Capítulo 9

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Nathan

Os dias passam devagar e quase se arrastando, o meu notebook mostra as fotos recentes tiradas de George em Miami, já está tudo pronto para pegá-lo com a boca cheia, e finalmente levá-lo a cadeia. O FBI vem ajudando bem pouco com a localização do George, meu detetive particular fez a maior parte do trabalho, e é ele quem vem alimentando meu email com essas fotos semanalmente sobre a rotina daquele filho da puta, miserável. Se o FBI não estivesse tão envolvido eu já teria ido a Miami e enfiado uma bala na cabeça dele.

Um zumbido em cima da mesa chama a minha atenção, e olho para a tela do meu celular, vejo escrito "número desconhecido", atendo.

- Pronto!

- Então, quer dizer que esteve me procurando? - eu nunca esqueceria essa voz.

- Filho da mãe, o que quer?

- A bala que entrou em seu peito não foi o suficiente para lhe conter? Você quer uma na sua testa, bem entre seus olhos? - mas que filho da puta.

- Quem vai levar uma bala assim, é você George. Eu estou cansado de suas ameaças. Eu vou te achar, custe o que custar. - ele não poderia saber que eu já o achei, ou poderia? é claro que ele não sabia.

- E você ainda não me achou?

- Se eu tivesse lhe achado, você já estaria morto, pode ter certeza disso. - ele deu uma gargalhada do outro lado da linha.

- Não tente me achar, Nathan. Será melhor para você e sua família.

- Não ameace a minha família! - quase gritei.

- Sua esposa foi quase atropelada pelo o que soube. - ele falou.

- Como... como você sabe? - perguntei hesitante.

- Eu sei de tudo, Nathan. Tudo o que envolve sua família.

- Você é um bastardo, George. Dos piores e se um dia ficarmos novamente frente a frente, eu vou lhe matar.

- Não me ameace, pois eu posso atirar na sua linda e querida Katherine agora mesmo, eu tenho ela sobre o meu alvo. Ela está saindo de uma loja de roupas de bebê, e está com uma barriga enorme por sinal. Seus seguranças não servem de nada, se eu tenho ela sob a minha mira.

- Seu filho da puta, se fizer algo com ela, eu mato você. - peguei o telefone de casa e disquei o número da Katherine. Desliguei a ligação com George assim que ela atendeu.

- Onde você tá? - perguntei.

- Saindo da loja de bebês, por quê?

- Entre no carro agora! - exigi.

- O que está acontecendo? - ela perguntou.

- Entre na droga do carro Katherine. - gritei no telefone.

- Ok! Um momento. - ouvi um barulho. - Obrigada! Pronto, já estou dentro do carro, agora pode me contar o que está acontecendo? - eu respirei.

- George está na cidade e ele tinha você sob a mira dele, ele ia atirar Katherine, você entende isso? Quero você em casa já! - desliguei.

Liguei para o detetive, e caiu na caixa postal.

- Droga! - levantei da mesa do meu escritório de casa e derrubei parte dos papeis que ali estavam, passei a mão pelos cabelos desesperado. Se George está na cidade novamente é por que veio em busca de algo, e se ele veio para tirar o que é meu, eu preciso encontrá-lo e desta vez, matá-lo.

Kate

Sai as 9 da manhã para um passeio pelo Central Park e depois umas compras, entrei em uma loja de roupas de gestante e comprei alguns vestidos, sai e entrei em uma loja de roupas para bebês, peguei algumas peças iguais para as meninas e algumas bonecas de pano que me apaixonei. Na saída da loja o telefone tocou, era o Nathan. Sua voz era de raiva ou estresse ao falar comigo, pediu para vir direto para casa, e estou aqui no elevador subindo. Abri a porta do apartamento e dois dos seguranças ficaram na porta, enquanto David entrou com as sacolas das compras.

- Onde coloco? - David perguntou.

- Deixe no sofá, depois levo para o quarto. Obrigada. - agradeci.

- É sempre um prazer. - David falou e saiu. Nathan vinha saindo do escritório.

- Como assim George está na cidade? - ele veio e me abraçou apertado.

- Desculpe, pela forma que falei com você ao telefone.

