Capítulo 21

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Kate

Em algum momento eu adormeci, sonhei segurando duas meninas lindas em meu colo, duas princesas de cabelos negros e olhos tão azuis quanto os do pai, acordei com Nathan fazendo carinho em meu rosto.

– Bom dia! – ele sorriu, seu cabelo molhado, indicava que ele havia tomado banho, e tinha feito a barba, pois o cheiro da loção pós barba encheu meu nariz, sorri.

– Bom dia! Hoje vou ver minhas meninas. – falei sorrindo, já me sentando.

– Sim, hoje vamos vê-las, já preparei meu celular, deixei-o carregando, por que vou filmar tudo, desde a sua entrada até você as segurar em seu colo.

– Obrigada! – falei sorrindo. – Preciso me arrumar.

– Claro! – ele me ajudou a descer da cama e me levou até o banheiro.

Trinta minutos mais tarde, eu estava em um novo pijama, perfumada e de cabelos amarrados em um rabo de cavalo. Tomei meu café da manhã, e sentei na beirada da cama ansiosa esperando a médica. Uma batida na porta e a Dra. Veneci entrou sorrindo.

– Cheguei para busca-la!

– Finalmente! – falei olhando-a. Com um sorriso de orelha a orelha, finalmente eu conheceria o rosto das minhas filhas.

– Vamos! – ela sorriu e saiu andando, eu e o Nathan acompanhamos ela, ele me abraçava e me ajudava a levar a barra de ferro que continha o meu soro. Depois de três corredores extensos, chegamos a UTI neonatal, a médica bateu e abriram, ela entrou e logo eu entrei com o Nathan.

– Olá mamãe! – uma enfermeira sorriu me cumprimentando brevemente. – Você pode lavar suas mãos aqui utilizando esses produtos, depois passe álcool gel, ponha a touca, e os protetores dos pés, e então pode entrar para ver suas filhas. – ela nos instruiu e eu fiz exatamente isso, lavando bem as mãos, não queria levar nenhuma doença para minhas meninas. Nathan fez o mesmo, e logo estávamos entrando na UTI de verdade, o barulho dos bips da sala, encheram meus ouvidos, e ali havia uma tranquilidade quase que impossível de manter, se tratando de bebês.

Acompanhei lentamente passando pela primeira incubadora, e depois outra, e mais outra, até chegar na que a Dra. Veneci estava olhando e sorrindo.

– Essas são suas meninas, Katherine. - Eu parei e senti minha vista embaçar, as lágrimas já estavam lá, enchendo meus olhos, eram tantos fios, e o barulho do bip, e de respirador elétrico.

– Elas são tão pequenas. – me aproximei ficando entre as duas incubadoras, tantos fios e coisas ligados a elas, eu não sabia para qual dar atenção primeiro, eu queria poder dar atenção as duas ao mesmo tempo. Mas, eu já sabia que sempre seria assim, pelo resto de nossas vidas, uma sempre ganharia um pouco mais de atenção que a outra. Virei para uma delas e sorrindo com lágrimas nos olhos, pela emoção de vê-las pela primeira vez. – Oi meu amor, é a mamãe falando! – colocou a mão num dos buracos da incubadora, e toquei seu pequeno pezinho, Deus, como era pequeno, a fralda em seu corpinho pequeno, parecia enorme, e eu tinha certeza que aquela fralda era a menor delas. A pele dela era um tanto avermelhada, e ela tinha um gorro rosa sobre sua pequena cabeça, havia um tubo de respirar em seu nariz, e sua boquinha pequena estava aberta com outro bem fino que devia ser para alimentá-la, em seu pequeno pé tinha uma fita branca em volta, e um soro ligado a ele, em seu peito um monte desses adesivos redondos, monitorando seus batimentos cardíacos, tirei minha mão e virei-me para o outro lado, para dar atenção a minha outra pequena. – Oi meu coração, é a mamãe! – sorri sentindo as lágrimas descerem por meu rosto, elas eram tão pequenas e ao mesmo tempo tão perfeitas, mais lágrimas desceram pelo meu rosto. – Eu sinto muito meus amores! – falei para elas. – Mamãe sente muito, por ser irresponsável.

Acompanhante de Luxo - O Casamento Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora