Nem sei contar depois de tudo isso começar, quantas vezes me encontrei pensando em morte, tentando me matar, mas as vezes até eu duvido de mim, se eu quero tanto me matar, por que não enfiei uma faca na minha barriga ainda? Porque não arranjei uma arma e atirei em mim? Porque não tive coragem de me jogar de um predio? E por que a unica vez que poderia dar certo eu falhei? não consigo me entender!
Cá estou eu aqui, sem ninguem, graças, o Emerson depois de falar tantas coisas saiu, e minha mãe deve vir logo.
Doeram aquelas palavras "parece que você não existe!" "eu queria te matar" machucou, cada uma serviu como um soco, talvez eu já esteja acostumada mas tem horas que doem bem mais que as outras, e ele só falou a verdade, eu mal existo, tô aqui na Terra como mais uma pessoa somente, só existo e nem isso.
Lágrimas novamente escorreram pelos meus olhos, estar ali doía tanto, eu queria tanto ser outra pessoa, nem isso, só não queria estar nesse planeta, sendo isso.
[...]
E do nada minha mãe entrou com uma, que parecia ser medica no quarto, sequei as lagrimas rapidamente, já não estava com agulhas no braço.
-Oi Perrie ~disse Iolanda com voz de tédio, como se estivesse sendo obrigada a estar ali~
-Olá garota Perrie, você já está de alta! ~disse a médica que estava um pouco mais alegre que minha mãe ~
-É Perrie vamos ~respondeu minha mãe entregando as roupas~
Levantei e fui para o banheiro, estava me sentindo bem fraca mas deu pra ir andando.
Só ouvi a Dra. falando pra minha mãe que eu tinha consulta com o psiquiatra, talvez eles queiram tentar domar minha mente, mas não quero ir, nunca mais.
Coloquei a roupa que me trouxeram e saí, estava parecendo um zumbi, mas nem me importava, a auto estima já estava no chão a tempos.
[...]
Saimos do hospital em alguns minutos, e já na porta me deparei com Emerson, queria nem ouvir mais nada, mas sabia que eles iam falar, naquele momento eu gostaria de chorar, meus olhos encheram a eu apertei pra não derramar nenhuma lágrima.
-Talvez eu morra primeiro que você Perrie, não consigo nem te dizer uma palavra, a cada dia só me decepciono mais com você, você só me traz desgosto, é cortar os braços, é tentar se matar, quer saber? Você não deveria ter nascido... Se eu soubesse que ia ser assim, dá um desgosto tão grande.. ~ela dizia enquanto saíamos do estacionamento.~
Cada palavra um soco, eu só procurava não pensar, fingir que não estava ouvindo, segurei as lagrimas com muita força e continuei ali, olhando as ruas, as pessoas que passavam.
Por um momento lembrei de Matt, engraçado, estava tão bem por conversar com ele, e simplesmente cheguei a esse ponto novamente. Eu gosto dele ainda, só que não por completo, mais a minha decisão é tentar não me apegar, para que, se ele for dos que sofrem por perdas, para que ele não sofra muito quando eu morrer, o sofrimento deve ser só meu e não dos outros.
E continuei pensando, em nada interessante, só em coisas tristes, enquanto Iolanda não parava de falar o tamanho da raiva que ela estava.
Ao chegarmos na rua de casa, vi Matt passando, ele voltava da calçada da minha casa, eu tinha certeza que era ele, mas não ia gritar, talvez ele nem estivesse atrás de mim, meu coração apertou, um abraço daquele garoto poderia me ajudar naquele momento, mas é melhor não.
-... Agora eu só não te dou uma surra por que não quero que você conte para o psiquiatra, se safou dessa vez garota!
Eu não ia a psiquiatra algum, eu vou ficar em casa, no meu quarto, no meu mundo e mais nada, preferi não responder, minha cabeça parecia que ia explodir, então só entrei e fui pro meu quarto, tranquei a porta e soltei as lágrimas.
[...]
Agarrada ao travesseiro, lá estava eu, até um pouco aliviada, lagrimas e gotas de sangue aliviavam tudo aos poucos, e eu só estava relaxada por um momento.
E chegou uma mensagem no meu celular, não estava com vontade nem de mexer mas peguei ele.
Era de Matt:De: Matt 14/01 às 16:06
Fui ai hoje, não tinha ninguém!
Queria um abraço
É meu aniversário!Mais um capitulo entregue, espero que tenham gostado, comentem o que estão achando!
Bj by giih ❤
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Um amor suicida
Romance"-Talvez a minha criança de ontem não se orgulhe ao ver o que me tornei hoje, eu era tão feliz, é tão estranho do nada, tudo ter se tornado uma escuridão, é como se eu tivesse caido num buraco que não tem chão, e é onde eu vou continuar caindo por t...