- Capítulo 12 - Sem chão e sem juízo

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Não tive mais tempo de ver Felipe naquele dia, ele me mandou várias mensagens, mas eu resolvi dar um tempo e resolvi ir atrás da Elly, agora ela estava bem, claramente maquinando algo, mas bem. Contei a ela sobre o Felipe e ela me deu todo apoio, mostrei a foto dele e ela o achou um gato, ele era. Elly não tinha esquecido o Nicolas, mas passou da fase de sofrimento para parte da vingança.

Confesso que a curiosidade também estava me perseguindo, afinal, eu sentia algo por ele, algo que deveria morrer comigo, mas não podia mentir para mim. Resolvi chamar a Elly para tomar um sorvete, enquanto ela escolhia o sabor eu fui escolher a mesa, sempre sentávamos lá fora, tomei um susto quando recebi um beijo na bochecha de alguém por trás da minha cadeira.

— Oi linda.

— Nossa, que susto garoto. *No mesmo momento Elly vinha e eu fiquei totalmente sem reação.

O semblante de Elly mudou, claramente ela estava com raiva, mas manteve a calma e chegou até nós rapidamente forçando simpatia.

— Oi Ni. *falou com um tom carinhoso.

— Oi Elly. Er.. bom, estava só passando, foi bom ver vocês, tchau.

Assim ele saiu, totalmente sem jeito. Em seguida Elly me fuzilou com seu olhar.

— Desde quando são tão amigos Léia? Não era vocês que viviam brigando.

— Sei lá Elly, garoto estranho. *falei tentando mudar de assunto, mas ela não engoliu.

Fizemos muita coisa o resto da tarde e Elly não falou mais no Nicolas, tomamos sorvete, fomos a praça de skate e eu andei um pouco, conversamos com os garotos da pista e assim fomos para casa já exaustas, mas ainda era 8 horas.

Tomei um bom banho no meu quarto e estava ainda de calcinha e sutiã quando me deparo com Nicolas na minha janela me olhando, me enrolei rapidamente na toalha não acreditando nisso, tinha que começar a trancar minha janela.

— Droga garoto, para com isso, deixa de ser tarado.

Ele me olha com uma cara realmente de safado e ri, como se eu estivesse brincando.

— Você não entende né?

— Que você é doido? Entendo demais *falo sentando ainda enrolada na minha cama.

— Não, que eu sou louco por você.

— Louco por mim? Como assim, eu te odeio, não percebe?

Quando dei por mim estava assim, tagarelando coisas sem sentido, nervosa, como se não tivesse controle das minhas palavras e nem de mim.

Ele se aproxima, não consigo me segurar. Ele me beija docemente, é como se o mundo acabasse ali. 

O Namorado da Minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora