Capítulo 39

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- Fala menina! - eu falei.
- Felipe chegou em casa hoje com um papel na mão, perguntei oque era, e ele disse que era uma passagem, então eu perguntei o por que, que ele iria fazer isso, e ele respondeu:
- Se nem minha filha me ama, oque eu vou fazer aqui?
Eu então fiquei em choque, ele saiu para o quarto e colocou tudo que era dele em uma mala, pegou-a e saiu, não sei pra onde ele foi, estou preocupada, tenho medo de ele se envolver com coisas erradas, a Luana, já não sei oque faço. - Falou Bianca em meio às lágrimas.

Fiquei chocada, me senti muito culpada por isso, me perguntei várias vezes e um mesmo único segundo, o por que, e como que eu consegui tratá-lo daquele jeito, meu Deus, e agora? Se minha filha querer ele? Oque que eu vou falar pra ela? Meus pensamentos estavam a mil, mas as únicas coisas que eu consegui falar foi:
- Bianca, calma, tudo vai dar certo.
[...]
Estava abalada, estava corrida por dentro, não sabia mais oque fazer, eu o amo, não adianta falar que não, mais sim, eu o amo, por isso que o ditado não falha, " Só damos valor quando perdemos", e isso eu falava por experiência propiá, mas mesmo assim, eu não sabia oque fazer então simplesmente deixei rolar, eu não podia fazer mais nada, essa hora ele já deve estar bem longe, mas espero que ele seja feliz. [...]
Já era noite, e minha mãe decidiu que Júlia iria dormir com ela, já que a cama dela era bem mais espaçosa que a minha, afinal, a dela era de casal, já a minha de solteiro, Júlia já havia dormido, então estava no quarto da minha mãe, minha mãe foi pro meu quarto pra conversamos, contei pra ela sobre o negócio de Felipe, e ela não conversou muito sobre esse assunto, pois ela sabia que me magoava, então ela mudou de assunto.
- E a festa de 3 anos da Júlia, já sabe como vai ser? - Falou minha mãe.
- Já, irei fazer das princesas.
- Primeira festa dela, ela irá ficar bem feliz, mal espero pra que esses três meses passem logo, não vejo a hora. - Falou minha mãe sorrindo.
- E eu então, mal posso esperar! - Eu falei sorrindo também.
Ficamos conversando sobre conversas aleatórias até o horário de 00:00, depois disso minha mãe foi dormir, e eu também fui, amanhã seria um longo dia...

Dia seguinte:

Era 09:25, estava me arrumando pra ir trabalhar, meu primeiro dia, e eu estava tensa, deu 09:50 e eu fui andando para a cafeteria, andei 5 minutos e cheguei lá, quando entrei, tinha uma menina parada no balcão, parecia estar esperando alguém.
- Bom dia, meu primeiro dia de empreg....
A moça me interrompeu dizendo:
- Você deve ser Luana, prazer o meu nome é Gisele, Márcia já deve ter falado meu nome pra você mas ok, venha comigo. - disse ela entrando em uma porta.
Eu a segui, entrei, e parecia uma espécie de banheiro com armários, então ela me deu uma chave com uma numeração, meu número era 32, então ela falou:
- Aquele é seu armário, bom, dentro dele, está: sua touca, avental, calça do uniforme, e a blusa, e na porta do armário tem uma caderneta e uma caneta, vai servir para anotar os pedidos dos clientes. - falou ela.
Então ai ela me falou o meu salário e o tempo que eu iria ficar lá, eu iria ficar lá das 10:00 até as 16:00, ela saiu do banheiro e eu me troquei, o uniforme não era tão feio, mas não era nada bonito, prendi o cabelo em um coque, coloquei a touquinha e sai, passei pelo balcão, e fui atender os clientes, olhando parecia uma coisa fácil, mas você precisa ter memória por mais que seja na caderneta, as vezes esquecemos de entregar o pedido, agilidade, equilíbrio e principalmente, muita paciência, por que as vezes o café vem frio e não aceitam, devolvem, as vezes brigam até com a garçonete. [...]
Passou o dia, chegou as 16:00, fui até aquela espécie de banheiro, tirei o uniforme, coloquei minha roupa normal e fui embora, chegando em casa, fui logo tomar um banho, estava podre de cansada, deitei e virei a cabeça pra parede.
- Eai como foi?
Era minha mãe na porta.
- Cansativo. - falei.
- Primeiro dia sempre é assim, depois de uma semana acostuma. - falou ela.
- Espero... - falei com uma voz de sono.
- melhor eu deixar você descansar, boa tarde. - disse minha mãe.
- Boa tarde mãe, obrigada. - falei.
Dormi a tarde toda, quando acordei, eram dez e quarenta da noite, nem se quer abri os olhos, voltei a dormir dnv, acordei só no outro dia..

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