Passa-se uma semana e Henrique está completamente curado. Ele volta aos afazeres da fazenda juntamente com Alana.
Alana está comandando a fazenda melhor até que o pai. Eles cavalgam pela plantação e Henrique nota que em pouco tempo, o espaço que ele reservou para fazer o novo plantio já está todo arado, plantado e irrigado.
Ao voltarem para a fazenda, Alana, o pai e Henrique trancam-se no escritório para conversarem sobre o andamento da fazenda.
— Meu pai, fiquei impressionado com o desenvolvimento da fazenda no comando da Alana - Diz Henrique.
— Ela não fez isso sozinha, Luís apesar de ser praticamente um padre, colaborou muito para isso.
— Não, meu pai, Alana é muito melhor administradora do que o senhor imagina. Luís não entende nada da fazenda.
— Vosmecês esquecem que estou aqui? - Pergunta Alana.
A conversa à porta fechada, transcorre até que tranquilamente. O coronel não dá o braço a torcer, mas Alana realmente é uma excelente administradora. Sua criação e seu jeito, não o deixa reconhecer o quanto está orgulhoso de sua filha.
Alana retira-se do escritório, deixando o pai e Henrique conversando. Anastácia sai do quarto de Alana com uma toalha que acaba de bordar e vai em busca de Alana para mostrar-lhe o seu trabalho. Alana fica feliz ao ver o trabalho de Anastácia e comenta:
— Anastácia, isso está primoroso. Vosmecê tem mãos de anjo para bordar.
— Obrigada, mas vosmecê não parece muito contente, houve algo?
— Acreditas que com todos os esforços que fiz, para manter a fazenda funcionando enquanto Henrique estava doente, meu pai não reconheceu?
— Já era de se esperar tal reação de vosso pai. Ele não tem olhos para ver a beleza da vida e as coisas corretas, é cego pelo ódio que possui em seu peito.
— Infelizmente, isso é verdade.
— E como vai o vosso noivado? - Pergunta Anastácia tentando animar Alana e funciona já que Alana abre um sorriso em seu rosto ao lembrar de Paulo.
— Como estamos na fazenda, ele só veio ter comigo duas vezes essa última semana.
— Creio que não seja por vontade, mas por estarmos na fazenda, é uma viagem cansativa até aqui.
— Vosmecê está certa, Anastácia.
⁕⁕⁕
Mais uma semana se passa, até que o coronel resolve dar um aviso durante o jantar da família Cordeiro de Sá.
— Como está tudo voltando aos eixos, resolvemos dar um jantar de noivado.
— Quem resolveu? - Pergunta Henrique.
— Eu e o delegado Domingos.
— Mas o noivado já foi anunciado - Diz Luís.
— Sim, mas agora que vosmecê, Henrique está melhor, vosmecê vai dar o anel de noivado à menina Camila.
Luís levanta-se da mesa e sai acompanhado de Henrique, mesmo sob os protestos de seu pai. Ambos vão para seus aposentos.
O jantar termina de maneira inesperada com somente o coronel à mesa. Com a retirada dos irmãos, Alana foi procurá-los e dona Fátima vai ajudar seus filhos.
O coronel não entende a reação de sua esposa e seus filhos com o tal anúncio. Até sua esposa parece que agora resolveu se rebelar contra suas decisões.
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Entre o amor e Os grilhões.
RomantizmÉ possível amar quem nasceu para ser odiado? É possível odiar quem precisa de amor? Henrique só quer mudar a história, para que Ângela possa ser feliz. Entre desafios, dor, lágrimas e muito amor, Henrique abre mão de um futuro que nunca desejou, pa...