Capítulo 14

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Acordei sorrindo com o sol do final da tarde entrando pela janela, por um momento fiquei atordoada sem saber onde estava, mas então senti um beijo em meu ouvido.

– Oi dorminhoca!

– Oi. - falei sorrindo e me espreguiçando. Virei para ver o grande amor da minha vida e percebi que ele havia tomado banho novamente, seu cabelo estava molhado e ele sorria como um anjo pra mim.

– Você dormiu como um anjo, como se sente? - ele perguntou me analisando.

– Bem eu acho, tirando uma pequena dor no corpo.

– Oh, eu sabia que você ia ficar doente, vou pedir para a Dra. Veneci vir lhe ver, imediatamente. - Nathan se vira pegando o celular.

– Ei, calma. É só uma dor no corpo, não estou doente, não é nada demais. - eu tento acalmá-lo.

– É demais sim, já não basta o seu problema com as tais plaquetas, agora ficar resfriada, isso não é bom. Vou ligar para a Dra. Veneci ok! - e ele levantou-se da cama já falando no celular, eu me levantei lentamente, agora minha cabeça parecia explodir, é realmente eu não estou bem. Sentando-me senti o mundo girar e cai para trás na cama, Nathan se virou ao ouvir o barulho. - Preciso desligar, venha o mais rápido que puder. Oh meu Deus! O que está sentindo? - ele estava quase em cima de mim.

– É apenas uma tontura. - respondi um pouco enjoada. - Preciso ir ao banheiro. - levanto novamente, e me apoio na parede, logo Nathan está atrás de mim me segurando para que possamos chegar ao banheiro. Entrando no banheiro me dobro ao meio e ponho para fora o que há em meu estomago, ou seja, quase nada, pois já se passaram horas desde o café da manhã.

– Agora estou realmente preocupado! - Nathan fala segurando meus cabelos e amarrando-os com uma liga. Limpo minha boca com a mão, e olho para ele. - Você está pálida.

– Eu vou ficar bem é só uma gripe devido a chuva, eu sou tão irresponsável, só faço coisas erradas, eu só me coloco em situações ruins.

– Eiii, pode parar! Não é se recriminando, ou falando assim que vai melhorar algo, você está doente, nós vamos cuidar disso, e você vai ficar boa, venha vou te ajudar a escovar os dentes. - ele me ajudou a levantar e ficar de pé na pia, escovei os dentes lentamente, enquanto minha mente entrava em stand by, fazendo as coisas no automático, voltei para a cama, e ele me deu uns biscoitinhos salgados.

– Ainda estou enjoada.

– Eu sei, a dra. Veneci está chegando. - assenti olhando-o.

– Eu vou precisar de um cesto ou qualquer coisa que eu possa vomitar dentro. - pedi.

– Tudo bem! - ele levantou e entrou no banheiro, quando voltou tinha o cesto de lixo nas mãos. - Se precisar use isto, eu já volto. - Nathan disse e saiu do quarto me deixando sozinha, eu podia ouvi-lo falando do outro lado da porta com alguém, falavam sobre mim e depois sobre o George, algo não está bem, algo está acontecendo. E talvez eu seja a unica que não sabe realmente das coisas, porque o Nathan sempre tenta me proteger de tudo e todos. A ânsia de vômito veio novamente e eu coloquei tudo para fora novamente, o cesto ao meu lado ajudou muito. Alem  do enjoo, uma dor começava a se mostrar embaixo das minhas costelas, como se as meninas estivessem empurrando lá de alguma forma, e parecia tão ruim, coloquei os pés no chão e levantei segurando-me na madeira da cama dossel.

Segurei com as duas mãos, quando a dor apertou e eu quase perdi os sentidos diante da dor, a porta se abriu e eu soltei um grito.

– Porra!

– Katherine - a voz de Cecilia chegou aos meus ouvidos e suas mãos estavam logo depois em minhas costas. - O que está sentindo querida?

– Dor, dor e mais dor, enjoo, dor... - falei fechando os olhos ainda segurando na madeira da cama.

– É muito cedo para elas virem ao mundo, onde está sentindo dor? - pergunta idiota, eu pensei diante da dor que eu sentia.

– Doi embaixo das minhas costelas, como se elas estivessem enfiando seus pés embaixo ou algo assim. - falei soltando um gemido quando a pontada de dor veio mais forte.

– Isso é um bom sinal, ao menos não são contrações do parto. Nathan coloque-a na cama.

– Não. - eu gritei - Não toque em mim, eu só quero que pare a dor. - trinquei os dentes sentindo outra pontada, minha vista escureceu e eu senti mãos me pegarem e tudo ficou realmente escuro.

Nathan

Katherine estava estranha, talvez fosse apenas uma gripe ou não, poderia algo ser bem mais grave, e eu não queria pagar para ver o que seria, liguei imediatamente para a Dra. Veneci, e ela veio o mais rápido que pude, quando entramos no quarto minha mulher estava em pé, segurando firmemente na madeira da cama, de costas para a porta, seu rosto representava dor, e conforme ela falava mais preocupado eu ficava, quando me aproximei ao ouvi-la pedir que não a tocasse, seu corpo amoleceu e ela apagou, a correria foi grande, coloquei-a na cama e a Cecília já foi logo aferindo a pressão da Kate.

– A pressão dela está alta, precisamos de uma ambulância agora. - ela quase gritou, me jogando o telefone do criado mudo para que eu ligasse e pedisse uma ambulância. - Diga que sou eu que estou pedindo, é um caso grave. - Cecília virou-se e começou a mexer na barriga da Kate.

– Preciso de uma ambulância na casa dos King agora, sim. Isso! A dra. Veneci está aqui, é caso de vida ou morte.

– Os bebês não se mexem. - quando eu ouvi aquilo o telefone fugiu da minha mão e caiu no chão, e tudo se transformou em câmera lenta, eu nunca pensei que existisse isso de câmera lenta, pois só havia visto nos poucos filmes que vi, mas agora eu vejo que realmente tem, quando sua mente assume o risco para entender o que está acontecendo.

– Como assim? - cheguei mais perto da médica e acariciei o ventre da Kate. - Explique, como assim não mexem? - quase gritei.

– Estou estimulando-os, a pressão dela está muito alta, e com os bebês não se mexendo, pode haver qualquer coisa acontecendo que eu não estou vendo, preciso do hospital para começar os exames o mais rápido possível. Eu preciso de uma ultrasson, pois só assim poderei dizer o que há com as meninas, e exames de sangue e colocar a Katherine no soro e medicamentos para baixar a pressão.

– Porra! Isso não devia está acontecendo, logo hoje! Caramba, logo hoje! Mãe! - gritei e minha mãe entrou no quarto.

– Estou aqui! - Ana entrou correndo no quarto.

– A ambulância? Chegou? - perguntei.

– Sim, acabou de chegar. O que ela tem? - minha mãe perguntou, enquanto eu pegava Katherine no colo, e descia as pressas com ela.

– Eu não sei, preciso da senhora no hospital, por favor! - pedi, coloquei a Kate na maca e entrei na ambulância com a Cecília.

A Cecília logo começou seu trabalho, aplicando algo na veia da Katherine, e colocando-a no soro. A cirene da ambulância estava alta, ou poderia ser meu nervosismo, por algo ruim está acontecendo com a minha mulher e minhas filhas. Logo hoje que o George finalmente estaria sendo preso.

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