Estranha Perfeição - NaruHina (CAPÍTULOS EM REVISÃO)

Capítulo III

Naruto

Porque fui tão grosso assim com a Hinata?
Eu estava agindo como um idiota com ela, e nem o porquê disso eu sabia dizer.

Olhei de canto de olho para ela, que estava um pouco à minha frente. Ela realmente estava diferente, nem ao menos ligou para o jeito que há tratei mais cedo, e aquilo estava me incomodando bastante.

Mais por que eu estava me sentindo tão culpado? Por que eu estava me sentindo tão preocupado assim com ela?

Hinata é uma garota muito forte, não tem o porquê eu ficar tão preocupado assim com o que ela faz ou deixa de fazer.
Está decidido, eu não irei mais me preocupar com isso. Se ela precisar de qualquer coisa, ela que me peça e pronto.
É isso aí Naruto, decidido!

- Hinata? - A chamo, mas ela não me olha e nem me responde. - Olha, eu não vou pedir desculpas pelo jeito que falei com você mais cedo. - Ela dá de ombros, ela estava fazendo muito isso ultimamente. - Você disse que virou uma mulher, que aquela Hinata que eu tanto adorava ficou no passado. Então não tem por que eu ficar sendo gentil com antes com você, vou te tratar da mesma forma que trato as outras garotas!
- E porque você era gentil com a antiga Hinata? - Ela finalmente fala.
- Porque eu gostava dela e gostava de saber que ela gostava de mim. - Ela para com os olhos arregalados para mim e eu desvio o meu, voltando a minha atenção para o caminho a frente.

Eu gostava sim da antiga Hinata.
Houve um dia, - quando ainda éramos criança - que cheguei a pensar em tê-la como esposa.
Criei muitas histórias na minha cabeça onde nós dois estávamos juntos com dois filhos e toda essa bobagem, sim, eu até imaginei como seria os nossos filhos e como eu não teria tanto tempo para estar com eles, porque estaria muito ocupado com as minhas obrigações como Hokage.
Eu estava completamente enganado em relação a isso, acho que meus sentimentos também não eram reais já que hoje eu não sinto mais nada disso por ela. Eu tenho total certeza de que amo a Sakura, e não outra pessoa.

- Naruto? - Ouço Hinata me chamar, e mando meus pensamentos para qualquer outro lugar que não fosse dentro da minha cabeça. - Por quê?
- Por que o quê? - Pergunto confuso a olhando.
- Porque você não quer aceitar essa nova Hinata?
- Porque... - Essa era uma ótima pergunta. Por que eu não queria aceita-la? - Deve ser porque você está forçando tudo isso, e essa não é você de verdade. – Falei a primeira coisa que me venho a cabeça, eu realmente não sabia o porquê.
- Como assim?
- Você não é essa Hinata, todos nós sabemos disso! - Volto a olhar para frente e respiro fundo. Eu não conseguia ficar por muito tempo olhando para ela.
- Eu pensei que mudar fosse a melhor a se fazer.
- Se você acha que isso é o melhor para você, tudo bem. - Sorrir sem olhar para ela. - Mas se não for por você mesma, não vale a pena.
- Eu só queria que você... – Volto a olha-la esperando a continuação de sua frase.
- Queria que eu?
- Não é nada, esquece. - Ela sorrir sem graça.
- Está tudo bem, mas só vou te falar uma coisa. - Volto a olhar para frente, com a intenção de não voltar a olhá-la tão cedo. - Eu sou o tipo de garoto que não vale apena!
- Como assim?
- Olha para mim Hinata, eu sou confuso, desligado, idiota, um garoto que tem um sonho desde criança e conforme os anos se passam parece que nunca se realizará. Eu sou o tipo de pessoa que não vale apena.
- Eu não acho isso, na verdade, eu te acho uma pessoa perfeito. - Meu coração acelerou ao ouvir aquelas palavras vindo dela, e minha barriga se encheu de borboletas de uma hora para a outra. Que sensação era aquela?
- E eu acho você uma garota bem estranha! - Ela rir. - Não estranha de aparência, porque você é muito bonita. Mas estranha em...
- Você me acha bonita? - Ela me interrompe e percebo que falei mais do que devia.
- Eu acho, quem não acharia? - Digo sem graça.
- O-obrigada! - Gagueja.
- Não à de que. - Olho para o céu e vejo que faltava poucas horas para anoitecer. - Acho melhor pararmos para montar as barracas, logo irá escurecer.
- Claro!

Paramos embaixo de uma árvore enorme, eu mesmo à escolhi, sentia que devíamos nos proteger durante a noite.
Eu havia prometido que não iria mais ligar para ela, afinal, ela é muito forte e consegue se proteger de tudo e mais um pouco. Mas essa é o tipo de promessa que eu nunca conseguirei cumprir, porque eu sei que devo protegê-la, mesmo que não haja nenhum perigo, pois eu me sentia na obrigação de fazer isso, e nem o porquê desse sentimento eu sabia explicar.

- Naruto? - Olho para ela que estava um pouco sem jeito. - Só tem uma barraca, você colocou a sua em outro lugar?
- Não, era para estar na minha bolsa. - Ando até minha bolsa que estava perto da árvore. - Onde ela foi parar? Eu tenho certeza de que estava aqui. - Voltei a olhar para Hinata que parecia estar bem preocupada. - Acho que esqueci, mas eu tinha certeza de que....
- Você pode ficar na minha, se quiser é claro...
- Está tudo bem, eu fico aqui fora vigiando.
- Tem certeza? - Afirmo com a cabeça. - É que parece que vai chover e...
- Quer que eu fique na barraca com você, Hinata? - Pergunto provocando-a.
- Não, - Ela arregala os olhos. - Eu só estou preocupada.
- Não fique, eu vou ficar bem. - Ela dá de ombros e caminha para a barraca que já estava montada.
- Até amanhã, Naruto-Kun!
- Até amanhã, Hinata-Chan!

Ela entrou na barraca e eu me sentei ao lado da mesma, olhando para o céu estrelado e esperando que nenhum pensamento bizarro se acomodasse na minha mente, talvez sem pensar muito eu conseguisse dormir um pouco.

Konohamaru

- Ei Konohamaru? - Shikamaru me chama quando termina de montar sua barraca.
- O que foi? – Olho para ele curioso, porque ele não vai simplesmente dormir?
- Por que tem uma barraca à mais na sua bolsa? - Coloco as mãos atrás da cabeça, eu estava completamente sem jeito.
- É a barraca do Naruto! – Falei mordendo o lábio para segurar a risada
- Por quê? – Ele ergueu uma sobrancelha confuso.
- Eu só queria ajudar ele com a Hinata!
- E por que pegou a barraca dele? – Sério que ele ainda não tinha entendido? Quando me falaram que Shikamaru era lento, eu não imaginei que era tanto assim.
- Foi a Sakura que me pediu! - Dei de ombros. - Só não queria apanhar dela, então fiz o que ela mandou.
- Não sei o que vocês estão pensando sobre aqueles dois, mas isso vai dar muito errado. – Ele avisou. – Espero que ninguém se magoe no final dessa brincadeira de você. Estão mexendo com o sentimento de duas pessoas, pensem nisso antes de fazer qualquer bobagem.
- Porque você está falando assim comigo, se acontecer qualquer coisa a culpa é toda da Sakura, não minha. – Me virei e entrei na minha barraca para descansar.

Eu não tinha culpa de nada, com disse a ele, eu só não queria apanhar hoje para ela. Só fiz o que me mandaram, apenas isso... não venham me culpar de nada.