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-A vida não faz mais sentido pra mim, eu já não aguento mais! Adeus mundo! -cochichei para mim mesma com alivio e medo na voz- Afinal, não tenho mais razão para continuar aqui...


Me aproximei mais da beira do penhasco, dava pra ouvir perfeitamente, aquele barulho de água batendo nas pedras lá em baixo, era até ruim pensar que aquela seria a ultima vez que eu ouviria aquilo, aquele som suave que acalmava.


-Não, nada de sentimento, nada de calma, eu vou me jogar, eu ainda quero morrer, eu já cansei, lembra disso Perrie? Eu vou, eu tenho que ir! -disse novamente pra mim mesma com o coração acelerando a ponto de parecer que iria pular e sair pela minha boca.


Mais três passos e eu cairia naquelas aguas que estavam até agitadas, esperando para me engolir. Mais esses poucos passos e mais nenhuma dor eu iria sentir.


20 minutos antes


"-Pra onde você vai a essa hora mocinha? ~disse dona Iolanda~


Eu não queria causar essa dor em você mãe, eu juro, eu sei que você erra muito comigo e me machuca, e sei que eu tambem com você, mas mesmo assim, eu não aguento.


-Eu vou dar uma volta, te amo muito tá -respondi abraçando ela bem forte- obrigado pela senhora ter me trazido momentos bons, mesmo depois da morte de meu pai, desculpa por não ter dado valor ao esforço que teve em momentos que eu necessitei, você foi a mãe que... -lagrimas vieram aos meus olhos- amo você Mãe.


-O que você fez filha? Porque essa declaração toda? O que você aprontou?


-Eu nunca faço nada, eu sou em todos os momentos só eu, a garota que nunca faz nada. Eu tenho que ir, adeus. -Soltei-a e andei com passos longos e rápidos até o portão para tentar não demonstrar mais tamanha dor.-


-Adeus? -Gritou- Perrie, Perrie!


Corri então até não ouvir mais a sua voz. Por onde passava todos já começavam olhar com aquela cara de julgamento..."


Mais três passos e toda a dor acabaria, olhei no celular 20:09,

e aquela foto tão linda de toda a familia na tela de bloqueio me fez chorar mais um pouco, eu não imagino como vai ser, pra eles, eu sei que tem uma parte de cada um que se importa, mais eles nunca costumavam demonstrar, sinal que não é real, não posso ficar com essas fantasias na cabeça. Coloquei o celular no chão, em cima da bolsa, já estava na hora.


-É o fim! -Disse para mim mesma uma última vez.


E finalmente dei os poucos passos que faltavam para a frente.


Capítulo pequeno, mais feito com carinho!

Espero que gostem, de Gislaine ❤


Um amor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora