- Não sei... Foi apenas intuição,nada demais. - me afasto e ao me sentar na cama sinto como se meus ossos estivessem quebrando-se aos poucos.
"Agora sim, eu não queria mesmo ter nascido! "
- Você está bem? - ele se aproximou com rapidez colocando a mão sobre meu ombro.
-- Sim, estou bem... Não se preocupe comigo. Eu consigo fazer isto sozinha - digo tentando afastá-lo. Deixo escapar o hematoma na região do meu tórax e ele fica mais pálido do que o normal, o curativo ja estava encharcado de sangue. Sinto minha cabeça leve e tudo ao meu redor ficar turvo sem sinais de cores ou de formatos.
• • •
Acordei e sinto meus olhos pesarem, olho em volta e percebo que não estava mais na casa de Alex. Pouso meu olhar em um canto do quarto, o mais velho estava sentado adormecido como uma pedra.
" Estranho "
Começo a sorrir bobamente fitando o lençol fino branco sobre meu colo, o garoto desperta e começa a me olhar de lado, sem esconder um sorriso que se formava em seus lábios.
- Por que está sorrindo? - perguntou, sua voz cobre os meus pensamentos fazem meu coração palpitar e uma aura coberta de receio começa a me invadir.
- Nada, apenas pensando em algumas coisas, e você por que estava sorrindo? - pergunto o lançando um olhar sarcástico.
- Um segredinho... - se aproxima apertando um pouco a minha mão a qual segurava e deposita um beijo molhado na minha testa. A sensação de conforto que ele trazia era difícil de decifrar, assim como seus ataques repentinos de raiva. Sinto meu coração se despedaçar ao seu toque, os mesmos braços, olhos, boca que abusavam de mim estavam a me "proteger". Afasto meus pensamentos e fecho os olhos aproveitando nosso pequeno momento.
Após eu ter sido liberada, teria que ficar em repouso até os meus hematomas melhorarem.
- Quer comer? - sinto minha barriga contorcida virar um vazio que parecia sem fim, pois fazia tempo que eu não comia. Em resposta assenti e ele foi até a cozinha pegar algo, estava sentada no sofá encolhida abraçando minhas pernas, ele volta segurando uma bandeja com sanduíches e café.
- Você que fez? - pergunto surpresa.
- Sim. - olhou para mim demostrando estar contente com a resposta, dou uma mordida no sanduíche e era delicioso.
- É muito bom. - digo contente. Estou com um pé atrás com as ações de Alex e sua mudança repentina de humor e comportamento. - Ei, quem era aquela mulher?
- Quem?
- Com quem você saiu durante aquele dia no quarto. - falo bebericando o café.
- Quem?
- Aquela mulher. - digo.
- O nome dela é Rachel. -- respondeu seco, volto minha atenção para minhas mãos suando frio.
- Alguma parente sua? - pergunto sem olhar nos olhos do mais velho.
- Não por que o interesse na Rachel? - ele pergunta.
- Apenas curiosidade, por quê?
- Você nunca perguntaria sobre alguém, só estranhei. - ele da de ombros, o olho em um pensamento distante e começo a pensar sobre Rachel.
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Monster - Reescrevendo.
RomanceBrincando com tons quentes, a garota se atreveu a jogar com um dos seus piores companheiros, levando-a uma extrema e caótica loucura. A culpa era daquele que escondia com máscaras de porcelana decorativa uma personalidade que ia muito além do inespe...