Capítulo 27

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Avissooo!!

Publicando antecipadamente o capítulo. Espero que gostem e comentem suas e seus gostosos 😂

P.O.V Katherine

Respirei fundo e olhei pro lado, ele estava ali me observando e estranhamente. Fiquei envergonhada com esse ato dele, tipo, acabamos de transar, ele me viu pelada e tudo mais e eu estou aqui envergonhada dele ficar me observando, qual é a porra do meu problema?

Desviei o olhar, olhando pros meus pés e vendo o esmalte que já saía na ponta da unha. Matt deu um risinho fraco e meu olhar se direcionou a ele novamente. Ele sorria pra mim, mas assim que me viu o olhando desviou o olhar também. Então eu tive aquele mini desespero pós sexo com o meu melhor amigo.

Ele estava rindo, que de certa forma era um riso fofo, mas não tinha nada engraçado ali, então era provável que ele estava rindo de mim e que droga, será que eu fiz algo errado? E mesmo que eu tivesse feito, esse filho da puta não tem o direito de rir de mim.

E que merda eu acabei de fazer? Matt é meu melhor amigo, AMIGO, apenas meu amigo, e eu não posso sair por aí transando com os meus amigos. Eu seria uma vadia se fizesse isso, e caralho, eu acabei de fazer isso e eu não estou bem.

Será que pra ele foi bom? Quer dizer, pra mim foi bom, foi muito bom. Sei lá, acho que essa supera o Connor, não que Connor transe mal, mas Matt supera ele. Mas que porra eu to pensando? Comparar ele com o meu ex, esse não é o certo, não que eu sou de fazer alguma coisa certa na vida, mas...

Eu acho que eu acabei com a minha relação com Matt, é muito provável que ele me veja agora como mais uma vadiazinha que ele come pelo cantos. Essas garotas são escrotas e eu acabei de me colocar no lugar delas, e apesar do que acabou de acontecer tenha sido maravilhoso eu me sinto horrível agora, porque é muito provável que eu tenha acabado com a minha relação de amizade com Matt, que eu tenho a anos, em apenas alguns minutos, ou horas, não tenho noção do tempo. Eu sou uma pessoa horrível, já podem me matar.

- Matthew? - o chamei, como se fosse preciso já que o mesmo olhava pra mim.

- O que foi? - ele perguntou.

- Eu acho que não deveríamos ter feito isso...

- Por que? Você não gostou? - ele aprecia meio preocupado, confesso que isso era até meio engraçado.

- Não - ele arregalou os olhos e eu me segurei pra não rir - Quer dizer, não é isso, foi bom...

- Então você gostou?- ele me interrompeu mais uma vez.

- Será que da pra calar a porra da boca e me ouvir? - eu reclamei alterando o meu tom de voz ele levantou as mãos em sinal de rendição.

Respirei fundo olhando para o teto e tentando me concentrar no que eu estava falando.

- Bem, como fica nossa amizade agora?

- Normal - ele disse. - Quer dizer, ainda somos amigos certo?

- É, eu acho... mas sei lá. Amigos não transam e olha o que acabamos de fazer.

- Amigos coloridos transam.

- Mas nós não temos amizade colorida e nem invente de ter. Eu não gosto disso, parece meio estranho, tipo "você é meu amigo, to carente vamos transar" - eu disse imitando uma voz meio estranha (que era horrível por sinal) e ele riu balançando a cabeça de um lado para o outro.

- Tudo bem, eu não iria sugerir uma amizade colorida mesmo.

Ele me olhava sorrindo, o que por algum motivo desconhecido quase me tirava o ar.

- A gente pode fazer um pacto - ele disse olhando diretamente para mim.

- Sim, conte isso pra alguém e eu atiro nas suas bolas – falei séria.

- Ninguém toca nos gêmeos e eu estou falando de um pacto de verdade – ele falou.

- Não, isso não. Eu não quero ter que me cortar e assinar um papel com o meu sangue - ele riu da minha cara e eu acabei o acompanhando.

- Não vamos fazer isso, é tipo com combinado. A gente promete não contar pra ninguém sobre o que aconteceu nessa garagem e fingimos que nada disso aconteceu. Foi bom, mas ficou no passado, o que você acha?

- Tudo bem - eu hesitei, mas depois de um tempo concordei - Você jura não contar pra ninguém e esquecer essa noite? - eu disse estendendo o dedo mindinho pra ele.

- Jurar de mindinho? Sério? - ele perguntou incrédulo.

- Cala a boca e jura logo - ele revirou os olhos mas logo estendeu o dedo mindinho também.

- Tudo bem, eu juro - ele disse por fim.

Nós levantamos e nos vestimos.

Saímos da garagem, mas antes de atravessar aquela porta eu olhei pra trás, eu sabia que esquecer o que aconteceu ali seria uma coisa difícil.

Não vi Matt o restante da festa e dou graças aos Deuses por isso, porque eu precisava de pelo menos um dia "sem Matthew" para poder organizar minhas ideias. Mas em compensação, tivemos que aturar Zoey e seus comentários indecentes o caminho inteiro, eu e Lauren sugerimos pegar um táxi, mas Lilly colocou na cabeça que era forte e que não ia dar esse gostinho a nenhum dos dois, então pegamos carona do mesmo jeito.

Chegamos em casa três horas da manhã, decidimos não dormir. Me joguei na cama, Lauren também, Lilly ficou rodando na cadeira giratória perto da minha mesa de estudos, com a quantidade de álcool que ela consumiu, ia vomitar daqui a pouco.

- Lilly, amorzinho, pare de girar - falei forçando meiguice. - me escute, nós somos amigas a oito lindos anos, então se você não me contar que merda aconteceu entre você e Liam, eu vou enfiar uma faca na sua perna.

- O que você viu hoje no carro não foi suficiente? - perguntou ela fria.

- Teria sido, se tivesse começado ali - falei. - mas vocês estavam sem se falar desde o jogo que eu sei.

- Não foi nada demais - falou Lilly.

- Foi sim - disse Lauren com a voz um pouco sonolenta.

- O.k., desembucha - falei a pressionando.

- Bom, no jogo ele estava sentado na fileira na frente da minha - falou ela. - dai veio a cabeçuda da Zoey e sentou no colo dele me atrapalhando de ver o jogo, dai eu falei pra ela tirar o cabeção da frente e ai o Liam começou a falar merdas e merdas de que eu não tinha o superado e tal. Ele é uma criança idiota.

- Filho da puta! - falei.

- Sim. - concordou ela.

Tentei me levantar para tomar água, mas uma dor insuportável no quadril me impediu.

- Aaargh - gemi colocando a mão no lugar dolorido.

- O que foi isso? - perguntou Lilly.

- Nada, só uma dorzinha - falei sorrindo disfarçadamente.

- Não pareceu uma dorzinha - analisou Lauren com a mão no queixo.

- Mas foi - falei sentindo mais uma pontada, agora fiz apenas uma careta para disfarçar a dor.

- Isso tem haver com o Matt, né? - perguntou Lauren e arregalei os olhos, como ela sabia? - eu vi o jeito que vocês estavam e depois e foi cada um para um canto! Sabia que tinha coisa ai!

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