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Peguei no sono rapidamente, os remedios fizeram efeito em minutos, senti uma angustia bem grande, tontura e dai já não me lembro mais de nada.

"-Ela tomou remédios, encontramos remédios em seu bolso, eram anti depressivos, ela poderia morrer se não fossemos mais rápidos.
-Essa garota adora me dar trabalho.
-Isso é sério senhora, ela tomou remédios, muitos por sinal, e não era só para dormir, isso foi tentativa de suicídio.
-Ela já fez isso mais vezes, depois que o pai dela morreu ela quer minha atenção.
..."

Ouvia essas vozes num tom baixo, nem abri os olhos ainda, não tinha forças, lembro de ter caido no sono novamente depois de ouvir isso, e devem ter se passado horas, um sonho talvez, até nos sonhos a minha MÃE me julga, não tenta entender o que penso, talvez ela não se importe mesmo.

Senti algum liquido passando sobre minhas veias do braço, um liquido gelado, me virei para olhar e ainda sem mal conseguir abrir os olhos me deparei com uma agulha enfiada em meu braço e com uma moça injetando um liquido sobre o tubo.

Espero que isso seja a continuação do sonho!

Olhei para o outro lado e me deparei com a figura de Emerson, o ridículo Emerson, atrapalhando meu sonho.

-A princesa decidiu acordar! ~ouvi ele falando~ 

-Você atrapalha até meus sonhos ~disse forçando uma voz fraca~

-Como se você estivesse sonhando ~ele sorriu sinicamente, abrindo os braços para mostrar o espaço em que estávamos, era um hospital~

Então o que ouvi não tinha feito parte de um sonho, eu estava mo hospital, numa maca, com uma agulha enfiada em meu braço, eu tinha falhado de novo, a tentativa de acabar com a dor, tinha dado errado. Novamente!

-Você é louca garota, pra quê fez isso?

-Para não ter que ver essa sua cara ridícula todos os dias ~temtei falar num tom raivoso, mas a voz saiu devagar e fraca~

-Eu que cansei de ver você, até parece que você não existe, lugares de pessoas como a senhorita ou é no cemiterio ou no hospício, EU queria te matar agora, EU não queria te ver mais! ~disse ele aumentando o tom de voz, cada palavra só fazia minha cabeça latejar mais, ele não entendia, ele estava certo, eu deveria estar no cemiterio a tempos~

-Me mata logo Emerson!

-E como eu queria! ~uma lágrima solitária desceu sobre meus olhos naquele momento, não conseguia pensar em nada, só não queria estar ali naquele momento.~

Fiquei mais fraca por mais um momento e só senti meus olhos fechando novamente, contra a minha vontade dessa vez, a ultima coisa que ouvi foi "o sedativo fez efeito"

[...]

-Perrie.. Perrie... ~ouvi alguem me chamando bem baixinho, abri os olhos, desta vez eu estava menos fraca e me sentia até um pouco mais "leve" não sei o por que.

Fiquei olhando para a mulher que com certeza era uma enfermeira e ela sorriu.

-Que bom que acordou!

-Não é bom! ~respondi olhando para meu braço que já estava sem agulhas~

-É tão ruim ter que ver pessoas chegando nessa situação, vejo todos os dias pessoas chorando por mais um dia de vida e você querendo tirar a sua.

E mais uma vez, mais uma pessoa me dizendo isso, não que eu queira exatamente tirar minha vida, mas eu só gostaria de acabar com a dor que tem nela, eu não sou essas pessoas, elas talvez seriam felizes se tivessem suas vidas, eu não sou tendo a minha então infelizmente chego a isso.

Fiquei calada, qualquer coisa que respondesse ela poderia usar contra mim, contando para o psiquiatra que vai aparecer.

Por segundos ela me olhou e não me disse nada, esperançosa de que eu respondesse, mas só me virei e voltei a pensar na vida. Naquela que poderia ser de outra pessoa.

Mais se é minha tenho direito de acabar com ela!

Desculpem-me pelo capitulo bem simples, falta de criatividade.

"Falam para acreditar num mundo melhor, mas não te dão motivo pra isso!"

Bj by giih ❤

Um amor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora