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Até que ele foi simpático comigo, não era todo mundo, acho que ainda tem umas pessoas boas na Terra pra salvar.

Eu queria e não queria chamar, dava um pouco de vergonha. Mais eu queria muito saber como ele estava, queria saber dele o que estava acontecendo. E então chamei:

-Matt

Logo de primeira ele olhou pela janela, e fez um sinal de "espera" com a mão.

-Oi ~disse ele vindo~

-Oi né

Ele abriu o portão e me deu um beijo na bochecha.

-Como descobriu onde eu moro?

-Ué, me falaram!

Ele sorriu pra mim, um sorriso parecido com o que ele me deu quando nos conhecemos, mas aparentava ser um sorriso forçado, talvez a minha presença não fosse tão legal.

-Entendi.

Ficamos em silencio nos encarando por uns 10 segundos.

-Cara, tu não vai falar o que acontece? Você sumiu por quase quatro dias.

-Aaaah ~acho que ele ficou sem graça, devia não querer falar sobre o assunto~ eu estava com uns problemas aqui, ai não deu pra ir falar contigo.

-Mais e o telefone que você desligou na minha cara?

-Desculpa.

-É serio isso?

-MAAAAATT ~uma voz que surgiu atrás de mim gritando.

Até me assustei na hora, mais ao virar vi uma mulher, ela olhou pra mim com um olhar que parecia ser duvidoso, mas não falou nada, só passou na minha frente.

-Oi Mãe ~respondeu ele aparentando não estar nada contente. ~

A mãe dele era até uma mulher bonita, cabelos castanhos e olhos pretos, alta, ela não parecia nem um pouco com o Matt, mais ambos eram bonitos.
Ela estava embriagada, era difícil não perceber, o bafo, a postura. Doeu só de ver, não deve ser uma tarefa fácil cuidar ou conviver com pessoas assim. Do mesmo jeito que não deve ser fácil viver em um ambiente onde as pessoas são mal humoradas, como na minha casa, eu acabo por ficar de mal humor, mais isso porque não tenho ninguém, não tinha, não sei, pra conversar, minha mãe trabalha em alguns dias, meu padrasto fica mais fora do que em casa, e então eu fico sozinha, principalmente de férias, e acaba que quando vejo alguem me Isolo, fico triste por isso.

Mas talvez a minha vida não seja a pior.

-O o oi... ga ro tinha ~disse a mãe de Matt interrompendo meus pensamentos por um momento.~
-Vamos... ~disse Matt puxando pelo braço dela, que pareceu não gostar nada~

-e qu em é essa menininnha? ~perguntou ela~

-Vamos Mãe! ~respondeu Matt, sendo totalmente ignorante, é claro, talvez ele nunca tenha falado de mim pra ela, talvez ele não goste de mim e nem sinta falta da minha presença.

-Eu sou Per... ~quando ia terminar de me apresentar Matt olhou pra mim e puxou sua Mãe.

Ela se debateu por um momento pra tentar se soltar mais estava fraca, aparentava ter ficado, não consigo não sentir dó. E então Matt foi levando ela para dentro, e a pior parte é que ele nem se quer pediu pra eu entrar ou falou que depois falava comigo, simplesmente entrou.

Fiquei uns minutos ainda esperando mais nada... Talvez a minha presença não seja realmente boa nessas horas, vou fingir que não me importo.

Sai andando calmamente, pensando, comparando minha vida, com as coisas que sabia que a dele tinha. Mas ele tinha um pai, a mãe dele é alcoólatra, pelo menos ela não deve irritar ele, mais ela bebe...é difícil comparar.

Ao chegar no portão de casa minha mãe estava acho que me esperando, com uma expressão nada legal, eu nem tinha percebido, mas deve ter se passado mais de uma hora, já vi que talvez o meu dia não termine legal, pela milésima vez.

Mais um capitulo 🎀

Bj by Giih ❤

Um amor suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora