Capítulo 30

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Nathan

Estava terminando de abotoar a minha camisa à frente do espelho quando vi Kate passar e entrar no quarto das meninas.

— Kate, onde está aquela gravata cinza com listras? — perguntei.

— Na segunda gaveta do lado direito do closet, na quarta fileira, ela é a segunda. — Kate se tornou uma eficiente dona de casa e mãe em poucos meses, as meninas agora têm 10 meses, estão sentando e quase andando, compramos aqueles andadores de crianças, e elas rodopiam pela casa, batendo pelas paredes, damos boas risadas enquanto as vemos tentar pegar os porta-retratos espalhados por todos os lugares.

— Achei! — falei, voltando à frente do espelho e terminando de pôr a gravata.

— Recebi uma carta da Universidade Columbia — ouvi Kate falar enquanto uma de nossas filhas passava correndo com o andador pelo nosso quarto. — Eles me aceitaram, pelas minhas boas notas e tudo mais.

— Isso é maravilhoso, meu amor! — falei, olhando para ela e sorrindo.

— Você não parece tão feliz — Kate falou, aproximando-se de mim.

— Não é isso, é só que... eu não vou ter mais você só para mim, vou ter que dividi-la com outros estudantes, e caras mais novos, e mais charmosos, e os jogadores de futebol, e tem muitas outras coisas mais que vem junto com a entrada na universidade.

— Está com ciúmes, Nathan? — ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Quem, eu? Não, imagina se terei ciúmes de um bando de pirralhos. — É claro que eu estava com ciúmes, mas eu ainda a teria por um semestre inteiro, até as aulas na Columbia iniciarem.

— É claro que está. — Ela riu, abraçando minha cintura. — Eu amo você, Nathan. Nada no mundo irá mudar isso. É apenas mais um sonho a ser realizado.

— E já escolheu o que vai cursar? — perguntei.

— Ainda não, estou pensando, talvez algo relacionado a área de administração, assim posso lhe ajudar na empresa.

— Parece uma boa ideia, mas não escolha por mim, escolha por você. Você sabe, o que escolher, eu apoiarei. — Sorri para ela, virando-me e segurando seu rosto. — Você é minha preciosidade, o que escolher, eu vou apoiar.

— Eu sei! — Beijei seus lábios.

— Preciso ir, se eu ficar mais alguns minutos, vou jogar você nessa cama e nós dois sabemos que não conseguiremos sair dela tão cedo. — Ela riu, mexendo em minha gravata.

— Pronto, agora está certa! Bom dia, meu amor! — Beijei seus lábios novamente e saí do quarto, levando o paletó e a pasta de trabalho na mão, encontrei com a Valentina muito chateada, presa na entrada da sala de estar, devido ao tapete atrapalhar seu andador. Levantei-a com andador e tudo, dei-lhe um beijo na bochecha rosada e a mudei de direção.

— Já vai, Sr. King? — Eva entrou com Vitória na sala.

— Sim, estou indo. — Dei um beijo na bochecha da minha filha. — Cuide bem das minhas meninas, Eva.

— Sim, senhor. — Ela foi se juntar a Valentina, que corria pela casa em seu andador, e eu, bem, fui para o trabalho, porque alguém precisa trabalhar nessa casa.

— Bom dia, David!

— Bom dia, Sr. King! Feliz? — David perguntou ao ver meu sorriso pelo retrovisor, olhando para a rua, minha mente prende-se à mulher que deixei em casa, para qual volto todas as noites. Eu tenho a família perfeita.

— Sim, não poderia estar mais feliz, tenho tudo o que necessito, uma esposa maravilhosa que eu amo mais que tudo, duas meninas sapecas que rodopiam pela casa em seus primeiros passos no andador, o que mais poderia me fazer feliz?

Acompanhante de Luxo - O Casamento Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora