Capítulo 48

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Estava saindo do hospital até que recebo uma chamada no celular, e então atendi:
- Alô? - Falei.
- Alô, Felipe?? - Perguntou a pessoa.
- Sou eu mesmo, quem é? - Perguntei.
- Sou eu, o Rafael. - Disse ele.
- Oi Rafael tudo bem? - Falei meio seco.
- Tudo cara, e a Luana como tá? Ela já saiu do hospital? - Falou ele com uma voz preocupada.
- Não, vai demorar um pouco, ela vai entrar em coma, por tempo indeterminado.. - Falei.
- Eu sinto muito. - Disse ele com a voz cabisbaixa. - Depois eu ligo, tenho que voltar ao trabalho, manda um beijo pra Luana. - Continuou ele.
- Tá bom, Falo cara. - Eu falei.
Então desliguei o celular e fui pra lanchonete, mais estava achando incrível de como ele ficou sabendo rápido, notícias ruins chegam rápido mesmo. Cheguei na lanchonete pedi um X-Tudo, e uma Coca-Cola, estava comendo e com os pensamentos lá em Luana, até que meu celular toca denovo:
- Alô? - Falei.
- Cade você cara? Já está no seu horário, o chefe está furioso. - Dizia Diego.
- Foi mal, minha namorada está no hospital, sofreu um acidente, eu tenho que ficar com ela. - Falei.
- Você é médico! Transfere ela pra cá, e fica encarregado dela. - Disse ele.
- Boa cara, vou agora mesmo fazer isso. - Falei.
- Rápido, antes que perca teu emprego. - Falou ele.
- Firmeza cara, dentro de meia hora eu já tô aí. - Falei.
- Vou enrolando o chefe, anda logo! - Disse ele.
- Tá bom, tchau. - Falei.
- Tchau. - Respondeu ele.
Desliguei o celular, terminei de comer meu lanche as pressas, paguei a conta, e levei uma Coca-Cola, e um misto quente pra dona Helena, Já que ela odiava hambúrguer, cheguei na recepção, e falei:
- Olá, bom dia, você sabe aonde se encontra o doutor Giovane?
- Bom dia! Ele está naquela sala ali, entrando no corredor virando a esquerda. - Disse a moça.
- Obrigada. - Falei saindo de lá.
Fui andando, e cheguei na sala dele, bati na porta e pedi licença pra mim entrar, e ele permitiu.
- Oque posso te ajudar? - Disse o doutor.
- Quero transferir Luana. - Falei chegando direto ao ponto.
- Por que? Ela está sendo mal atendida? Oque houve? - Falou ele se levantando de sua cadeira.
- Não é nada disso, o hospital aqui está de parabéns, eu quero transferir ela, para o hospital em que eu trabalho, assim eu cuido dela e não perco meu emprego. - Falei.
- Quer dizer que temos um doutor aqui! Bom, se é assim, vamos transferir ela. - Disse ele sorrindo.
- Muito obrigada! - Falei sorrindo.
- Me acompanhe! - Disse ele saindo da sala.
Eu apenas o acompanhei, ele me deu uns papéis para eu assinar, e fakeou:
- Transferência concluída.
- Obrigada, e a ambulância? - Eu falei.
- Claro! Vou agendar isso. - Falou ele.
Então ele entrou em uma sala, e com pouco minutos depois ele voltou e falou:
- Dentro de 5 minutos a ambulância vai estar aqui na frente, vá arrumar as coisas de Luana.
- Obrigada doutor, muito obrigada, você é o cara! - Falei sorrindo.
Então ele deu dois tapinhas nas minhas costas e disse:
- É oque eu posso fazer, agora vá rapaz. - Ele sorriu.
Eu sai de lá, e fui direto pra o quarto em que Luana estava, entreguei o lanche da dona Helena, e ela disse:
- Não precisava se preocupar Felipe.
- Claro que eu precisava sogrinha. - Falei.
Eu peguei a bolsa de Bianca, coloquei alguns papéis que eu tinha pegado na recepção, por conta da transferência, e dona Helena falou:
- Por que isso?
- Ela vai pro hospital que eu trabalho, eu mesma vou me encarregar dela. - Falei.
