Capítulo 21

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P.O.V Katherine

Passei a noite inteira e o final de semana inteiro chorando e ligando para o Connor, mas ele não atendia, então o máximo de contato que eu conseguia era deixar uma mensagem de voz. Devo ter gastado mais de cinquenta dólares de créditos, mas realmente não ligo. E tinha também outras mil mensagens de voz no meu celular que Matthew deixava, todas pedindo desculpas e o caralho a quatro. Não respondia nenhuma também.

Sabe, eu sei que a culpa não foi só dele, até porque. Eu correspondi aquela porra de beijo. Mas ele viu o Connor chegando, cara. E isso foi a maior filha da putagem que ele já fez na vida.

Quando vi, já era cinco horas da manhã na segunda, eu teria que acordar seis, então nem dormi mais. Se bem que mesmo se eu tentasse dormir, eu não conseguiria. Acabei começando a me arrumar mais cedo, eu fiquei uns vinte minutos sentada no chão do box com a água caindo pensando na merda que eu tinha feito ontem. E passei mais dez minutos realmente tomando banho. Eu estava sem ânimo para passar maquiagem ou escolher a roupa, então peguei a primeira peça que eu vi pela frente: uma camiseta larga demais e toda amaçada que provavelmente era do meu irmão, e uma calça de moletom cinza. Meu cabelo estava um lixo. Eu estava um lixo.

Não estava com apetite, então nem sequer tomei café da manhã. Fui para a escola a pé mesmo, não estava afim de encarar meu pai ou Nicholas, muito menos de conversar com alguém.

(...)

Chegando lá fiquei sentada no chão da biblioteca, lendo um livro qualquer cujo eu nem estava prestando tanta atenção assim. Lá pelo menos ninguém me perturbaria tanto assim. Só tinha silêncio e livros, as duas melhores coisas do mundo.

- Finalmente achei você - falou James encostando em uma prateleira de livros. - Matt me contou o que aconteceu, como você está? Espera, não responda. Pela sua aparência horrível da pra saber muito bem.

Ergui os olhos para ele.

- Bom, se você não tirar essa maquiagem toda borrada de ontem, você vai ficar com umas putas rugas - disse ele com um sorriso de consolo. - posso me sentar?

- Não - respondi.

- Obrigado - disse ele se sentando do mesmo jeito. - quer um abraço?

- Não! Caralho, por que porra todo mundo acha que um abraço vai resolver alguma coisa?! - falei com raiva. - não vai!

- Calma, eu em. Caralho, hoje você ta mais difícil que o normal.

- James, se você veio aqui me encher o saco - falei. - pode ir embora.

- Eu vim aqui pra te ajudar. Olha, aquele Connor nem era grande coisa assim... você merece coisa melhor.

- Essa é a pior coisa que alguém pode dizer pra uma pessoa que acabou de terminar um namoro.

- Sabe o que pode te ajudar? - ele falou.

- O quê? Me suicidar? To pensando nisso - falei irônica.

- Não - respondeu ele imediatamente. - uma noite inteirinha do DC, dai você pega vários caras e bum! Esquece o Connor.

- Uma noite de vadia?

- Exato! Dai no dia seguinte você fica com uma ressaca do caralho e nem vai se lembrar mais do sobrenome do Connor! Você pode dormir lá em casa se não quiser que seu pai veja sua cara de bêbada.

- Eu não sei se to no clima. - respondi.

- É claro que ta! - disse ele. - depois da aula eu vou para a sua casa e te ajudo a se arrumar! Ok?

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