Nothing Pleasant

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Assim que pego o pingente de lua prateado,ouço passos rápidos ma direção do quarto.

Por sorte o quarto de Chanyeol tem uma escada que leva até o labirinto. Desço com rapidez e começo a correr pelo labirinto.

Os respingos de chuva começam a cair sobre meus cabelos,sinto meus pés leves como se eu voasse e não tocasse no chão. A minha energia havia se dobrado,letras percorrem pelos meus ouvidos,uma sensação calorosa e bem recebida pelo meu coração.

"Você sentiu minha falta? Há! Eu sabia!"

"Não fale isso!"

"Mas você está chorando,Boram! Tudo bem eu já estou aqui!"

"Mas você quebrou nossa promessa! Chan isso foi errado!"

"Não confia mais em mim? Me desculpe"

"Tudo bem! Chan,como foi a viagem?!"

Duas crianças,uma em frente à outra. A garotinha chorava antes de seu amigo chegar,ela sentia sua falta desesperadamente. A garotinha não dormia a noite sem saber que seu amigo estava bem.

"O que aconteceu com você? Jongdae te machucou de novo?!" O garotinho estava irritado,sua amiga sofria bullyng e ele era o único que podia cuidar dela.

"Não se preocupe,Chan. Ei Chan!" A menina grita várias vezes,seu amigo estava prestes a matar Jongdae,um dos garotos do 3° ano escolar.

"Chan! Você vai mata-lo!" Ela gritou tentando separar os dois,mas um dos socos de Chan pega na garotinha que se sente desnorteada.

Me senti confusa,as coisas estão começando a se encaixar,aos poucos a identidade de Chanyeol em minha vida aparece.

"O que você fez?!" O outro garoto apenas observava.

"Boram! Acorda,Boram!" o garotinho tentava fazer sua amiga voltar a realidade mas ela estava ocupada demais em outra dimensão.

Confusa demais para colocar tudo no lugar,para pensar em outra pessoa a não ser ele. Reúno minhas forças e me levanto do chão gélido.

Em passos rápidos saio do labirinto indo para o porão. Antes de chegar na sala coloco o cordão no bolso da calça e prossigo.

Assim que abro a porta encontro quem eu menos queria encontrar.

"Por que chegou tão cedo?"

Ele estava mexendo em um dos instrumentos,respiro fundo e passo por ele para fazê-lo não notar a minha presença.

  Falhei. Ele segura meu braço com força e começa a me encarar,o que eu odiava quando ele fazia.

-Onde você estava? - ele pergunta sério.

-Andando pelo jardim - isso era verdade,mas boa parte era mentira.

-Você mexeu nas minhas coisas? - ele arqueia uma sobrancelha.

-Não - digo firme.

-Por que a porta do meu quarto estava aberta?

"Meu Deus..."

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