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Ao fechar a porta sentei no chão, atrás dela, sorri tão sem querer, mas acabou logo ao ver meu tio fazendo massagem em minha mãe no sofá e a beijando, eu talvez ainda tivesse amor por ela, mais estava acabando aos poucos, ela as vezes é tão ridícula.

Sabe que ele apronta com ela sempre, bebe, xinga, irrita e mesmo assim continua com ele.

Os dois se levantaram

-Olhe as horas! ~disse o meu tio cinicamente~ aonde você estava? E porque está toda molhada?

Sai e fui direto para o meu quarto sem responder, às vezes é melhor ficar quieta mesmo, talvez eu não saia de lá tão cedo.

Em minutos me peguei pensando em como estaria sendo neste momento se eu estivesse morta, 1- minha mãe estaria se divertindo ainda com meu tio enquanto não sabia, ou talvez ela faria como fez quando meu pai morreu, ficar triste só por um momento, 2- eu estaria afundando na agua, porque ninguém iria me ver ainda, 3- minhas coisas... elas estão lá ainda, eu preciso pegar.
Perdi meu momento de pensamento e sai, do mesmo jeito, molhada, toda estragada, mais ninguém liga, iriam me julgar com os olhos mesmo que eu estivesse toda bonitinha, cheirosinha.

Saindo do quarto D. Iolanda já estava vindo, talvez para me irritar

-E agora, o que vai fazer?

-Nada mãe, nada! -tentei falar até calmamente-

-Deixe ela Iolanda, é adolescente, só quer passear -disse tio, padrasto, sei lá o que é, Emerson-

Legal, ele só quer tentar ser o "fodão", quer tentar me fazer acreditar que ele é legal... mais lá vou eu novamente ao penhasco, pegar minhas coisas, talvez eu decida me jogar, dessa vez não terá ninguém, não a essa hora.
Saio e vou andando, e em poucos passos, dou de cara com Louise.

-Olha, olha ela, andando a essa hora sozinha na rua Perrie?~ disse se aproximando para zombar da minha cara ~deve estar indo dar uns beijos no Dudu né? vai tirar a roupa? Streep teeze. Ah, tinha que ser...

Flashback

Estávamos chegando na casa dele, me vinha um desejo enorme de saber no que ia dar, estar na casa do garoto mais gato do colégio depois de o ter beijado.
...
Depois de ter me colocado em seu colo, em sua cama, tirei a camiseta e ele tirou a dele e comecei a beija-lo vorazmente, mais ai ele parou e começou a dar risada do nada e me vieram mais risos e ao olhar para trás, estava Louise e sua turma com uma câmera...

-Me deixa Louise, me deixa em paz garota ~respondi~

-Você é uma ridícula mesmo!~ disse ela vindo pra cima de mim e me empurrando
~mesmo depois da vergonha que passou ainda tem cara de pau de sair na rua? E aparecer na minha frente? Mais idiota impossível~-ela ria ridicularmente~

-Sai daqui Lou, sai

-Ou o que? Vai contar pra mamãe e pro papai? Pras amigas?... Ah... Opa, você não tem amigas, sinto muito.

-Eu tenho amigas sim, você que não sabe quem são, você não me conhece, me deixa em paz! ~disse já segurando as lagrimas.~

Quando falam de amigos já me bate um aperto no peito de pensar que a única amiga que eu tinha se foi, se matou porque também não aguentou esse mundo horrível, eu sinto falta, muita falta.

-Como eu pude me esquecer, as suas amigas são aqueles negocios que você usa nos braços pra chamar a atenção né? Sinto muito em te informar mas você é mais idiota ainda ~nesse momento ela me deu um empurrão que cai no chão, e saiu.~

Ela tocou num ponto desnecessário, se referir a laminas, eu nunca fiz pra chamar a atenção, acho que não serve pra isso, eu sempre usei pra me livrar da dor. Continuei no chão, já não conseguia conter as lagrimas, por que sempre isso? Sempre assim? Porque as pessoas me odeiam sem motivo? Eu não entendo!

Resolvi levantar, se criou um ódio tão grande em meu coração agora, e decidi ir a praia, dessa vez com certeza do que ia fazer:
Acabar com tudo.

espero que estejam gostando, kiss by Gislaine.

Um amor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora