Sofro pela espera longa e infundada,
Pela flecha que saiu sem dar em nada,
Pelo remo que quebrou sem navegar,
Pela rocha que tombou, partiu se ao meio
E brotou pedras onde eu quis colher centeio,
Pela manhã que amanheceu sem se deitar.Escuto a cotovia que insinua
Que o cravo morreu, mas a terra continua.Bendigo o chão por cada grão e me comovo.
Parto de novo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Chão De Vento
PoetryUma obra de Flora Figueiredo Poesias Não apenas poesias mais sim reflexões da alma