Portion. - I Don't Believe In Fairy Tales.

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— Okay,só não faça novamente. — O garoto depositou um selar sobre a minha bochecha,logo após,uma sensação calorosa subiu pelos meus braços,algo como "Eu estou aqui,não te deixarei ainda...",atè por que seria injusto sair novamente sem dar a devida despedida à ele,como uma boa amiga,aquela que tentei ser,porém,falhando instantaneamente,pois o meu coração duvidoso compõe ações nas quais eu uase não tenho o direito de opinar,e isso pode acabar machucando alguém,lá no fundo,preenchendo o coração do indivíduo com uma confusão alucinante.

— Okay,eu não farei novamente. — As palavras saíram de minha boca quase que naturais,porém seria mais formal descrevê-las como para escapar de Taeyong me pedindo certas explicações,e escondendo a verdade sobre o que eu realmente estava para fazer ali. Eu faria o possível para sair de mãos limpas e nenhum olhar duvidoso vindo à mim,seria um saco ter de explicar o por quê de todas as minhas ações,levaria eternidade para explicar cada uma delas,pois haveriam vários modos de introduzir o que faço,talvez mais detalhadamente ou de modo despejado,sem pé e nem cabeça.

— Ótimo! — Eu me concentro agora em olhar discretamente os quadros presos na parede,de diversas formas e tamanhos eles se dividiam de modo assustador na parede bege escuro,dizendo-me em poucas palavras os momentos em que uma situação específica pode significar para o restante de minha vida,mas, ao mesmo tempo mostrando os diferentes caminhos que poderia ter tomado,rindo de minha cara e julgando-me de tê-lo escolhido como abrigo.

"Explodido o lugar escolhido como lar,assim eu sairia deste cansativo pesadelo. Não resta opção à não ser matá-lo" com um sorriso travesso enorme e uma vontade desgraçada de por tudo por água abaixo,eu me ponho no lugar de seus parentes e amigos,perguntando incontáveis vezes "Quem foi o mostro que fez tal atrocidade?"

Sim,esse seria o final perfeito para o nosso romance complicado e sem noção,não acha?

— Boram,o que está pensando? Você saliva como um cachorro. — Em meio à risadas,Taeyong se coloca à meu lado fitando o quadro contorcido no meio da parede,seguido de vários outros,em cores pasteis,preto e branco e clássicas. Será que ele já sabe o motivo de eu estar completamente desacordada e desconectada do mundo real e aqueles que se encontram aqui? Eu creio que não,portanto agirei normalmente à frente deles. 

— Me perdoe,isso pode ter causado uma má impressão horrível. — Demostrei minha vergonha,colocando para fora os suspiros que mostram que pouco me importo com o final desta história,pois estou ocupada demais tomando conta de crianças desajeitadas que não podem ter ainda um futuro claro,assim como uma aquarela de cores em tons de vermelho e azul.

Eu não acredito em contos de fadas,eles são a causa de nós colocarmos expectativas onde não existe nada. Todos nascemos de um justo e talvez reciproco final feliz,onde nossos pais despertam um novo coração,uma nova vida a partir do prazer que sentem um pelo outro. Mas e se o prazer não pudesse ser alcançado? Eles trocariam um ao outro e iriam atrás de alguém que julgando ser melhor? Eu creio que não,pois ali no fundo daquela grande sala,existe uma criança,crendo que o casal está vivendo seus melhores dias,um conto de fadas na vida real,ah como isso seria perfeito,portanto deveria ser guardado com o maior cuidado,pois até um simples mal entendido pode causar a maior catástrofe do relacionamento.

Imagino a cena,uma briga seguida de várias revelações,deslocando-se ao longo de tudo que podemos imaginar,palavras de desgosto,onde a afeição é destruída como um vidro,transparente e delicada,afinal quem já não teve o coração sufocado por falsas promessas?

Uma linha paralela se faz,dividindo os dois membros principais desta família teatral,que cobre as suas verdades com faces de bonecas e porcelana pelo corpo,escondendo também as marcas cantantes sobre os braços e pernas,um clamor melancólico de ajuda é ouvido por todos,mas ninguém tem a decência de mover-se para descobrir o que realmente está acontecendo,deixando o cenário ainda mais nublado e desfocado,onde todos se vêem em clarões de preto e branco,que se mexem em uma lentidão constrangedora,sentindo que o fim está perto,tudo se torna claro,por esta razão tudo andou tão devagar e tende a continuar caindo,se não fizeres algo. A linha que divide todos os membros decaídos da triste família pode se recompor,apenas um passo que separa a vida da morte,arriscando tudo e todos presentes ali,alguém seria tão forte para combater esta conturbada realidade que nos move pelas ruas com um ar de cansaço? Creio que não,mas em certo caso,minhas crenças se tornaram pessimistas e isso não afeta a cena presente agora. Digamos que o final será diferente,a pode criança corre em direção ao centro da sala,gritando palavras de motivação,com um coração que pode se esticar aos quatro cantos do mundo,ela tenta salvar quem ama. O tempo continua passando e os dois continuam intactos fitando o chão sombriamente,como se atacassem silenciosamente. Infelizmente,nenhum dos dois é alcançado pelas palavras da criança e isso a machuca.

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