sonhava que ela ficasse bem. Nem que a dor dela viesse para mim, eu ia suportar se ela estivesse bem.

Respirei um longo tempo até continuar.

- Eu tinha o sonho de conhecer meus amigos virtuais, ele se manteve por um longo tempo.

Vovó sorrio pensando em como deveria ser eles.

- Desde pequena eu sonhava em ser mãe,mas descobri que posso não conseguir engravidar por conta de um problema, Então conseguir engravidar e ter minha Sophia é meu grande sonho. Mas desde que eu vim parar aqui o único sonho que tem me deixado Sã é o de poder ver Dimitri novamente.

Vovó me puxou para cima e me abraçou.

-Venha comigo, você vai gostar de ver isso.

- Onde vamos?

-Ele está sonhando com você agora, você vai poder ver ele. Bom não tecnicamente.

E foi então que eu me vi dentro de mim mesma, mas no sonho dele. Foi estranho mas foi bom vê lo novamente, ele estava do jeito que eu lembrava,do jeito que fazia meu coração amá lo a cada batida. Ele me beijou e foi como se aquilo estivesse acontecendo realmente, eu estava em uma onda de nostalgia mas não tinha tempo para ficar ali, me senti fraca, o que significa que ele iria acordar em breve. Falei algumas palavras e puf...sumi.

- Vovó eu preciso voltar logo e sei exatamente como, mas tenho que descansar, isso parece que levou muito da força que eu tinha.

- Eu entendo, leve o tempo que quiser e saiba que ele está pensando em você.
Ela piscou para mim e então sumiu.

Me deitei seja lá onde eu esteja e comecei a pensar em meu soneto favorito de Shakespeare. Ele me lembrava Dimitri me fazendo ficar feliz.

★★★

- O que você quer lembrar?

- Um dia, minha mente vai guiar a gente. - fechei meus olhos e imaginei o lugar, a hora e o dia bem certinho.

~ lembranças ~

Com 19 anos eu estava morando com meu primo, aos 18 eu acabei de cursar o ensino médio e ele me ofereceu id morar com ele enquanto fazia a faculdade e trabalhava um tempo em seu escritório, para me manter e já ir aprendendo. Eu sempre fui indecisa e eu estava entre duas faculdades, mas aquele trabalho me ajudaria a decidir.

Tinha sido mais um dia cheio de trabalho, eu não estava me sentindo bem e pedi permissão para ir para casa mais cedo. Chegando lá tomei um banho quente e enquanto colocava a roupa a campainha tocou, Achei ser eu primo chegando mais cedo porém era Caio o porteiro com um urso de pelúcia, era uma girafa gigante, sempre gostei de girafas.

-O que é isso?

- Alguém deixou para a senhorita, tem um cartão.

- Obrigada Caio.

Olhei o cartão, não havia nome mas estava escrito "Espero que tenha gostado da girafa, acho que tem algo lhe esperando no poste em frente ao prédio.... só acho"

Alguém está querendo brincar comigo, só pode. Soltei uma risada sarcástica, assim que acabei de me arrumar sai a procura do palhaço.

No poste tinha uma túlipa vermelha, a minha preferida junto com um ouro branco, o meu preferido também. Estava me dando medo, a pessoa me conhecia bem.

Li o bilhete "Muito bem. Túlipa vermelha simboliza amor eterno, e o ouro branco é só um estimo para você andar até o mercado na próxima rua"

Andei até lá, olhando para os lados para ver se alguém estava me vigiando ou me perseguindo.

Quando cheguei em frente ao mercado o rapaz que trabalhava lá, Eddie veio me entregar um par de chinelos novos, eles eram bonitos havia um outro bilhete "coloque eles, irá precisar mais tarde. "

-Precisar para que?

Tirei meus tênis e coloquei os chinelos, Eddie me entregou outro bilhete "Todas as noites você andava em um lugar que você considerava especial, pois nele você sentia o que você queria sem se preocupar com os outros, siga seu coração e vá até ele".

Só podiam estar falando da praia, tinha um pouco de vento então permaneci com meu casaco, entreguei meu tênis para Eddie e pedi que ele guardasse para mim vir buscar depois, atravessei a rua e cheguei na avenida central em cada poste que eu passava tinha uma nova túlipa, tirei cada uma até chegar na praia deu 24 flores. Segurei elas em um buquê pequeno , chegando na praia me sentei em um banco que tinha na calçada em frente ao mar, tentei procurar algum tipo de pista os bilhete.

- Vejo que recebeu meus bilhetes - Ouvi uma voz grossa atrás de mim, eu reconhecia a voz mas não podia acreditar que era ele.

-Dimitri? - levantei assustada.

Era ele sim, ele estava aqui. Dois estados nos separaram por cinco anos e agora ele estava aqui na minha frente e eu estava em choque.

- Só um segundo mor - Ele pegou um buquê com mais 46 túlipas, contei elas o mais rápido que pude. Somei com as 24 que eu já tinha e deram 60. - deve estar se perguntando porque 60 flores. Namoramos á cinco anos, cada ano tem 12 meses, cada flor representa um mês que passamos longe um do outro mas nos amando cada vez mais.

Eu pude me mexer e pulei no colo dele, ele me segurou sem dificuldade, eu pudia finalmente saber o cheiro dele e céus era maravilhoso.

- Eu amo você -apertava os ombros dele para ter certeza que aquele momento era real.

- Eu também amo você mas só falta uma coisa.

-O que?

- Se te comparo á um dia de verão, és por certo mais belo e mais ameno. O vento espalha as folhas pelo chão e o tempo de verão é bem pequeno, as vezes brilha sol em demasia outras vezes desmaia com frieza e o que é belo declina em um só dia. Na terna mutação da natureza... céus eu esqueci.

Sorri com os olhos cheios de lágrimas por ele ter lembrado do meu poema favorito. Segurei sua nuca, aquele momento seria o melhor de todos, o momento em que eu iria lembrar para sempre. Eu estava pronta e ele também, nossos corpos mais junto o possível entraram em perfeita sinfonia assim que nossos labios se colaram e nossas línguas começaram a duelar suplicando por mais a cada segundo.

Ele estava ali me beijando, como todas as noites antes de cair no sono eu imaginava o dia que ele me seguraria em seus braços e me beijaria. Aquele momento é ainda mais maravilhoso do que eu imaginava.

~ fim da lembrança ~

Love between genius and irritatedOnde histórias criam vida. Descubra agora