Capítulo 5

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Entrei no banheiro e por sorte tinha um vazio, entrei e deixei as lágrimas virem. Dhex não tinha conhecido a mãe, assim como eu não conheci meu pai, é triste isso, como a vida pode ser assim tão cruel. A minha sorte, se puder dizer assim, é que meu pai ainda está vivo e eu o estou conhecendo aos poucos, já ele nunca terá essa chance. Fiz minhas necessidades e sai, lavei o rosto, os olhos inchados, tinha feito meus olhos ficarem vermelhos e meu nariz agora de batatinha por ter engordado com a gravidez ficar vermelhinho. Sorri ao me olhar no espelho, parecia uma louca, arrumei meu cabelo, e limpei o rosto, o vermelho das bochechas ainda estava ali, lavei as mãos e voltei para a mesa.

– Desculpem. – falei assim que sentei.

– Eu que peço desculpas, eu a fiz chorar. – Dhex falou me olhando. – Desculpe por isso.

– Não, eu que comecei, e você não me fez chorar. Eu sinto muito por sua mamãe Dhex, muito mesmo.

– Tudo bem, eu já me acostumei. – ele respondeu terminando seu lanche.

– Vamos já está tarde, quase 22h, e seu noivo ou seria marido? Ele já deve estar preocupado. – John falou sorrindo, levantamos e fomos para o estacionamento. Meu pai e Dhex passaram na faixa de pedestre, e eu vinha logo atrás, tentando pegar meu telefone que estava chamando, quando escutei meu pai gritando meu nome e me puxando. Um carro passou raspando em mim, os pneus fizeram barulho quando ele fez a volta. – Eu quase morri agora, Katherine. – meu pai falou ainda abraçado comigo.

– Eu... estou bem, foi só um susto. – falei com o coração a mil, olhei o carro que quase havia me atropelado e ele havia parado pouco mais a frente. John segurou minha mão e me levou até o carro.

– Entre! – entrei e Dhex logo atrás, John entrou por último, ele conversava algo com o motorista lá fora. Meu coração ainda estava batendo descompassado, eu tinha caído em mim, quase fui atropelada por que estava distraída, tentando pegar a porra do telefone na bolsa.

– Você está bem? – Dhex perguntou. – Quer água? – eu assenti, e ele se inclinou e pegou na mini geladeira que tinha na limusine, me deu uma garrafa de água. – Aqui! – peguei e tomei.

– Estamos indo para casa agora. – meu pai falou fechando a porta. – Você está bem? – ele me olhou preocupado.

– Sim eu estou bem. Agora que meu coração acelerou, por me dar conta de quase ter sido atropelada, por pura irresponsabilidade minha.

– Não acredito que tenha sido irresponsabilidade sua, Katherine. – olhei para John, o que ele queria dizer com isso?

– O que?

– Vou ter que subir e conversar com seu marido, Katherine. – John falou.

– Não! – eu respondi.

– Por que não? – ele perguntou.

– Por que se contar que isso aconteceu, eu jamais poderei sair novamente sem um guarda-costas insuportável nas minhas costas. – cruzei os braços.

– Mas, ele está certo em pôr guarda-costas para cuidar de você, Katherine. Não faça cara de menina mimada e mal criada. Eu conheço essa cara, pois já vi muitas vezes no rosto do seu irmão. – John falou e eu olhei para fora. – Vou subir para conversar com ele sim, e ponto final.

– Você não manda em mim. – respondi.

– Desde que eu tenho o meu nome na sua certidão de nascimento, como seu pai, eu mando sim, independentemente de você ser maior de idade ou não. – eu o olhei chateada. Eu estava sendo mal criada, com uma pessoa que só queria o meu bem.

Acompanhante de Luxo - O Casamento Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora