13| Estrada

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Continuamos os ensaios após o almoço e, mais tarde, naquele dia, comecei a arrumar minhas coisas.

Coloquei tudo na mala e dei uma volta pelo quarto, checando se não havia esquecido nada.

O que eu estou fazendo? Isso parece tão errado, mas tão certo...

Sentei-me na cama e liguei o laptop. Havia uma coisa que precisava fazer antes de partir.

Entrei em meu e-mail e comecei uma nova mensagem. Anexei todos aqueles textos, fotos e vídeos que vinha fazendo durante a viagem, todo aquele trabalho que já estava pronto.

Enviei.

Se eu perder meu emprego, pelo menos o dinheiro para a viagem não foi gasto em vão. Afinal, para quê deixar meu chefe e a revista na mão?

Desliguei o laptop e o coloquei na mala. Agora era só esperar por amanhã.

Peguei meu celular e enviei uma mensagem a uma amiga.

"Estou prestes a fazer uma loucura. Não me pergunte o que, mas estou ansiosa."

Isso me tranquilizou um pouco, mas não queria contar a ninguém. Não sei se deveria... Claro que não, estava pensando o quê?

Mesmo ainda sendo cedo, me deitei e esperei pelo sono. Não muito tempo depois, dormi.

Acordei pouco antes das 4h, com o despertador tocando.

Me levantei e fui me arrumar. Supostamente, era para eu estar cansada, mas, além de ter dormido poucas horas, o que me faz ficar com energia logo que acordo, estava muito nervosa, por vários motivos.

O que mais me intrigava era como sairíamos dali sem ninguém saber. Yoongi disse que tinha um plano e eu confiava nele. Não deveria. Não deveria nem ter cogitado a ideia de fugir, mas o que eu podia fazer? Ele faz eu me sentir tão bem... É inexplicável.

Depois de me arrumar, peguei minha mala e saí do quarto, silenciosamente.

No elevador, olhei as horas: 4h27 A.M..

Eu disse que era pontual.

Chegando no salão do prédio, saí do elevador e vi que Yoongi me aguardava, conversando com um segurança.

Ele me olhou com um sorriso no rosto. Fui até ele, levando minha mala de viagem.

– Eu te disse que eu era pontual. – falei sorrindo e ele riu.

– Bom, é melhor nós irmos. Muito obrigado! – se dirigiu ao segurança e o cumprimentou, como bons amigos fazem.

– Não tem de quê! Tenham uma boa viagem!

Acabamos falando falando "obrigado" ao mesmo tempo, mas relevamos. Ele puxou minha mala e nos conduziu até uma espécie de caminhonete (muito boa e cara, por sinal) que estava estacionada na porta do edifício.

Ele colocou minha mala na capota aberta do veículo, em que pude ver que havia outra mala: a dele. Me perguntava para onde iríamos...

Ele abriu a porta do carona para que eu entrasse e, então, se dirigiu para o outro lado e entrou no carro.

Ele deu a partida no motor, me olhou com um sorrido sincero e deu-me um selinho. Então, engatou a marcha e acelerou.

Ele precisa parar de fazer isso ou vou acabar enlouquecendo. Afinal, nós não éramos namorados, certo?

RUN ♡ myg [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora