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Depois de trocar de roupa, decidi sair do quarto, tentar comer alguma coisa que não fosse feita por Iolanda, a noite inteira fiquei pensando, eu criei um nojo dela, é inexplicável, por mim nunca mais a olhava nos olhos.

Procurei por um pão e o comi, depois ouvi a maçaneta da porta da cozinha se mexer, peguei um copo de agua e corri pro meu quarto.

Por um momento me olhei no espelho, dava um desgosto enorme olhar e ver uma garota, acabada, machucada, com olhos fundos, eu naquele momento me parecia com um zumbi, eu não gosto de me olhar no espelho por isso, me sinto tão feia, gorda, acabada, prefiro evitar, e nesse momento não consegui conter as lagrimas, eu me sinto um lixo, sou tão inútil, tão ridícula, feia, soquei a parede de raiva.

-Calma ~me disse uma voz na janela, parecia ser de Matt

-Matt ~ver sua silhueta, seus olhos, Seu sorriso encantador novamente me acalmou, e como. A presença dele me fazia mais do que bem.

-Oi? ~falou ele com um olhar duvidoso e com vergonha por eu o estar olhando profundamente em seus olhos.

Sem perceber, fiquei por encarar ele e sentir alguma coisa, era estranho, nāo sentia isso a tempos e nao sabia o que era exatamente, é como se meu coração estivesse me avisando que ele era a pessoa que eu precisava.

-Me desculpe ~falei com vergonha, voltando ao mundo, a minha realidade, ao mundo que eu não conseguia enxergar como lindo, do jeito que falavam.~ entre, pela janela, Iolanda e Emerson chegaram.

-hm, ok... ~disse entrando.

E pelo menos ele veio, não me enganou, não me deixou sozinha mais uma vez, nem imaginava o que ia conversar com ele, eu talvez não queresse conversar, estou confusa, eu só queria chorar e chorar.

-Oi ~disse tentando forçar uma alegria que não queria vir no momento, disse com os olhos quase com lagrimas.~

-O que é isso no seu rosto? E pelo seu corpo? ~disse me olhando de cima a baixo, já nem segurei, lagrimas caiam com toda a força, e só raiva permanecia, raiva de estar ali, daquele jeito, raiva de tudo e todos, naquele momento senti raiva até de Matt ~meu Deus, o que fizeram com você princesa?

E nesse momento ele veio e me abraçou, na intenção de me confortar, mas pela primeira vez, o abraço dele não me confortou, não aliviou as dores, foi só um abraço normal. Não sei se tinha alguma coisa de errado comigo, ou com ele, não sei, minha mente estava uma bagunça enorme e eu só queria chorar, talvez aquilo fosse o meu conforto, chorar e me cortar, mais nada, mais ninguem.

Depois de um tempo abraçada com ele, as lagrimas pararam de cair e não pensei em mais nada, só fiquei nos braços dele olhando para o nada.

-Você não me falou nada até agora! ~disse ele me tirando de um transe~

Eu não queria falar, mais sabia que precisava.

-Estou bem

-Não está, o que aconteceu? O que fizeram?

-Porque me deixou sozinha naquele dia? Não gostou da minha presença? ~perguntei tentando mudar de assunto, aquilo era mais uma coisa que me perturbava. Sentei em minha cama, e ele se encostou na parede, próximo à janela~

-Não.. Nã... Sua presença é muito boa, me faz bem ~sorri pra ele~ aquela é a minha mãe ~seus olhos encheram de lágrimas, vi ele apertando-os para que elas não saíssem~ quando ela aparece daquele jeito eu esqueço do mundo, me desculpa ~e ele colocou as mãos sobre os olhos e começou a chorar, senti junto com ele aquela dor.

Resolvi perguntar mais, e ele me contou, chorou e eu junto com ele.

A mulher era realmente alcoólatra, Matt me contou que quando encontrei ele chorando aquele dia no penhasco era por causa dela, ela não só bebia para ficar gritando o nome dele mas sim, para também bater, ela o culpa de alguma coisa que ele admitiu não saber o que é, Matt realmente se abriu comigo, nunca o imaginei daquela forma, um garoto sensível, que também sofria, sua mãe bebia e batia nele, seu pai o negava como filho, só comprava comida e nem ficar em casa ele ficava. Acabou que deixei ele desabafar comigo, contar o que precisava e eu esqueci o que estava sentindo por um momento, só o ouvia.

-Obrigado por me ouvir Perrie ~disse-me ele, olhando nos meus olhos e passando a mão sobre meu rosto, estávamos proximos, tínhamos acabado de sair de mais um abraço longo, suas lagrimas tinham secado e seu olhar para mim parecia ser diferente, é como se talvez tivesse aliviado. (Apesar que eu acho que "alívio" não se demonstra nos olhos) ou outra coisa, tinha um sentimento naquele olhar.

Tive uma certeza imensa de que que naquele momento Matt iria me beijar, meu coração acelerou, a muito tempo depois daquele ocorrido com Eduardo não tinha conseguido me envolver com ninguém, e prometi, mas naquele momento senti uma coisa, senti que estava me apaixonando por Matt.

Aêêêêê, um capitulo longo para vocês e bem resumido (para vocês imaginarem o que eles conversaram) ela está se apaixonando por ele, é, uma hora tinha que acontecer, e o amor de uma suicida começa a surgir...

Quero comentários.

O que vocês esperam da história agora? Claro que eu quero opiniões!
Espero que estejam gostando! Obrigado por lerem e BJ by Giih

Um amor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora