P.O.V Matthew
(...)
Eu e Kate tínhamos perdido os três primeiros tempos de aula. Eu já tinha acordado a muito tempo, mas não ia deixa-la sozinha. Sai do quarto de hóspedes e fui para o meu quarto ver se ela estava bem, continuava dormindo igual uma pedra. Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, depois sai enrolado na toalha e comecei a mexer na minha gaveta de cuecas.
P.O.V Katherine
Acordei meio tonta, minha visão estava embaçada e estava com dor de cabeça, não reconheci o lugar. Pisquei três vezes até reconhece-lo como o quarto de Matthew. Puta que pariu. Que merda que eu to fazendo aqui?
Me levantei e me deparei com Matt de costas mexendo numa gaveta e ele estava só de toalha.
- QUE PORRA É ESSA? - gritei fazendo minha cabeça doer mais.
Ele se virou sem demonstrar espanto nenhum.
- Eu já imaginava que você ia ficar assim - disse ele com divertimento.
- Caralho - falei tentando me lembrar de alguma coisa. - que merda eu to fazendo aqui?
- Você não se lembra de nada, Kitten? - perguntou rindo. - acho melhor você nem lembrar.
- PUTA QUE PARIU! A GENTE TRANSOU? - falei incrédula e me levantando. - eu não acredito que você fez isso, seu cretino filho de uma puta, chupador de rola!
Comecei a bater no peito de Matt, que ria com a situação.
- Primeiro - disse ele pegando meus braços e me mantendo longe. - não, nós não trepamos.
- Graças a Deus - falei me sentando na cama. - mas que merda que eu to fazendo aqui?
- Bom, eu tive que te salvar de mais uma de suas porras - respondeu.
- Que porra, Matthew? Seja mais claro.
Ele suspirou, parecendo com raiva por ter que explicar.
- Qual foi a última coisa que você se lembra de ter feito ontem?
- Bom, eu lembro que fui beber no bar, tomei sete copos de tequila e os caras falaram que eu era boa de beber - falei com sinceridade. - depois disso eu não lembro mais de nada.
- Cara, a gente tinha que ter transado - murmurou ele e eu tinha certeza de que não era pra eu ouvir.
- Cala a boca - falei, não estava com paciência para dar um fora. - sete copos de tequila não me fizeram perder a memória.
- Não mesmo - ele concordou. - algum daqueles filhos da puta misturou alguma coisa na sua bebida.
- Eu vou matar eles - murmurei.
- Quer ajuda?
- Não a sua - respondi.
- Caralho, eu te salvei de ser estuprada e você vai continuar com essa merda?
- Vou - respondi e ele revirou os olhos;
- Então não te conto o que você fez ontem - falou ele.
- Foda-se, pelo estado que eu to, não sei se vou querer saber - menti, eu estava louca pra saber.
- Ta bom então - disse ele e ficou em silêncio por um tempo.
- Mentira - admiti depois de cinco longos segundos. - conta.
- Eu até poderia fazer uma chantagem dizendo "eu só conto se você voltar a falar comigo", mas eu realmente quero ver sua cara quando escutar isso - disse ele. - bom, quando eu cheguei você já tava doidona, então não sei o que você fez antes....
- Fala logo.
- Bom, você tava fazendo um strip para uns caras velhos - disse ele e eu arregalei os olhos. - dai eu tirei você de lá e você jogou uma meia num anão e gritou: "Seja livre Dobby" e isso explica o fato de você ta sem o outro pé do seu tênis.
Eu olhei para baixo, estava mesmo com um dos pés descalço.
- A parte do strip é repugnante - falei com nojo de mim mesma. - mas eu sempre quis jogar uma meia em um anão, então eu não me arrependo disso - Matt riu. - Tem mais? - perguntei.
- Tem - disse ele. - mas não acho que você vá querer saber.
- Quero sim, fala.
Ele não resistiu e começou a falar:
- Bom, quando eu te trouxe pra cá você deu uma de tarada e começou a me agarrar - disse ele, rindo, ao ver minha cara pasma. - mas eu não ia te usar desse jeito, tu ia ficar mais puta do que já ta.
- Eu não acredito que fiz isso - falei escondendo o rosto nas mãos para esconder meu rosto vermelho de vergonha. - isso vai contra todos os meus princípios de não olhar na sua cara pelo resto da minha vida.
- Awn, de nada - falou ele.
- Vai se foder, Bassza, ficken, Baise! - falei e ele ficou sem entender.
- Que porra é essa?
- É "vai se foder" em quatro línguas diferentes - falei.
- E onde você aprendeu isso?
- No google tradutor.
- Você pesquisou quatro formas de falar "vai se foder"
- Pesquisei, tem algo contra? - falei e ele me olhou tipo: "de que planeta você veio?". - eu já vou indo embora, e obrigada por me salvar de um bando de velho tarado.
- Sempre que precisar - respondeu Matt, sorrindo torto.
- Não vai precisar - respondi e fui embora.
Passei a tarde inteira dizendo pro meu pai que eu fui pra casa da Lauren e voltei tarde, e acabei dormindo muito, por isso eu não fui no colégio. Ele pareceu meio receoso em acreditar ou não, mas pelo visto achou melhor fingir acreditar do que escutar a verdadeira versão. Também tive que dar satisfação para Lilly e Lauren, mas pra elas eu contei a história completa, bom, poupei apenas alguns detalhes.
Fiquei refletindo sobre a noite passada, parte da minha raiva tinha ido embora quando o Matt negou transar comigo. Sinal de que ele não é um completo filho da puta, mas a outra parte ainda estava aqui, o odiando. E se bem que o ódio é a maior parte.
Decidi ir caminhar um pouco, não estava afim de ficar em casa e perceber o quanto de merdas eu fiz ontem, caminhar pelo menos manteria minha cabeça ocupada. Peguei meu celular e coloquei minha música favorita atualmente Sorry - Justin Bieber.
Caminhei umas três quadras cantarolando e depois mais umas mil, tinha perdido a conta. Já tinha escutado mais ou menos toda a playlist do meu celular quando me toquei em que quadra eu estava.
Era a quadra de Connor, estava a umas duas casas antes da casa dele. O carro do mesmo estava lá, e não estava vazio.
Connor estava lá e não estava sozinho. Vou ser mais exata, ele estava beijando uma garota. O xinguei mentalmente, como assim o cara acaba de terminar comigo e já ta enfiando a língua na garganta de outra? Queria estar sob efeito de álcool agora, para jogar uma pedra naquele lindo porshe que ele tem e uma pedra ainda seria pouco, eu jogaria a Estátua da Liberdade naquela droga, ou pelo menos a tocha.
Sai daquela rua rapidamente e depois continuei minha caminhada como se aquilo não tivesse me atingido, mas só consegui isso com outras músicas tristes.
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Friends
Teen Fiction- Você nunca sentiu nenhuma atração por mim? - perguntei. - Não é que eu nunca quis comer você, só acho que é boa demais para isso. Matthew, o cara mais cobiçado da escola é melhor amigo de Katherine. No meio dessa amizade, Kate percebe que o amigo...