Pétalas em meio ao caos (livro 2)

Mês Oito

Desculpem pela demora e pela qualidade do capítulo, porque realmente não está bom e nem as sete maravilhas. ( se quer justificativas de demora, procurou no lugar errado)

                                                                                               Mês Oito

— Você não pode arriscar duas vidas por um desejo seu, Abby. Você não responde só por si mesma agora, pelo menos ainda. — Blair estava fazendo algumas malas dela para voltar à mansão de ouros.

— Então que Deus sele as ruas, porque pelo visto andar pode me matar. — estava com o suéter que Rachel havia me dado caso o frio me atacasse novamente.

— Para uma pessoa normal, com uma vida normal é supernormal uma grávida de oito meses perambular pelas ruas. Mas, você não é uma pessoa normal, não chega nem perto de ter uma vida normal. — Blair percebeu o quão foi indelicada. — Só não quero que nada lá fora machuque vocês.

— Não vai machucar. Nunca machucou. — Meu corpo foi consumido pelo sofá absorvente de meu cansaço. — América e Rosalie podem vir aqui a qualquer momento novamente e tentar arrancar esses bebês a força de mim, eu sei muito bem dos riscos que corro. Mas eu sou uma mãe agora, Blair, só eu sei o que é melhor para nós três.

— Seu melhor com certeza não deveria incluir visitar a parte mais perigosa da cidade estando sozinha e Grávida! Você não é a mesma Abby que pode defender e atacar os outros com toda a facilidade. Vou ter que ser muito sincera com você, Abby...

— Pode dizer, Blair. Eu estou vulnerável, fraca, estou enfraquecendo por que vou ter que compartilhar parte dos meus poderes com eles dois. Eu sei que posso morrer dando a luz a eles, sei muito bem dos meus riscos, Blair. — Levantei e olhei para a taça de vinho quebrada no chão — Eu sou fraca como qualquer um agora.

Blair pegou as duas malas feitas colocadas aos ombros, junto à chave do carro colocada na barra de sua calça jeans preta. Seus olhos castanhos me matavam por dentro, pareciam arrancar cada mentira contada por mim colocando em um saco pronto para me bater com o mesmo. Não estava pronta para aceitar que terei uma responsabilidade enorme aceitando esses dois bebês no mundo.

Um jeito fácil de resolver minhas responsabilidades era matando quem as dava para mim, me livrar de fardos era tão fácil quando eu estava literalmente sozinha no mundo, sem ninguém para me dizer o que era o certo ou o errado a se fazer com as situações colocadas a mim. Agora que reencontrei alguns anjos que fiz o favor de cortas as asas no passado por egoísmo, sou alguém completamente diferente do que havia me tornado quando meu florete matava a sangue frio. Agora, pareço ter consciência do que é uma vida, e do que não merece ter uma vida.

— Blair. Pode fazer um pequeno favor a mim antes de me deixar aqui dependente dos seriados de televisão? — Me sentei ao sofá com as mãos apoiadas na barriga.

— Diga. — Blair passou as mãos pelos cabelos loiros e respirou fundo.

— Pode identificar os sexos dos bebês? Por favor! — Pedi com um sorriso ao ter as sobrancelhas arqueadas.

— Não precisava nem pedir, Abby. — Blair riu e se sentou ao meu lado.

— Se eu não pedisse você não estaria fazendo, não é? — Levantei uma sobrancelha e não recebi o mesmo de sua parte. Tenho que parar de ser grosseira quando não quero. — Desculpe.