10

446 43 12
                                    

Sim, tinha uma coisa na minha cabeça incomodando, eu queria pensar em procurar o Matt, mais eu não queria procurar ele, é um pouco estranho, mais fui andando, sem rumo.

Parecia que estava fazendo até caminhada de tanto que andei, passei pela porta da casa de Avril e decidi chamar pra ver se tinha alguém.

-Toc,toc,toc,toc

-Calma, não precisa de tantas batidas! ~Disse o irmão de Avril me atendendo~ O que foi?

-Não posso mais vir aqui?

-Não, com esses cortes no braço ~percebi que não estava com uma blusa de frio~ mamãe vai ver e vai começar a chorar, porque vai lembrar da Avril, e vai dar um caos todo, então é melhor não.

-Sério isso? ~perguntei já sabendo da resposta, ele me olhou confirmando~
Não consegui conter as lagrimas, até da casa da minha melhor amiga fui expulsa, eu sei que poderia mesmo fazer mal a mãe dela mas...

-Ok, tchau ~disse já chorando, tentando segurar mais algumas lagrimas.

Voltei a andar, agora vou voltar diretamente pra casa, preciso chorar. Ao andar vi dois casais andando na rua, um casal de pessoas mais velhas, e um casal jovem como eu, olhei e acho que eles eram os pais e um dos mais jovens era o filho, eles conversavam, aparentavam se dar tão bem, cada casal estava de mão dada, eles riam, conversavam, tentei me pôr no lugar deles, ah, eu não tenho pai, eu nunca teria um namorado porque minha mãe diz que não quer me ver com ninguém, nós não estaríamos rindo e nem conversando, mas estaríamos brigando ou implicando. Tem um fundo de graça nisso mais é horrível, eu queria ter uma vida boa como eu vejo que todas essas pessoas tem, eu queria, eu queria ser feliz, não precisar forçar um sorriso quando na verdade quero chorar, mais eu não tenho ajuda, eu não quero ajuda, eu vou morrer dessa forma.

Chegando em casa, meu padrasto nem mais lá estava, fui para meu quarto, as lagrimas já tinham se segurado, mais quando sentei na cama e olhei para cima, elas vieram, e com toda força, tive um ataque, coloquei o travesseiro na boca e comecei a gritar, socar ele na cama. Eu odeio tudo isso, odeio. Fui parar no chão de tanto pular com a cabeça na cama, sentei no chão, peguei o braço com os cortes e comecei a arranhá-los com toda força, com raiva, ódio, tristeza, e isso tudo ainda gritando, nem me veio mais pensamentos tristes e sim, que estava aliviando gritar assim, já estava perto da parede, comecei a socar também, o primeiro soco até doeu, o segundo também, mais eu nem ligava, eu só queria descontar.

Depois dessa crise, de socar tudo, gritar, me machucar, me bater e bater nas coisas me acalmei. Essas crises vinham de vez em quando e me aliviava muito mesmo, e as vezes era bem melhor do que fazer cortes nos braços.

Sentei de novo na cama, meu quarto virou uma zona, mais eu nem liguei, ele estava como minha cabeça, tudo revirado.

Ouvi uma batida na porta

-Não quero falar com ninguém!~gritei~

-Você nem sabe quem é

Era uma voz familiar,mais difícil de decifrar.

-E quem é?

-É o Matt

Que crise essa da Perrie. Quero saber o que estão achando. Já tiveram um ataque como esse?. O que acham que vai vir daqui pra frente?

By: Giih

Um amor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora