Logo o puxei pelo braço e subi a manga de seu casaco e tinham, dois pequenos cortes mas tinham. Aquilo partiu meu coração por completo, fiquei sem reação, passei a mão sobre os cortes e olhei pra ele já perguntando o porquê.
-Porque Matt? Não acredito, você também! Porque as pessoas ao meu redor chegam nesse ponto? Porque as que eu mais amo? ~Disse dando as costas e indo em direção á porta.~
-Eu precis...
-ISSO NÃO RESOLVE O PROBLEMA EM SI ~disse aumentando o tom de voz~ me conte, por mais que isso esteja doendo em mim, ver isso no seu pulso, eu não me perdoaria se não tentasse ajudar, me diga o porque disso?
Ele me olhou desconfiado parecendo estar sem vontade de contar mas logo em seguida foi e trancou a porta atrás de mim.
-Eu sou um objeto que compraram na loja quando o outro se quebrou. ~disse sentindo-se no chão ~
Logo de primeira entendi o que quis dizer, na hora já me deu um frio na barriga, o que me adiantava que aquilo me dava me dava medo e eu só tinha a certeza que me sacrificaria pra ver ele bem.
-Explique ~respirei fundo e disse sentando-me ao seu lado~
-Eu sou um garoto adotado, e me contaram da pior forma possível. E antes que se pergunte se fiz esse risco por causa disso, não foi. É uma grande felicidade para uma pessoa sozinha no mundo, que seria eu, ganhar uma familia, mas acima de tudo, uma família que estivesse disposta a amar e a cuidar, e não em descontar a raiva do fato de não terem o filho biológico porque ele morreu. ~Dali Matt já não conseguia segurar as suas lágrimas. Logo sequei-as e o olhei~ Eu quando pequeno fui uma criança feliz, me considerava até pouco tempo ainda, porque mesmo com tantas coisas eu ainda fui escolhido por uma família e isso foi algo bom. Mas ontem tudo se explicou, o porque de nos últimos anos principalmente minha "mãe" me tratar mais mal que o normal, é como se desse pra ver o desgosto e arrependimento que ela tem em cuidar de mim até hoje. Mas aí vem mais uma questão que é ela ter me contado isso só agora e me machucado muito com suas palavras duras. ~secou mais lágrimas que ainda estavam se derramando~ eu não sei o que fazer, não entendo mais nem meus pensamentos que estão piores nas últimas horas... O meu desejo a muito tempo era e agora mais do que nunca é sumir, porque entendo o verdadeiro por que de não ser bem-vindo nunca, de ser maltratado, de ser insultado, de ser odiado por quem mais deveria me amar, porque talvez não tenha nascido para ser feliz e principalmente porque nunca substitui e nem substituirei o filho dela que morreu antes mesmo de nascer. ~logo que terminou me olhou esperançoso~
Ali então lágrimas caíram também sobre meu rosto, por ouvir suas palavras, e sentir a dor que saía junto com cada uma. E foi naquele momento junto com tantas lágrimas que me veio um pequeno filme de todos os momentos em que não reparei sua tristeza, talvez sua alegria forçada.
E junto com esse filme com ele envolvido me veio outro resumindo minha vida, eu me via chorando várias vezes, eu me via sem meu pai pela primeira vez, sem Avril, eu me via apanhando e ouvindo xingamentos; e então enxerguei que não tinha motivos pra continuar aqui também a felicidade não existe, são só pequenos momentos que te alegram e que te deixam feliz por algum tempo, pouco. Tenho certeza disso porque me senti feliz ao lado desse garoto, e então longe dele tudo sumiu e já que disse que me sacrificaria pra ver o bem dele decidi.
-O que quer fazer mesmo? ~Disse sabendo já a resposta~
-Só sumir, morrer, ir pra um lugar longe de tudo ~me respondeu olhando novamente em meus olhos, como imaginei.~
-Irei com você Matt! ~respondi novamente com um sorriso forçado~
Olá leitores e leitoras, mais um capítulo entregue. Quero aproveitar aqui para lhes agradecer pelos 3k de visualizações, chegando aos 4k, me sinto muito alegre em saber que tem muitas pessoas lendo e talvez gostando da minha historia (espero que continuem claro) enfim, estamos quase chegando ao fim dessa ficção e gostaria ainda de opiniões. (Criticas e elogios também são bem vindos)
Bj by Giih ❤
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Um amor suicida
Romance"-Talvez a minha criança de ontem não se orgulhe ao ver o que me tornei hoje, eu era tão feliz, é tão estranho do nada, tudo ter se tornado uma escuridão, é como se eu tivesse caido num buraco que não tem chão, e é onde eu vou continuar caindo por t...