Capítulo 46

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Dia seguinte..

Eram 04:00 hrs da manhã, olhei para o lado da cama, e Felipe estava se arrumando, todo arrumado, e perfumado.
- Mais já? - Falei com voz de sono.
Ele virou surpreso e disse:
- Vida de infermeiro não é fácil benzinho. - Deu um sorriso.
- Percebe-se amorzinho. - Falei.
Ele pegou as chaves da moto na penteadeira e disse:
- Já vou indo.
- Já? Mais você só entra as 05:00 hrs. - Falei.
- Ainda vou passar no apartamento pra pegar alguma papéis e ajeitar os documentos. - Ele falou dando mais uma arrumadinha na gravata.
- Então tá bom. - Falei.
- Até mais tarde daminha. - Falou Felipe dando-me um beijo rápido.
- Até doutor. - Falei.
Ele deu um beijo em Júlia e sai, parado na porta, mandou um beijo no ar, apagou as luzes e fechou a porta. Voltei a dormir, quando de repente o meu celular começou a alarmar, olhei e já eram 06:00, incrível como o tempo passa rápido quando estamos dormindo, mas joguei a preguiça de lado e levantei, peguei uma toalha e fui para o banheiro.
Depois de um banho bem relaxante, eu sai do banheiro e fui me trocar, coloquei meu uniforme, que não ficava nada legal em mim, aquela calça, eu simplesmente a odiava, mas mesmo assim, eu era obrigada a vestir...
Depois de me trocar e arrumar a bolsa, eu dei um beijo na testa de Júlia e desci pra sala, peguei minhas chaves e fui pra cafeteria..
"trins" fez o barulho do sininho da porta, entrei para o vestiario coloquei minha bolsa no armário, vesti meu avental e fui atender as pessoas, até que eu recebi uma notícia.. Que eu iria ter que assumir com o trabalho da menina da cozinha, ela estava afastada, e aí que meu dia começou a piorar, estava na máquina fazendo o cappuccino do cliente, e sem querer relei meu braço na parte de traz da máquina e me queimei, corri e molhei a queimadura, estava ardendo, então peguei um guardanapo molhei e coloquei no braço, prendendo-o com uma fita, peguei o cappuccino do cliente e levei até a mesa dele, voltei para a cozinha, e me deparo com Gisele, fazendo um suco de laranja.
- Já foi avisada também? Haha. - Falei rindo.
- Infelizmente! - Ela revirou os olhos.
- Calma menina! Pelo menos eu acho que vão nos recompensar. - Falei me virando de costas pra ela.
Ela largou as laranjas na mesa, pois a mão na cintura e falou:
- Eles não vão recompensar a gente! Eles só vão colocar a gente pra trabalhar aqui é já era, nada mais, eu cansei desse lugar!
Peguei uma laranja e comecei a descascar, e tirar os caroços, Ai ela falou:
- Vamos falar com a Márcia!
Ela puxou a minha mão e a faca quase me cortou, e então eu falei:
- Se eu tivesse me cortado você ia ver só!
- Não precisa ficar bravinha não, ao menos que você queira trabalhar aqui de graça! - Falou ela soltando o meu braço.
Eu continuei a fazer meu serviço, e as horas iam se passando, quando deu 15:30 hrs eu fui me trocar para ir embora.

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