17 - Red.

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"Quanto vale a sua vida? Quanto vale a sua história?"

Desci as escadas encontrando o filho dos Tomlinson no fim da mesma e o mesmo sorriu.

- Não sabia que ficava lá em cima. - Murmurou.

- Como?

- Red... Isso não é nome. Você é uma cor, não é?

- Eu preciso ir até a cozinha ver se a-

- Responda. - Mandou com a voz baixa, mas seu aperto em meu braço demonstrava a falta de calma.

- Sou. - Sussurrei.

- Linda... - Sorriu.

- Eu posso, por favor, ir agora? - Perguntei.

- Por que agora?

- Por favor...

- Louis. - Ouvi a voz de Harry. – Tudo bem por aqui? - Murmurou.

- Claro, só estava admirando as belas empregadas da casa. Confesso que às vezes esse povo nojento consegue fazer filhas deslumbrantes. - Sorriu presunçoso.

- Não quer acompanhar a mim e ao seu pai em um charuto e um uísque na sala?

- Claro, espero que no fim da noite, tenha algo vermelho em meus lençóis. - Sorriu lançando-me um olhar sugestivo e saiu em direção à sala.

- Você esta bem?

- Estou Harry.

- Pode me fazer um favor? - Perguntou acariciando meu rosto e olhei para ele.

- O que seria?

- Fique sempre ao meu lado na sala e na mesa do jantar. Não saia pela casa a noite sozinha e não deixe que nenhum desses homens lhe toque. - Sussurrou.

- Tudo bem...

- E, por favor, venha dormir comigo em meu quarto, pelo menos enquanto eles estiverem aqui. Eles com certeza irão para a ala dos empregados quando anoitecer.

- Eu...

- Não irei fazer nada com você Red. Nada. Eu só preciso estar seguro e certo de que você esta bem. - Afirmou.

- Tudo bem. Eu posso fazer isso.

- Agradeço muito.

      +++

A mesa do jantar foi retirada assim que acabamos a refeição e o Sr. Tomlinson já estava visivelmente alterado e sua mulher nem ao menos falava com ele.

- Venha filho, vamos das uma analisada no nosso novo material. - Disse levantando-se com o copo de uísque na mão. - Com licença. - Pediu embriagado e Harry apenas assentiu fazendo sinal para um dos soldados se aproximarem.

Johannah subiu assim como suas filhas e explicou que Sr. Tomlinson costumava ficar um pouco agressivo, por isso elas trancavam-se em um quarto para não ficar as vistas.

- Tragam minha mãe e Orange para cá. - Harry mandou.

- O que ira fazer com Orange? - Perguntei confusa.

- Ela é uma senhora, precisa do seu descanso e tenho certeza que a festinha particular dos Tomlinson, não permitirá isso a ela. Venha... Vamos nos recolher.

Confesso que o ato de preocupação, mesmo que mínimo com Orange me surpreendeu. Ela era uma cor e ele estava sendo gentil com ela, enfim a tratando como ela é... Uma pessoa.

Harry entrou no banheiro e me sentei na ponta da cama pousando minhas mãos nas pernas. Era estranho estar em um quarto com um homem para passar a noite.

- Tudo bem? - Virei-me para ver Harry se aproximando com uma calça moletom e sem camisa.

- Tudo... - Murmurei virando-me para frente.

- Tem uma roupa para você naquela caixa. - Disse apontando para a poltrona.

- Tudo bem. - Disse levantando-me. - Eu posso...

- Sim, pode se trocar no banheiro.

Dentro da caixa havia uma camisola de seda vermelha e um robe um pouco transparente.

Comecei a retirar meu vestido e respirei fundo entrando na camisola que ficava um pouco acima do meu joelho. Coloquei o robe e prendi meu cabelo deixando o vestido que usava na caixa.

Passei um pouco de água no rosto e encarei meu reflexo no espelho.

"Eu não irei fazer nada com você Red. Nada."

- Não tenha medo. - Sussurrei voltando a respirar profundamente e enfim sai do banheiro.

Harry estava em pé ao lado da cama com duas taças na mão e com um líquido escuro nelas.

Vinho.

- Sente-se confortável? - Perguntou e assenti me aproximando sentindo o chão frio em meus pés descalços antes de alcançar o tapete.

- Sim, me sinto bem. - Afirmei.

- Você parece tensa. - Concluiu entregando-me a taça de vinho.

- Acho que nunca me vi em um momento assim com... Um homem.

- Você já esteve aqui uma vez.

- Mas foi diferente.

- Por quê? Por que naquele dia ainda não havíamos nos beijado? Por que você não estava vestida assim? Por que você estava nervosa demais para perceber isso que acontece entre a gente? - Sussurrou e senti seu hálito em meu pescoço.

Vinho e um leve toque de menta indicando que havia escovado os dentes recentemente.

Ele tinha planos de me beijar agora?

- Sr. Styles? – Ouvimos a voz do senhor Tomlinson e Harry suspirou. Sentei-me na cama pousando a taça na mesinha ao lado e passei para debaixo das cobertas.

- Sim? – Harry murmurou destrancando a porta.

- Não encontramos Red... Ela não estaria na ala dos empregados? – Perguntou jogando o fumo para direção do Harry.

- Não.

- O senhor já pensou na minha proposta? Quinhentos mil euros são muita coisa, ainda mais por uma cor, mas meu filho não despensa uma noite com Red. – Disse e senti meu sangue gelar. Harry iria me vender?

- Já disse senhor Tomlinson e repito Red não esta a venda. – Afirmou em seu tom autoritário.

- Ela é apenas uma cor.

- Volte para a sua festinha, por favor. – Pediu.

- Venha conosco senhor Styles, mostre o homem que é. – Provocou e Harry suspirou e por fim respondeu.

- Eu aparecerei lá...

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The Other Side. H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora