Capítulo 2

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Kate

E assim se seguiu nossa manhã e começo da tarde, cheia de risadas, no fim Amanda acabou por molhar o cabelo. Ana trouxe nosso almoço e comemos juntas, as 15h eu já estava cansada e com sono. Elas também acredito eu, ou me viram com cara de sono e deram a desculpa de que precisavam ir embora, eu apenas aceitei e voltei para meu quarto. Tomei um banho e deitei na cama, acabei adormecendo. Despertei com falta de ar, uma dor insuportável para respirar.

– Isso não é normal. – disse para mim mesma. – Nathan! – tento gritar, mas a dor para respirar é maior. Levanto e vou andando devagar até seu escritório. – Preciso de você. – falo escancarando a porta. – Estou com falta de ar. – vejo Nathan arregalar os olhos e pular de sua cadeira para me alcançar. Ele me pega nos braços e me leva até o sofá.

– Diga-me o que está sentindo. – ele pede.

– Estou sentindo dores cada vez que respiro fundo. Não estava assim antes.

– Não foi esforço que fez na piscina? – ele pergunta.

– Não, eu não fiz esforço algum.

– Vou ligar para a sua médica. – ele levanta e eu acabo por me ajoelhar no sofá, e sento-me sobre minhas pernas, começo a respirar calmamente. As gêmeas estão quietas, não chutaram uma única vez, algo está errado.

– Ela não atendeu, vou levar você ao hospital mais próximo.

– Ok! – levanto com certa dificuldade. Nathan me pega no colo com facilidade e saímos do escritório.

– Ana, se alguém ligar peça para me chamar no celular, estou indo ao hospital com a Kate. – ele fala assim que vê Ana.

– Tudo bem senhor. – e saímos do apartamento, pegamos o elevador com ele ainda me segurando em seus braços.

– Eu sou pesada amor, me ponha no chão, mesmo com a dor consigo andar. – falo.

– Não. – ele fala assim que o elevador para, saímos para o estacionamento ele destrava o carro e eu abro a porta, Nathan me põe no banco do passageiro e corre para o lado do motorista. – Só fique calma até chegarmos lá ok.

Ele saiu feito louco do estacionamento, fomos ao hospital mais próximo, ao chegarmos ele estacionou e descemos. Fomos a portaria do hospital e a enfermeira que estava ali não nos deixou entrar.

– Sinto muito, mas todos os leitos da maternidade estão cheios, busquem outro hospital

– Mas ela está com dor. – Nathan gritou.

– Sinto muito, mas ela não será atendida. – a enfermeira falou e eu o puxei.

– Vamos. – saímos de lá e eu comecei a chorar, com medo de que algo pudesse estar acontecendo com minhas filhas.

– Como assim não podem atender, eu vou processar vocês por não atenderem minha mulher. – Nathan gritou e me pegando no colo, voltamos ao carro. – Fique Calma. – assenti. Vinte minutos mais tarde, demos entrada em outro hospital, onde prontamente fizeram uma ficha e me colocaram em uma cadeira de rodas, fui levada para a ala da maternidade, mediram minha pressão e aparentemente estava tudo bem, mas a dor não passava.

Um ginecologista/obstetra me atendeu, fez um exame de toque.

– Seu útero está muito bem fechado, seu bebê não irá nascer hoje. Agora vamos escutar o coração.

– São duas. – falo para ele. – Duas meninas.

– Ah sim. – logo a sala é tomada pelo som do coração das bebês e eu sinto um alívio passar por mim, como se houvessem tirado um peso das minhas costas. A enfermeira me ajuda a sentar e começo a me vestir, enquanto o médico faz algumas perguntas.

Acompanhante de Luxo - O Casamento Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora