Capítulo 37

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Matt me encarou com uma das sobrancelhas levantadas e um sorriso de canto sacana no rosto. Sua expressão dizia "veremos".

- Eu quero cachorro-quente - disse ele do nada.

- E daí? - perguntei.

- Vamos no píer - disse ele.

Dizem que no píer da Coney Island tem o melhor cachorro-quente do mundo. E estavam certos, era ótimo. E eu precisava de um tempo com o Matt, como amigo. Sem que eu acabe agarrando ele ou vice-versa, então aceitei.

P.O.V James

- Então você contou para aquela sua amiga? - perguntou Noah, deitado na cama de barriga para cima e as mãos atrás da cabeça.

- Na verdade, ela meio que descobriu - respondi, estava sentado na beirada na cama. - mas ela é de confiança, então ta de boa.

- Certeza?

- Absoluta.

- Então o Liamzinho não vai descobrir nada? - perguntou ele irônico. Revirei os olhos.

Noah tinha começado a ter ciúme do Liam. Antigamente ele só tentava me ajudar a superar, mas provavelmente ele estava se apegando, assim como eu, mas meus sentimentos por Liam ainda são muito fortes.

Lembrei do dia em que conheci Noah, a alguns meses atrás, no Dallas Club. Foi o primeiro cara com quem eu realmente me relacionei, e ele acabou se tornando meu melhor amigo. Ele passava tudo isso comigo, e ainda aturava meus desabafos sobre o Liam. E Noah era lindo. Tinha olhos azuis e cabelo loiros. Ele não é um bonito comum, ele é do tipo que chama atenção.

- Quando você vai parar de ciúme idiota? - perguntei.

- Assim que você parar de pensar nele, eu paro - disse ele dando de ombros.

Suspirei. Isso seria difícil. Decidi mudar de assunto.

- A Kate disse que quer te conhecer - falei.

E então nós começamos a conversar sobre coisas aleatórias.

P.O.V Katherine

A Coney Island não estava muito cheia por ser dia de semana. Eu andava do lado de Matt, já tínhamos comido os maravilhosos cachorros-quentes, ele estava com as mãos no bolso e falávamos sobre algumas bandas. Algumas garotas passaram pela gente e lançaram alguns olhares "sedutores" para Matt e me olharam com nojo. Matthew deu uma piscadela para elas que quase abriram as pernas para ele ali mesmo.

- Precisa? – perguntei fazendo cara de nojo.

- Ciúmes? – perguntou ele.

- De você? Ah, por favor – falei sarcástica. – elas não estão perdendo nada, até a Kara transa melhor que você.

- Como você sabe? Já transou com ela, é?

- Não, mas já transei com você e foi um saco – falei obviamente mentindo, mas não deixei isso transparecer. – não é possível que ela seja pior.

Matt me olhou incrédulo. Ri internamente.

- Melhor que eu não, mas melhor que você com certeza – disse ele.

Forcei minha boca abrir em "o", mas na verdade eu estava me divertindo com isso, Matt também parecia.

Cheguei perto dele e o empurrei na água, estava prestes a dar uma gargalhada, mas sem que eu tivesse visto, ele tinha me puxado também então nós dois caímos.

P.O.V Matthew

A filha da puta da Kate tinha me empurrado na água e eu puxei ela junto comigo. Meu primeiro ato foi de tirar a carteira e o celular do bolso, coloquei-os em cima do píer. E tudo isso por uma "brincadeirinha". Mas até que tinha sido divertido.

Pensando na Kate, cadê ela?! Ela ainda não tinha retornado a superfície.

- Kate, eu sei que você sabe nadar – falei revirando os olhos. – já pode aparecer.

E ela não apareceu, ok, talvez um mini desespero tenha me percorrido. Esperei mais um pouco e ela não apareceu. Agora sim eu estava um puto desesperado.

Mergulhei para tentar acha-la, mas tudo que eu ganhei foi duas mãos empurrando minha cabeça pra baixo. A imbecil tinha me enganado.

Subi para a superfície tossindo, eu tinha engolido um pouco de água. Kate me olhava com um enorme sorriso travesso nos lábios.

- Precisava? – perguntei.

- Precisava – falou ela, subindo pela escada meio podre do píer. Até que não tinha sido uma perda completa, agora sua roupa estava molhada. E sua blusa era branca e estava transparente, deixando a mostra seu sutiã preto.

- Você fica linda molhada – falei, e meio que a frase tinha duplo sentido.

- Calado – falou ela.

Kate se sentou com os pés pendurados no píer, me sentei do lado dela. Ela estava sorrindo por um motivo desconhecido e seu sorriso me fez sorrir também. E ficamos lá, assistindo o pôr do sol.

P.O.V Liam 

Eu estava novamente em frente ao condomínio da Lilly, só que dessa vez eu estava sóbrio. Não tinha ideia se ela estava em casa, e eu não tinha coragem de interfonar para saber. De repente seria melhor se eu estivesse bêbado. Fiquei batendo a mão na lateral da calça para afastar o nervosismo. Eu iria me declarar de novo.

Talvez seja uma péssima ideia. Talvez eu deva ir para casa. Talvez eu seja um merda mesmo. Putz, na verdade isso é uma certeza.

- Liam? – perguntou uma voz conhecida, era a voz que eu amava, me virei para olhar Lilly. Ela estava com roupa de ginástica, provavelmente iria caminhar. – pelo amor de Deus, me diz que você não está bêbado – acrescentou.

- Não estou – falei. – eu vim falar com você.

- Diga – disse ela, fazendo sinal com a mão para eu prosseguir.

- Sabia que hoje nós faríamos dois anos de namoro? – perguntei sorrindo.

Ela pareceu surpresa com isso.

- Sabia – murmurou.

- E... eu ainda amo você – falei. – provavelmente mais que tudo nesse mundo, então, por favor, volta pra mim e vamos comemorar essa droga de aniversário.

Um sorriso doce e perfeito partiu seus lábios, e ela chegou mais perto de mim.

- Eu amo você também – disse ela agora muito mais perto. – e agora vamos comemorar essa droga de aniversário.

Sorri, provavelmente era a primeira vez que eu fui realmente feliz nesse ano. Peguei Lilly pela cintura e beijei sua boca. Eu não estava com paciência para viadagens para beijos lentos, então logo acelerei, e ela me correspondia com a mesma urgência. O beijo acabou e nós estávamos ofegantes. Lilly sorriu mais uma vez.

Avisoooo!!

Capítulo pequeno, eu sei. Mas em compensação, irei postar o outro amanhã a noite ❤

E o que acharam de Lyliam? 😍

#FelizAnoNovo 👏

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