Capítulo 30 - Estado de Alerta

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Me desculpem pela demora. Eu estava viajando e lá a internet era ruim demais, mas agora eu estou de volta.

Boa leitura.

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*James P.O.V*

Era uma sexta-feira, e Grace estava trabalhando no turno da manhã a semana inteira. Ela realmente odiava. Acordar essa mulher às 5hrs da manhã para estar no trabalho às 7hrs foi realmente difícil. Mesmo que eu tivesse levantado junto com ela para fazer o café da manhã. O lado positivo é que temos o resto do dia para passar juntos.

Essa noite iríamos sair com Beca e Peter, vamos comer um cachorro-quente e ir ao cinema assistir um filme que as garotas escolheram. Eu não me importava com o que iríamos assistir.

Praticamente pela primeira vez desde que fui solto, eu tinha dinheiro para levar minha mulher para sair. Pode não parecer muito coisa, mas fez eu me sentir como um homem, como um cara normal. Foi muito importante.

Eu tinha acabado de chegar do ferro-velho e tomado um banho rápido quando Grace entrou em casa. Ela era como uma força da natureza, e nunca houve qualquer dúvida que em qualquer lugar que ela estivesse teriam portas batendo, TV ou rádio ligados -muitas vezes ao mesmo tempo. Os sons de felicidade a seguiam por toda parte e eu adorava.

Ela é uma garota que gosta de gritar, também. Eu tentei de todas as maneiras fazer com que ela soasse mais baixo, porque não deveria ser legal para o meu pai ouvi-la todas as noites. Até enfiei meu pau em sua boca, -o que eu tenho que ser honesto, foi muito bom- mas não funcionou.

Papai até fez uma piada sobre isso uma vez, dizendo que nós nunca poderíamos morar em um apartamento com paredes finas, caso contrário, a polícia seria chamada todas as noites.

E sim, esse não era o tipo de conversa que se quer ter com seu pai, nunca.

-Ei, bonitão! -Ela gritou, enquanto entrava em casa. -Coloque suas calças e traga sua bela bunda até aqui! Temos uma comemoração para fazer, e não será apenas nus em sua cama! -Então ela ficou em silêncio por um momento. -Oh, oi Paulo! -Ela soou um pouco envergonhada. -Eu não sabia que você estava em casa. Você teve um bom dia?

Desci a escada de dois em dois e peguei-a em meus braços, beijando-a profundamente. Papai apenas levantou as sobrancelhas e se dirigiu para a cozinha, onde eu podia ouvi-lo ligar a maquina de café.

Eu não me importava em demonstrar o quanto eu estava apaixonado, o mundo inteiro poderia saber que Grace é a minha menina. Ela era um pouco mais hesitante sobre isso, mas aqui ela se sentia em casa. Eu estava feliz com isso.

-Qual é a boa notícia que você estava gritando, querida?

Ela acenou com um envelope no meu rosto e pulou, envolvendo suas pernas em volta da minha cintura. -Finalmente! Eu recebi meu depósito de volta do meu apartamento em Boston, e meu pai me enviou um cheque de $1.000.

-Isso é ótimo! Ele escreveu algo?

-Bem, eu não chamaria isso de uma carta, mas foi uma comunicação escrita. Ele me disse que teve uma ótima lua de mel e que eu deveria ir vê-los algum dia. Como se eu fosse!

-Talvez você devesse. -Eu disse, sério. -Confie em mim quando digo que a vida é curta e você nunca sabe se será a última vez que vai ver alguém. Você não quer viver com arrependimentos, querida.

Seu rosto se contorceu e ela apertou os braços em torno de mim. -Você está certo. Eu sei que você está certo. Mas se eu tiver que passar um tempo com a mulher dele e seus peitos falsos, você terá que vir comigo.

Papai sorriu enquanto caminhava da cozinha até a sala levando seu café. Ele fechou a porta firmemente atrás dele, obviamente não querendo participar de nenhum tipo de conversa que incluía peitos de outra mulher.

-Você quer que eu encontre seu pai? -Questionei. -Ele é um advogado. Ele não vai me prender, vai?

Eu estava quase brincando.

Ela revirou os olhos. -De jeito nenhum! Ele vai ser grato por você estar 'me tirando dele'. -Ela usou aspas no ar para enfatizar o sarcasmo. -Ele provavelmente vai colocar um braço em seu ombro e lhe mostrar seus troféus de golfe. Ele sempre faz isso.

-Eu vou a qualquer lugar com você, querida, você sabe disso. Eu ainda não acredito que ele vá ficar feliz em vê-la com um ex-presidiário que mal terminou o ensino médio, mas se você quiser ir visitar seu velho, eu adoraria estar com você.

Ela sorriu, e passou as mãos sob minha camisa, em seguida, arrastou as unhas em minhas costas. Porra, ela sabia que isso me deixava duro.

-De qualquer forma. -Disse ela, afastando-se e me deixando querendo mais. -Eu preciso depositar esse dinheiro antes do banco fechar às 17hrs, por isso temos de nos apressar. Você está pronto?

-Eu nasci pronto, querida.

-Ugh! Todo cara diz isso.

-É verdade.

Ela bateu no meu ombro e gritou para meu pai. -Vejo você mais tarde, Paulo!

-Tchau, querida. Tchau, filho.

-Até mais tarde, pai.

Pegamos o carro de Grace porque o meu ainda estava cheio de latas de tinta que Hulk tinha me deixado pegar no ferro-velho.

Chegamos no banco com apenas alguns minutos faltando para fechar.

-Eba! -Ela gritou feliz, depois de depositar o cheque em sua conta. -Podemos ter alguma diversão gastando isso!

Balancei minha cabeça. -Não, querida. Você ganhou esse dinheiro do seu pai, eu não me sentiria bem tocando em nada disso.

Ela inclinou a cabeça para um lado e me deu o sorriso mais bonito. -Ah, querido, você é sensato demais. Mas, aw, baby, nós também merecemos ter um pouco de diversão! -Disse se pressionando contra mim, discretamente passando a mão sobre meu zíper.

-Meu Deus, querida! -Eu murmurei em seu pescoço. -Você não joga justo!

Ela deu uma risada extremamente feliz e me acariciou novamente. Ela dizia mais alguma coisa, mas de repente eu estava em estado de alerta, e minha atenção estava longe dela.

Eu não sei se era algum sexto sentido, ou apenas lições aprendidas com meus anos na prisão, mas eu sabia que estava sendo observado.

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