Prólogo

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Voltar para Rosewood não estava nos planos de Hanna Marin. Não depois do seu término com seu primeiro e único amor, o único que soube entendê-la e aceitá-la do jeito que ela era, com suas paranoias, defeitos, inseguranças e principalmente, medos.

Principalmente  medos, esses, mais do quê qualquer outra razão ou motivo.

Caleb Rivers foi seu amor no colegial, foi o garoto que a compreendeu quanto ninguém mais o fez. Ele estava ao seu lado quando o perseguido, seu e de suas amigas, as afrontava e as fazia ficar umas contra as outras apenas para assustá-las e nada mais. Ele, Caleb, estava ao seu lado quando seu pai a deixou de segundo plano e quando até mesmo sua mãe foi presa, e tudo para dar à Hanna uma boa e melhor vida, uma vida da qual ela tivesse tudo e não lhe faltasse nada, nada que a fizesse ter vergonha na frente da sociedade que a via como a It Girl.

Mas a It Girl cresceu. Ou melhor, Hanna Marin, a verdadeira Hanna Marin cresceu e não imaginou que passaria por tamanho trauma em sua vida. Tamanho trauma que a marcaria tão fortemente, deixando-a sem forças, deixando-a sem rumo, deixando-a, mais do que já se encontrava, sem o seu amor.

Hanna não imaginaria, nem mesmo nos seus piores sonhos, que Caleb, quem tanto chegou conhecê-la um dia, esqueceria até mesmo seu nome:

- Posso entrar?

- Entrar? Quem é você?

Ele estava diferente; Seus cabelos estavam ligeiramente cortados e em seu rosto havia resquícios de uma barba que, ela lembrava, ele não costumava deixar crescer por questões óbvias: por saber que a loira odiava e achava brega, ao seu modo de falar e pensar, como uma estilista e fascinada por tudo que envolve moda e estilo.

Ainda assim, Caleb era lindo de qualquer maneira. Mesmo após dois meses sem vê-lo.

- Que bela recepção. Vai. Me deixa entrar.

- Você é algum tipo de ladra que pede licença para assaltar ou o quê?

- Caleb, por favor, sem gracinhas, está frio aqui fora.

Caleb não podia negar que a mulher do lado de fora de seu apartamento era linda e carregava um ar de quem recentemente havia chegado a cidade, mas, realmente, não a conhecia.

- Eu não conheço você e não tenho razões para deixa-la entrar, então, se me der licença, tenho alguns trabalhos para continuar fazendo, afinal, alguém trabalha mesmo às nove horas de um Sábado à noite.

Grosso e extremamente rude como um badboy, o rapaz fechou sua porta e do lado de fora da mesma, uma mulher se encontrou estarrecida porque aquilo definitivamente só poderia ser um tipo de rejeição pelo que fizera há pouquíssimo tempo atrás. Pouquíssimo tempo, mesmo.

Poderia Caleb está odiando-a pelo que ela fizera? Se sim, isso não poderia estar acontecendo.

Não poderia.

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