E os dias continuaram a passar, confesso que despercebidos, quando me dei conta já tinha se passado uma semana, eu continuava sem sair de casa, ainda sem querer falar com ninguem, mas até que nos últimos dias vi Iolanda cobrar menos de mim, talvez ela tenha se tocado, e mesmo assim não conseguia me alegrar mais, palavras doem e ficam, eu fingia não me importar mas aquilo só matou mais um pedaço dos que sobram em mim, eu continuava triste, com pensamentos suicidas e aquela duvida do que deveria fazer daqui pra frente só me atormentava.
Eu pensava nele, e como, não conseguia evitar, não tínhamos conversado nem por mensagem, ele nem entrava mais em sua rede social, e a preocupação aumentava.
"-Eu também odeio o que eu sou, eu também odeio viver, eu também desejo mais que tudo a morte, e agora mais do que nunca."
E quando ele me disse isso não me preocupei em perguntar o porquê daquelas palavras, como sou burra!
Mas ainda posso ir saber o que houve.
Não tinha ninguém em casa, Iolanda e Emerson saíram para trabalhar e era uma oportunidade mas a dor de ter que levantar, sentir o sol na pele, perceber os olhares sobre mim me dava desgosto. Mas era ele, era dele que eu queria saber, talvez valesse a pena.
E então decidi me levantar, tomar um banho, trocar de roupa e ir. Dessa vez pela porta da frente (risos).
[...]
Bati palmas no portão, tinha gente em casa, algum rádio estava ligado, baixo mas dava para ouvir.
-Matt ~gritei com vergonha~
Logo o rosto de uma mulher, a qual ja tinha visto uma vez apareceu, fez sinal de "espera" e sumiu da janela. Em segundos apareceu
-Olá garota.
-Oi, Matt está?
-Sim
-Eu posso falar com ele?
-Ele está trancado no quarto dele ~disse num tom meio esnobe~ e só sai para comer nos últimos dias, mas se quiser tentar pode ir.
Assenti com a cabeça e entrei, seguindo a mãe de Matt que já não lembrava mais o nome; ela andava meio tropeçando, não estava totalmente sã e dava para perceber isso. Deve machucar muito Matt.
Ao entrar naquela casa, muito bonita por dentro, a primeira coisa que se via era uma estante, com algumas garrafas de bebidas alcoólicas. Me encantei com alguns quadros com fotos muito bonitas dos pais de Matt juntos, em vários lugares, só não tinha deles juntos com Matt, as únicas fotos que tinham dele era sozinho, uma com cara emburrada segurando um sorvete de morango e a outra aparentava ser dele também, um bebê, muito lindo sempre, num berço, nessa foto ele sorria e era encantador, o belo sorriso encantador dele.
Andávamos por um corredor com algumas portas, a terceira era de Matt, tinha algumas fotos de bandas de rock e de alguns personagens de animes.
-Chama ai moça ~disse ela batendo já na porta~ Abre Matt! Vamos ver se você dá sorte! ~Cochichou para mim e Sorriu torto~
-Me deixa, por favor! ~disse ele aparentando forçar a voz~ sabe que não quero falar com ninguem.
-Sou eu Matt, a Perrie. ~disse sem graça~
O silencio durou alguns segundos. A mãe dele me encarou durante eles, parecia tentar me reconhecer.
-Vou deixar você ai, ele não quer me ver. ~disse ela quebrando o silencio~
Fiquei decepcionada em achar que depois daquilo tudo ele não queresse falar comigo, tinha algo muito errado e eu sabia disso. Sentei então no chão, tentando pensar em algo que eu mesma não sabia o que era e foi ai que ele abriu a porta atrás de mim. Virei rapidamente.
-Oi Perrie ~sorriu forçado e logo veio me abraçar forte.~
Por mais que estivesse chateada, naquele abraço eu o perdoava de qualquer coisa.
O encarei em silencio, esperava ainda suas palavras.
...-Me desculpe ~disse entrando em seu quarto~ entra! ~Ele fechou a porta logo que entrei e apontou para eu sentar em sua cama~ tá... Me desculpa Perrie... Deveria ter dado noticias, não sabia o que pensar ou o que falar sabe... Passei por algumas coisas sérias por aqui e pensei...
-Ai! ~interrompi a frase dele quando apoiei minha mão sobre o colchão e senti algo me cortar. Logo olhei e vi o sangue escorrer.~ Uma lamina Matt?
E mais uma vez muito tempo para postar. Mas está ai, mais um capitulo feito com carinho. Quanta reviravolta na vida do amado Matt e tem mais coisa vindo.
Obrigado por lerem.
Bj by Giih ❤
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Um amor suicida
Romance"-Talvez a minha criança de ontem não se orgulhe ao ver o que me tornei hoje, eu era tão feliz, é tão estranho do nada, tudo ter se tornado uma escuridão, é como se eu tivesse caido num buraco que não tem chão, e é onde eu vou continuar caindo por t...