2| Nervosismo

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Cheguei no aeroporto 3 horas antes do vôo. Vai que a fila de despacho de bagagem está grande né? Ou adiantam o vôo, sei lá... Meu pai sempre recomendou chegar 3 horas antes, até porque, você pode pegar trânsito até o aeroporto.

Fiquei aguardando no portão 7 até que começasse o embarque e, enquanto isso, imaginando possíveis diálogos com o BTS e repassando a entrevista na minha cabeça.

Durante o vôo, ouvi algumas músicas deles e assisti um filme, até pararmos na conexão. No segundo trecho da viagem, depois de trocar de avião, acabei dormindo para tentar igualar o fuso horário e estar bem disposta para vê-los.

Essa era a viagem mais longa que eu já havia feito e estava completamente sozinha. Além de não saber coreano, só algumas palavras.

Um dos câmeras da empresa na qual trabalhava iria comigo, mas devido aos imprevistos e a decisão de última hora, ninguém pôde me acompanhar, então, como eu sabia mexer com câmeras e alguns instrumentos de vídeos, por causa dos vídeos que tentei fazer para o YouTube, aceitei ir sozinha com minha câmera, tripé e microfone. Não eram os melhores produtos, mas eram de ótima qualidade e não muito grandes, então estavam perfeitos.

Já estava tudo planejado: passaria alguns dias acompanhando a vida do BTS e gravaria uma entrevista não muito longa. Quando chegasse lá, por não saber coreano, seria recebida por alguém da BigHit, com um tradutor, daqueles de colocar no ouvido, assim eu não passaria tanto vexame. Acho que o BTS também teria... Não me lembro.

Ai que nervoso!

E eu só falaria inglês a viagem inteira. Ninguém é obrigado a saber português. Então não sou obrigada a saber coreano, certo? Certo.

Mas tá tudo bem, eu sou fluente, RM também. Tudo ótimo!

Chegando no aeroporto, tudo ocorreu como planejado: encontrei um manager e recebi um aparelho tradutor. Então, fui levada ao local em que o BTS vivia atualmente.

O prédio era alto, porém era como um edifício empresarial qualquer. Nada deixava aparente que um grupo famoso de k-pop viveria ali.

O manager que havia me levado até lá alertou: "sem surtar", mas não com essas palavras, claro. Para ele eu era uma jornalista séria que talvez conhecesse o grupo.

No saguão, foi feito um registro meu, assim eu não seria barrada cada vez que fosse entrar ou sair do prédio.

Pegamos o elevador e fomos até o 7° andar, onde, finalmente, pude ver pela primeira vez, pessoalmente, BTS.

RUN ♡ myg [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora