borbulhante

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Guardei meu poema dentro de uma bolha de sabão.
Como não ficar seduzida
Pela circunferência lisa e transparente,
Onde o arco íris passeia docemente
E morre de amores pela espuma colorida?

Acomodado na nova moradia,
O poema suspirou e adormeceu.
Quando acordou, não mais me pertencia.

A bolha de sabão se deslocara
E o poema apaixonado que eu criara
Descobriu de repente que era teu.

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