- Me conte o que aconteceu! - pedi a ele, Nathan me levou para o escritório.

- Ele ligou no meu celular, falando um monte de coisa e depois começou a falar de você que você estava muito bonita e que ele a tinha sob a mira da arma, e que podia atirar se eu não parasse de procurá-lo.

- Aquele filho de uma... - ele colocou o dedo na minha boca me fazendo calar.

- Não quero que fique assustada, amor, mas vou precisar que não saia mais de casa, pelo menos por uns dias, vou virar essa cidade do avesso e vou encontrá-lo. Não vou descansar. Eu não quero perder você. - ele segurou meu rosto me olhando nos olhos. - Você me entende não é? Você entende que tem que ficar em casa, para sua segurança e das nossas meninas? Não entende?

- Sim eu entendo, Nathan! Eu entendo.

- Por favor, não saia. Por nada no mundo, nem mesmo se eu chamar ok! - eu assenti olhando-o. - Obrigado! - ele me olhou e se afastou. - Preciso achar meu detetive, depois conversamos melhor, tudo bem?

- Sim. - ele voltou ao seu escritório. Levei minha mão a barriga e percebi o risco que corri, se o George realmente me tinha em sua mira e ele tivesse atirado, provavelmente eu estaria agora morta e as meninas também. - Quando esse pesadelo vai acabar. - falei comigo mesma, pegando as sacolas e levando para o quarto.

Tirei parte das coisas e coloquei sobre a cama, separei as minhas e levei para deixar na lavanderia para lavar. As roupinhas das gêmeas separei e levei ao quarto delas. Coloquei sobre a mesinha, onde vinha pondo todas que comprava, precisava lavar todas, e logo. Se elas vierem antes do previsto, preciso estar preparada para isso. Com tudo pronto para recebê-las, o quarto está quase todo arrumado, falta alguns pequenos ajustes como bonecas e alguns enfeites mais femininos. Hoje comprei duas bonecas de pano que achei lindas. Elas ficarão na prateleira sobre os berços das meninas. Na parede coloquei dois quadros grandes com fotos minhas e do Nathan.

Eu estava me distraindo com coisas para as meninas, por que eu não quero ficar preocupada com o que poderá acontecer com o Nathan, se ele voltar a cruzar com o George, eu já fico estressada só de saber que ele pode estar por perto, não quero que isso influencie no meu parto ou faça mal as meninas. Sentei na poltrona do quarto delas e fiquei com a boneca de pano no colo pensando em como posso ajudar o Nathan nessa situação. Ajudá-lo sem atrapalhar, será que é possível? Senti um chute e sorri.

- Sim, meus amores, mamãe está aqui! - fechei os olhos por um breve instante respirando fundo imaginando o rosto delas, elas serão lindas de qualquer jeito, parecendo comigo ou com ele, elas serão lindas. A porta do quarto se abriu alguns minutos mais tarde.

- Vamos almoçar? - a voz do Nathan chegou aos meus ouvidos e eu abri os olhos, devo ter adormecido. Ele entrou no quarto e me ajudou a levantar da poltrona. - Você está bem?

- Sim, só sentei um pouco para pensar nas coisas, e acabei adormecendo, é o sono infinito da gravidez. - falei sorrindo para ele.

- Posso imaginar. O almoço está pronto já tem uma hora, mas como estava ocupado, acabei não indo comer, quando fui a cozinha, Ana falou que você também não havia aparecido ainda para comer, então imaginei que estivesse aqui e vim buscá-la para comer, pois você sabe que não pode ficar sem comer, ainda mais agora, não é?

- Sim eu sei, eu só cochilei. Vamos almoçar. - sai do quarto com ele e fomos para a cozinha. Ouvi o celular do Nathan tocar, vejo-o pegar e olhar o visor.

- Desculpe preciso atender. - e ele sai me deixando sozinha novamente.

- Tudo bem. - respondo para o nada, sento e começo a comer. - Tudo bem! - falo para mim mesma, sabendo que as coisas não estavam bem, mas tentando acreditar nisso. Eu estava preocupada com o que aconteceria nos próximos dias, se o Nathan realmente achar o George.

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