- Boa ideia. - Falou ela.
Ela terminou de comer seu lanche, quando dois homens entraram no quarto, e falaram:
- Aqui que é o quarto da Luana?
- É sim. - Helena respondeu.
- Bom, somos da ambulância.. - respondeu um deles.
- A sim, pode levar ela. - falei pegando a bolsa dela, e minha carteira.
Eles foram arrastando aquela maca até a ambulância, colocaram ela lá dentro, e falaram:
- Um vai ter que ir na frente.
Então dona Helena foi na frente e eu fiquei atrás, junto com um dos caras que foi buscá-la...
Depois de mais ou menos 10 minutos, já estávamos no hospital, chegamos lá, e eu perguntei na recepção qual seria seu novo quarto, ela me indicou e transferimos ela pra lá, depois de tudo pronto, eu fui me trocar e falar com meu chefe.
*Toc-toc* eu bati na porta da sala do meu chef.
- Pode entrar, precisamos conversar. - Disse ele.
Já vi que ia dar merda, então eu entrei e me sentei em uma cadeira que ficava em frente a sua mesa.
- Você já viu a hora? - Falou meu chefe.
- Sim, mais é que..
Fui interrompido.
- É que eu podia ter te despedido agora! - Falou ele seco.
- Não senhor, me deixe explicar. - Falei.
- Explique e me convença! - falou ele.
- Bom, minha namorada sofreu um grave acidente, e então transferiram ela para o hospital mais próximo, então assim que eu tive a notícia eu fui correndo para o hospital aonde ela estava, até que Diego me ligou, e me deu a ideia de transferi ela pra cá, e eu que eu poderia cuidar dela. - Falei.
- Ela já está aqui? - Disse meu chefe.
- Sim, me de uma chance, foi por uma boa causa, eu não posso ficar sem ela. - Falei.
- Vai lá rapaz, e salve a vida da sua namorada. - disse ele.
- Obrigada, posso me retirar? - falei.
- Pode sim. - respondeu ele.
Sai da sala dele e fui correndo para o quarto em que Luana estava.
- Eai? - disse dona Helena preocupada.
- Eu vou poder cuidar dela! - Falei sorrindo.
- Uffa! - disse ela.
Então chamei uma equipe para fazer um checape nela, fazer todos os exames..
****
Depois de horas e horas fazendo exames e imprimindo exames, vi que ela estava com o braço e o pescoço fraturado, mas como é que o outro hospital não viu isso? E se eu tivesse deixado ela lá? O osso ia cicatrizar de forma errada, bando de irresponsáveis! Mandei colocarem gesso no seu braço e uma tala no seu pescoço, e coloquei ela em coma, estava esperando alguns exames ficarem prontos, só que só ia sair no dia seguinte, então eu fiquei checando alguns exames, até que virei pro lado e vi que dona Helena estava praticamente jogada em cima da poltrona do hospital.
- Dona Helena? - Falei tentado acordá-la.
- Hã? Oi! - disse ela despertando.
- Vá pra casa descansar, eu fico com ela. - Falei.
- E os seus outros pacientes? - disse ela.
- Só estou cuidando do caso dela, e aliás, tem muitos médicos aqui. - Falei.
- Então tá bom, Boa tarde e boa sorte! - disse ela.
- Sorte pra que? Eu confio em Deus. - falei.
- Isso ai, já vou indo tá? Se cuida, e cuida dela. - disse ela.
Então ela pegou sua bolsa e foi embora, já eram mais de 23:00, então meu Diego apareceu na porta do quarto e falou:
- Acabou o nosso turno, vamos?
- Eu não vou! - falei.
- Eles não vão te pagar por isso, você sabe né? - ele falou.
- Não quero dinheiro, eu quero o bem dela. - falei olhando para Luana.
- Bem... É.. - Ele estava observando. - Vou colocar meu jaleco. - continuou ele.
- Oque? - falei surpreso.
- Vou encarar isso contigo cara! - ele falou.
- Poxa, valeu cara, você é um amigão. - falei sorrindo.
- Já volto! - disse ele saindo do quarto.
Fiquei feliz que podia contar com Diego nessas horas...

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